ESTADO: MATO GROSSO

Capital: CUIABÁ

Região: CENTRO-OESTE

Sigla: MT

Pesquisadores: Francielle Moreira Gomes - Fabiano Da Rosa Rodrigues - Wagner Bergalo Alves - Jessica Dallavale Mendes - Sabrina Silva Do Nascimento - Dirlene Suellen Da Rosa Carlotto - Thais Delgado Dias - Jeferson Araujo Rodrigues - Jessica De Aguiar Rodrigues - Anderson Leal De Oliveira - Arthur Maganhim Bender - Cleber Rodrigues Machado



                                               


                                                     







Origem do nome do Estado

A denominação tem origem em meados da década de 1730 e foi dada pelos bandeirantes que chegaram a uma região onde as matas eram muito espessas. Embora a vegetação do Estado não seja cerrada e densa em toda a sua superfície, o nome foi mantido e se tornou oficial a partir de 1748.




Gentílico do Estado:   Mato-grossense ou Mato-grossano

Gentílico da Capital:   Cuiabano ou Papa-leite

 


LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA CAPITAL

  LATITUDE:   15º35'46"  SUL         LONGITUDE:  56º05'48"   OESTE  

Estado: Cor ou Raça da População:
44,1% Branca      47,9% Parda     5,6% Preta     1,6% Amarela/Índigena



PESSOAS DE 5 ANOS OU MAIS DE IDADE, SEGUNDO A ALFABETIZAÇÃO

1.761,966  ALFABETIZADOS     219,850  NÃO ALFABETIZADOS







CENSO DE 2000 - IBGE - http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/indiceesq.html - ESTADOS BRASILEIROS





Natureza

Clima:



Tropical, com duas estações bem definidas - uma seca e outra chuvosa - na estação seca parte das árvores perde as folhas para buscar água no subsolo.
Na região de clima tropical ainda são encontradas matas de galerias nos vales ao longo dos cursos dos rios.
Também é dominada por clima tropical a região conhecida como Complexo do Pantanal que, em conseqüência da alternância entre a época das cheias e de seca, possui vegetação diversificada, composta por espécies típicas de florestas, cerrado, campos e caatinga.




Vegetação:



Cerrado na metade leste, floresta Amazônica a noroeste, pantanal a oeste.




Relevo:



O estado apresenta relevo pouco acidentado e alterna um conjunto de grandes chapadas, no planalto Mato-Grossense, com altitudes entre 400 e 800 metros, e áreas de planície pantaneira, sempre inundadas pelo rio Paraguai e seus afluentes.
No norte fica o Parque Nacional do Xingu, banhado pelos rios Araguaia e Xingu. Ali vivem tribos indígenas que preservam a tradição do Quarup, festa anual realizada em homenagem aos chefes mortos e aos novos líderes.
Planalto e chapadas no centro, planície com pântanos a oeste e depressões e planaltos residuais a norte.
Ponto mais elevado: serra Manto Cristo (1.118 m).




Hidrografia:



Rios principais: Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Piqueri, Cuiabá, São Lourenço das Mortes.




Flora e Fauna:



Os rios e a pesca fazem parte do cotidiano do mato-grossense. Os peixes preferidos são o pacu e a piraputanga. Também são populares o pacupeba, o piabucu e o dourado. Entre os peixes de couro, destaca-se o pintado, com o qual é feita a mojica, uma das receitas mais populares da região. O acompanhamento mais usual para os peixes é a banana-da-terra ao natural, que também é servida com carne-seca.




Curiosidades:



O terceiro maior estado do país em área, Mato Grosso apresenta a menor densidade demográfica dos três estados do Centro-Oeste, com apenas 2,8 habitantes por quilômetro quadrado. No Brasil, supera apenas Roraima (1,4 habitante por quilômetro quadrado) e Amazonas (1,8 habitante por quilômetro quadrado).

No norte fica o Parque Nacional do Xingu, banhado pelos rios Araguaia e Xingu. Ali vivem tribos indígenas que preservam a tradição do Quarup, festa anual realizada em homenagem aos chefes mortos e aos novos líderes.

Como todo o Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso beneficia-se da política de interiorização do desenvolvimento dos anos 1940 e 1950 e da política de integração nacional dos anos 1970. A primeira é baseada principalmente na mudança da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília e, a segunda, nos incentivos fiscais aos grandes projetos agropecuários e de extrativismo, além dos investimentos em infra-estrutura, estradas e hidrelétricas.

O governo federal decreta a divisão do estado em 1977, alegando dificuldade em desenvolver a região diante da grande extensão e diversidade. O norte, menos populoso, mais pobre, sustentado ainda pela agropecuária extensiva e às voltas com graves problemas fundiários, permanece como Mato Grosso. O sul, mais próspero e mais populoso, passa a ser Mato Grosso do Sul. Mais de duas décadas depois, as condições socioeconômicas de Mato Grosso não se alteram substancialmente. A agropecuária continua sendo a base da estrutura produtiva e a principal responsável pela devastação de áreas de floresta e de cerrado.




Meio Ambiente - Ameaças e Desafios:



Mato Grosso registra em 2002, pelo segundo ano consecutivo, queda na taxa de derrubada da mata, em razão do controle do Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedade Rural, implantado pelo governo federal. Ainda assim, mantém-se como campeão nacional em desmatamento e queimadas, o que põe em risco os três ecossistemas importantes presentes no estado: o pantanal, o cerrado e a floresta Amazônica. O pantanal cobre 10% da área e abriga quase mil espécies animais. A vegetação do cerrado ocupa 40% de Mato Grosso, com altitude média de 600 metros, enquanto a floresta Amazônica se estende ao norte por metade do estado.

Em 2001, o pantanal-mato-grossense recebe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) o título de patrimônio natural da humanidade. No mesmo ano, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães sofre o segundo maior incêndio de sua história, que destrói 11 mil dos 33 mil hectares. O parque é um dos principais pontos turísticos do estado. Com altitude média de 860 metros, ele abriga cânions, cascatas, cavernas e sítios arqueológicos. Em 1996 sofreu o mais grave incêndio, quando 80% da área foi destruída.

A população se distribui de forma desigual, com desertos demográficos ao norte e áreas urbanas populosas, como Cuiabá e Várzea Grande. Pouco mais de 20% da população mato-grossense mora na zona rural. Dois terços dos municípios não têm coleta de esgoto e em mais de um terço não há rede de água, mas cerca de 90% da população com mais de 10 anos é alfabetizada.




Povos Indígenas:

Nome

Outros nomes ou grafias

Família/língua

UF (Brasil) Países Limítrofes

População
censo/

estimativa

Ano

Apiaká

Apiacá

Tupi-Guarani

MT

192

2001

Arara do Aripuanã

Arara do Beiradão

?

MT

150

1994

Aweti

Aueti

Aweti

MT

138

2002

Bakairi

Kurâ, Bacairi

Karíb

MT

950

1999

Bororo

Boe

Bororo

MT

1.024

1997

Chiquitano

Chiquito

Chiquito

MT

Bolívia

2.000

(40.000)

2.000

2000

Cinta Larga

Matétamãe

Mondé

MT/RO

1032

2001

Enawenê-Nawê

Salumã

Aruák

MT

320

2000

Ikpeng

Txikão

Karib

MT

319

2002

Iranxe

Irantxe

Iranxe

MT

217

2.000

Kaiabi

Caiabi, Kayabi

Tupi-Guarani

MT/PA

1.000

1999

Kalapalo

Calapalo

Karíb

MT

417

2002

Kamaiurá

Camaiurá

Tupi-Guarani

MT

355

2002

Karajá

Carajá, Iny

Karajá

MT/TO/PA

2.500

1999

Kayapó

(subgrupos
Gorotire,
A’ukre,
Kikretun,
Mekrãnoti,
Kuben-Kran-Ken, Kokraimoro,
Metuktire,
Xikrin e
Kararaô

Mebengokre (autodenominação), Caiapó

MT/PA

6.306

2.000

Kuikuro

Kuikuru

Karib

MT

415

2002

Matipu


Karib

MT

119

2002

Mehinako

Meinaku, Meinacu

Aruak

MT

199

2002

Menky

Myky, Munku, Menki

Iranxe

MT

78

2000

Nahukuá

Nafuquá

Karib

MT

105

2002

Nambikwara


(subgrupos

Nambikwara do Campo


Nambikwara do Norte

Nambikwara do Sul)

Anunsu, Nhambiquara

Halotesu, Kithaulu, Wakalitesu, Sawentesu

Negarotê, Mamaindê, Latundê, Sabanê, Manduka, Tawandê

Hahaintesu, Alantesu, Waikisu, Alaketesu, Wasusu, Sararé

Nambikwara

Nambikwara

Nambikwara

MT/RO

1145

2001

Panará

Krenhakarore, Krenakore,

Krenakarore, Índios Gigantes, Kreen-akarore

MT/PA

202

2000

Pareci

Paresi, Haliti

Aruak

MT

1.293

1999

Rikbaktsa

Canoeiros, Erigpaktsa

Rikbaktsa

MT

909

2001

Suyá

Suiá

MT

334

2002

Tapayuna

Beiço-de-Pau

MT

58

1995

Tapirapé

Tapi’irape

Tupi-Guarani

MT

438

2000

Trumai


Trumai

MT

120

2002

Umutina

Omotina, Barbados

Bororo

MT

124

1999

Wauja

Uaurá, Waurá

Aruak

MT

321

2002

Xavante

A’uwe (autodenominação), Awen, Akwe, Akwen

MT

9.602

2000

Yawalapiti

Iaualapiti

Aruak

MT

208

2002

Yudjá

Juruna, Yuruna

Juruna

PA/MT

201

1999

Zoró

Pageyn

Mondé

MT

414

2001

http://www.socioambiental.org/website/pib/portugues/quonqua/quadro.htm




Povo Bororos

Povo de língua do tronco macro-jê. Atualmente são os Bororo Orientais, também chamados Coroados ou Porrudos e autodenominados Boe. Os Bororo Ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde os jesuítas espanhóis fundaram missões. Muito amigáveis, serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados dos bandeirantes.
Desapareceram como povo tanto pelas moléstias contraídas quanto pelos casamentos com não-índios. Os Bororo Orientais habitavam tradicionalmente vasto território que ia da Bolívia, a oeste, ao rio Araguaia, a leste e do rio das Mortes, ao norte, ao rio Taquari, ao sul. Ao contrário dos Bororo Ocidentais, eram citados nos relatórios dos presidentes da província de Cuiabá como nômades bravios e indomáveis, que dificultavam a colonização. Foram organizadas várias expedições de extermínio.
Em 1990, com uma população de aproximadamente 930 pessoas, vivem no estado do Mato Grosso.




Povo Caiapó

Povo de língua da família Jê. Distribuem-se por 14 grupos, num vasto território que se estende do Pará ao Mato Grosso, na região do rio Xingu. Os grupos são: Gorotire, Xikrin do Cateté, Xikrin do Bacajá, A'Ukre, Kararaô, Kikretum, Metuktire (Txucarramãe), Kokraimoro, Kubenkrankén e Mekragnoti.
Há indicações de pelo menos três outros grupos ainda sem contato com o restante da sociedade nacional.
Em 1990, segundo a Funai, eram 3.550 índios. Explorando a riqueza existente nos 3,3 milhões de hectares de sua reserva no sul do Pará - especialmente o mogno e o ouro -, os Caiapós viraram os índios mais ricos do Brasil.




Povo Cinta Larga

Com a denominação "Cinta Larga" ou "Cinturão Largo", confundiam-se, de início, diversos grupos que habitavam a região próxima à fronteira entre Rondônia e Mato Grosso, uma vez que todos usavam algum tipo de cinto e construíam malocas grandes e compridas.
Esse grupo Tupi tem na caça sua atividade central, e as festas, onde ela é consumida após complexo ritual, equacionam simbolicamente caça e guerra, revelando, em muito, aspectos da sociedade Cinta Larga e garantindo o equilíbrio do grupo. Equilíbrio este que nos últimos anos vem sendo profundamente abalado pela incidência de garimpeiros em suas terras.




Povos Indígenas do Estado de Mato Grosso
- Lutas - Conquistas Desafios

Índios vão produzir programa para a TVE
Fundação Raoni e Ministério da Cultura tornam-se parceiros no projeto da primeira TV indígena, a TV Aldeia Virtual, que deverá ocupar horário na TV Educativa e trará produção de mais de uma década dos Kayapó. O material será editado e produzido na Aldeia Cachoeira, na Terra Indígena Capoto/Jarina, em Mato Grosso (OESP, 14/11, Caderno 2, p.D4; JT, 14/11, Variedades, p.C2)

A TV Indígena Aldeia Virtual será o primeiro canal indígena do país, sediado na Terra Indígena Kayapó, no Mato Grosso, e contará com técnico da TV Educativa (JB,1/11, País, p.A4)

Exposição Raízes do Povo Xavante
Em São Paulo, com 50 fotos de Rosa Gauditano que retratam detalhes de uma aldeia Xavante, localizada no Norte do Mato Grosso. Além das fotos, serão exibidos vídeos e haverá uma sala com artesanatos mais usados pelos índios (JT, 26/10, Cidade, p.5A)




Organizações Indígenas no Estado

- Programa Pantanal
www.programapantanal.org.br/projeto_indigena.htm
Componente indígena do Programa de Desenvolvimento Sustentável da região da Bacia do Alto Paraguai, executado pelo Ministério do Meio Ambiente, IBAMA e governos dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com apoio financeiro de agências da cooperação internacional.

- Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso
www.seduc.mt.gov.br/educacao_indigena.htm
Órgão governamental que possui uma seção dedicada à educação indígena.

- COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira)
www.coiab.com.br
Reúne na sua base política 75 organizações e 165 povos indígenas, dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

- CUNPIR (Coordenação da União das Nações e Povos Indígenas de Rondônia, noroeste do Mato Grosso e sul do Amazonas)
E-mail: cunpir@enter-net.com.br

- Associação Xavante Warã
www.wara.org.br
A organização, ligada à aldeia Idzô'uhu, no Mato Grosso, apresenta-se e divulga aspectos da vida xavante contemporânea.




Reportagem de Jornal e/ou Revista

MT
Revista Caminhos da Terra
janeiro/2000
A iniciação dos guerreiros. História do povo xavante.



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NE


S


SE


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