ESTADO: AMAPÁ

Capital: MACAPÁ

Região: NORTE

Sigla: AP

Pesquisadores: Felipe Belem Dell'aglio - Renan Calices Capela - Anderson Da Silva Costa - Juliane Borzzatto Dos Santos - Dener Nunes Pereira - Franluc Giaparelli Da Silva - Bruno Fernando Kreis Gonçalves - Rafael Rupolo Dos Santos



                                               


                                                     


Origem do nome do Estado

A origem desse nome é controversa. Na língua tupi, o nome Amapá significa "o lugar da chuva" ("ama" =chuva e "paba" =lugar, estância, morada). A tradição diz, no entanto, que o nome teria vindo do nheengatu, uma espécie de dialeto tupi- jesuítico, que significa "terra que acaba" ou "ilha". Também pode se referir a árvore amapá (Hancornia amapá), muito comum na região. Sua seiva é usada como fortificante e estimulador do apetite.

Gentílico do Estado: Amapaense

Gentílico da Capital: Macapaense

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA CAPITAL

  LATITUDE :   0º02'20''  NORTE         LONGITUDE : 51º03'59''   OESTE  

ESTADO: COR OU RAÇA DA POPULAÇÃO

22,6%  BRANCA   66,7%  PARDA   5,4%  PRETA   1,2%  AMARELA / INDÍGENA

PESSOAS DE 5 ANOS OU MAIS DE IDADE, SEGUNDO A ALFABETIZAÇÃO

309,099    ALFABETIZADOS            38,893    NÃO    ALFABETIZADOS

CENSO DE 2000 - IBGE - http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/indiceesq.html - ESTADOS BRASILEIROS

Natureza


Clima:

O clima é equatorial em todo o Estado. A região norte é cortada pela linha do Equador, que passa bem em cima da capital do Amapá, que é Macapá, e apresenta baixa altitude. Por isso a temperatura é bastante elevada, com medidas mensais que variam de 25 graus a 27 graus durante o ano, assim pode-se afirmar que não há inverno, com as características que essa estação tem no sul do país.

Vegetação:

O calor constante e a abundância de chuvas na região permitiram o desenvolvimento de uma mata densa e sempre verde, que originalmente ocupava quase toda a superfície do norte do Brasil. Essa mata, a mais extensa do mundo em região de clima quente, é a Floresta Amazônica, que cobre a maior parte do território do Estado do Amapá, cerca de 90%. Também encontramos mangues litorâneos e campos gerais.

Relevo:

De modo geral, o relevo da região norte apresenta baixas altitudes, com exceção das terras localizadas na divisa do Brasil com a Venezuela e as Guianas. Entre as planícies, está a planície litorânea e entre as depressões, está a depressão do rio amazonas e a depressão do norte da Amazônia.

Hidrografia:

A região norte apresenta a maior rede hidrográfica do mundo, composta de uma grande quantidade de rios extensos e caudalosos. Na bacia hidrográfica do rio Amazonas encontramos a bacia do Jari e nas bacias costeiras do norte encontramos a bacia do Oiapoque e a bacia do Araguari.

Flora e Fauna:

Na fauna encontramos a espécie ameaçada de extinção, conhecidas por ganso-do-norte, ganso-cor-de-rosa e flamingo, a espécie só é encontrada nos Estados do Amapá, Pará, Maranhão. Outra espécie ameaçada é uma espécie de borboleta - Papilionidae, que é somente encontrada no Estado do Amapá. Na flora encontramos a estação ecológica do Jari que se estende do Amapá até o Pará. Também é no Amapá que fica o parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, o maior parque nacional do mundo. Essa imensa área de proteção da Floresta amazônica foi criada pelo governo federal em 2002. Ela é maior do que o Estado de Alagoas e ocupa 26% de todo o território do Amapá.

Curiosidades:

Na foz do rio Araguari acontece a pororoca. Pororoca (encontro de um rio com o mar) é a onda mais longa do mundo e avança rumo ao interior durante quase uma hora e meia, arrastando tudo o que estiver no leito do rio.
A linha do Equador, que divide o hemisfério sul do hemisfério norte, passa pela capital do Estado - Macapá. Por isso, uma das brincadeiras preferidas na região é passar de um hemisfério para o outro, porque só precisa atravessar uma rua para fazer isso.
A cidade Oiapoque, que fica na parte mais setentrional do Amapá, é o núcleo de população mais ao norte do nosso país e faz divisa com a Guiana Francesa.

Povos Indígenas :

Nome

Outros nomes ou grafias

Família/língua

UF (Brasil) Países Limítrofes

População
censo/

estimativa

Ano

Galibi Marworno

Galibi do Uaçá, Aruã, Uaçauara, Mum Uaçá

Kheuol (língua creoula, patois)

AP

1.764

2000

Galibi

Galibi do Oiapoque

Karíb e língua creoula, patois

AP

Guiana Francesa

28

(2.000)

2000

1992

Karipuna do Amapá

Caripuna

Creoulo Francês

AP

1.708

2000

Palikur

Aukwayene, Aukuyene, Paliku’ene

Aruak

AP

Guiana Francesa

918

(470)

2000

1980

Waiãpi

Wayampi, Oyampi, Wayãpy, Wajãpi

Waiãpi, da família Tupi-Guarani

AP

Guiana Francesa

525

412

1999

1992

http://www.socioambiental.org/website/pib/portugues/quonqua/quadro.htm

Povo Galibi

Atualmente, Galibi é a autodenominação do grupo que vive no rio Oiapoque e dos índios do mesmo povo que vivem na Guiana Francesa, especialmente nos rios Maroni e Mana. Na Guiana Francesa, eles se definem como Kaliña, sendo Galibi uma designação genérica utilizada pelos europeus para se referir aos povos de fala caribe do litoral das Guianas.
Os Galibi mantêm parcialmente a sua língua original da qual se orgulham. Muitas crianças, entretanto, filhos de pais galibi e não-galibi e que na escola apenas estudam o português, não falam mais a língua, mesmo quando a entendem.
Muitos falam também o patuá, língua crioula utilizada no contato com as outras etnias da região. Falam o português e usam esta língua na aldeia e para os contatos externos. Conhecem o francês ao menos os mais velhos que foram alfabetizados e educados nesta língua. Entendem um pouco de patuá holandês.
Nos dias de hoje, a língua indígena vem sendo revalorizada. Comparados aos Karipuna e Galibi-Marworno, eles se consideram índios verdadeiros, assim como os Palikur, por falarem uma língua indígena. Questionam o fato de o patuá ser considerado uma língua "nativa" pelos índios do Uaçá, lembrando que, na escola de freiras de Saint Joseph de Cluny, na Guiana Francesa, quem falava patuá recebia um castigo. Lá, apenas as línguas indígenas e o francês eram permitidos.
Localização. A única aldeia dos Galibi do Oiapoque, São José dos Galibi, permanece onde foi instalada em 1950, quando o grupo chegou à área. Localiza-se na margem direita do rio Oiapoque, logo abaixo da cidade de Saint Georges, entre os igarapés Morcego e Taparabu. De voadeira, a viagem entre Oiapoque e a aldeia é de mais ou menos 30 minutos. A aldeia localiza-se em um trecho de terra firme cercado de roças familiares e mata. Ocupa uma área de aproximadamente 250 por 400 metros, muito arborizada e bem cuidada, onde se encontram as casas, pomares e as instalações do Posto da Funai, enfermaria e escola.
Demografia. A população total dos Galibi na aldeia São José soma 28 pessoas. Muitos vivem fora da aldeia, em diversas cidades do Amapá, Belém e Brasília. Na aldeia, dois casais não têm filhos e mesmo o professor, um rapaz de Vigia, Pará, casado com uma Galibi, com quem tem cinco filhos, será obrigado a se mudar para outra área no dia em que não houver mais alunos da primeira à quarta série.

Povo Waiãpi

Os índios reconhecem o termo Waiãpi como designação inclusiva para todos os subgrupos que vivem nessa área, correspondendo, portanto, à autodenominação do povo. Utilizam, também, como autodesignação a expressão iane, nós.
Nos mitos de origem, os Waiãpi situam-se como uma etnia diferenciada, globalmente, dos outros povos por eles conhecidos: os brasileiros (karai-ku), os franceses (parainsi-ku) e os grupos indígenas vizinhos (Wayana-Aparai, Tiriyó, Karipuna, Galibi e Palikur). A tradição estabelece que, no tempo mítico, todos os povos viviam juntos e teriam sido separados pela intervenção do herói criador, Ianejar ("nosso dono"). Após esta separação, as outras etnias se distanciaram e, desde então, os Waiãpi consideram que habitam o "centro da terra". Ali, eles se dividiram em diferentes grupos que se reconhecem como "parentes".
Língua. A língua falada pelos Waiãpi se inclui na família Tupi-Guarani. Com os Emerillon do rio Oiapoque, na Güiana Francesa, são os únicos representantes desta família linguística na área. O conhecimento do português, por parte destes Waiãpi, está progredindo rapidamente: em todas as aldeias encontram-se de 5 a 10 homens entre 15 e 35 anos que falam bem o português. As mulheres e as crianças, com raras exceções, não falam essa língua, embora entendam a maior parte das conversas.
Existem Waiãpi também na Güiana Francesa, cuja língua apresenta diferenças por ter recebido influências de línguas Karib. Entre estes Waiãpi do Oiapoque, a maioria dos homens fala francês e muitos conhecem também a língua Wayana.

Povo Karipuna

A maior parte da população indígena que, atualmente, se define como Karipuna encontra-se nas margens do rio Curupi, principalmente no baixo e médio curso, na área indígena do Uaçá. Além das quatro principais aldeias, Manga, Espírito Santo, Santa Isabel e Açaizal, existem várias localidades ao longo do Curupi: Kutiti, Tauahu, Xato, Bovis, Zacarias, Inglês entre outras.
Os índios Karipuna se consideram católicos mas não abrem mão das festas religiosas tradicionais. O "Turé", por exemplo, tem ritos essencialmente indígenas que inclui danças e cantos na língua maruane. Comercializam produtos agrícolas como cítricos, café, inhame, banana e cana. A caça e a pesca são utlizados exclusivamente para o consumo local. A migração tem aumentado por causa do crescimento da população. No entanto, os homens ficam fora apenas por alguns períodos, enquanto as mulheres raramente retornam às aldeias.

Povo Palikur

Os Palikur têm uma miscigenação rara entre os índios. Entre 1930 e 1940, chegaram à aldeia famílias negras vindas da Guiana Francesa e seus descendentes assumem a identidade da tribo. Mesmo com esse contato, os índios mantém a tradição de se organizar em clãs formados a partir da linhagem paterna. Dessa forma, os filhos de pais não mestiços são aceitos pela comunidade mas não podem pertencer a nenhum clã.
Os Palikur estão localizados no Estado do Amapá e na Guiana Francesa, no Amapá eles habitam ao longo do rio Urukaua, situado na bacia do rio Uaca, na região do município do Oiapoque; na Guiana Francesa eles habitam em bairros nas cidades de Caiena e Saint Georges e as margens do rio Oiapoque. Dentre as tres etnias que habitam ao longo da bacia do Uacá - Galibi-Marworno, Karipuna e Palikur -, os Palikur são os únicos procedentes da própria região e também são os únicos que mantiveram sua língua original. Esta etnia é mencionada nos relatos históricos desde 1513.
Durante mais de três séculos, os povos indígenas da região do norte do Amapá mantiveram intensas trocas com os comerciantes franceses a ponto de despertar a preocupação da coroa portuguesa, que passou a exercer uma caça sem treguas aos índios identificados como aliados franceses. Neste contexto, os Palikur, apesar de considerados "amis de francois", são das poucas etnias, das diversas que existiam na região, que conseguem sobreviver a perseguição empreendida pelos portugueses.
Atualmente, os Palikur são, em sua maioria, crentes. Foram evangelizados por missionários protestantes no final da década de 40 e por conta da religião cristã não realizam mais suas festas tradicionais, como a festa de Ture e do Tambor. Assim como os outros povos indígenas do Uaca, os Palikur vivem da caça, pesca e da comercialização da farinha nas cidades do Oiapoque, Caiena e Saint George.

Povos Indígenas do Estado do Amapá
Lutas - Conquistas - Desafios

O Amapá é o primeiro estado brasileiro a ter todas as terras indígenas demarcadas. Nas duas grandes reservas, que representam 8,6% de todo o território estadual, 140.276 km 2, vivem as etnias - Galibi, Karipuna, Palikur, Waiapi e Galibi Marworno.

Em 1994 foi fundado o Conselho das Aldeias Waiãpi, reunindo todos os chefes de famílias extensas, que escolheram sua diretoria . Esta associação é também denominada Apina, nome de um subgrupo da etnia lembrado pela sua valentia na guerra: eram os Waiãpi que "flechavam longe". Seus objetivos principais são garantir uma representação mais direta da comunidade junto às autoridades e buscar soluções para reorientar o relacionamento com as agências que atuam na área.

Organizações Indígenas no Estado :



- Governo do Amapá
www.amapa.gov.br/Amapa/indios.htm
Informa sobre os índios da região.

- Governo do Amapá - II
www.amapa.gov.br/seed/educacaoindigena.htm
Página do Núcleo de Educação Indígena do estado.

Reportagem de Jornal e/ou Revista

AP
Jornal Folha de São Paulo
13/03/2003
A chuva isolou a região norte do Amapá.



AP
Jornal Folha de São Paulo
17/09/2003
O governador do Amapá, Waldez Goés, anunciou a criação do maior corredor de preservação do Brasil no 5º Congresso Mundial.



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