"Mexer" no computador
não
é tarefa difícil. Difícil é transformá-lo
em procedimento vantajoso de aprendizagem tanto mais autêntica.
O texto é de Pedro
Demo/2000
INCLUSÃO
DIGITAL NA MIDIATECA DA MONTE CRISTO
2006 - Alfabetização
Digital - prof Malu Pinto
2000 a 2006 - Jornal
Virtual - prof Jussara Oleques
1999 a 2004
- Atendimento
e projeto
da Midiateca para toda a Comunidade Escolar - prof
Jussara Oleques
1995 a 1997 - Atendimento às turmas pelas profs Rosimar Quadros e
Silvana Gigoski
NOME DO PROJETO: INCLUSÃO
DIGITAL
COORDENADORA
DO PROJETO: Prof. Jussara
Fernandes Oleques
Ano 2000 a
2004
Veja o subprojeto da
midiateca em 2004
"Aprender é libertar-se das
rotinas e cultivar o poder de pensar". Léa Fagundes
CONTEXTO
A pedagogia
dos
Projetos de Aprendizagem
e/ou
de Ensino, mediados pela Informática, até 2000/2001 era
quase
inexistente no contexto de nossa escola. Com o Projeto multidisciplinar
"Da
Boca pra Dentro", a escola passou a ser uma das Escolas Parceiras no
Programa
Sua Escola a 2000 por Hora. A partir daí, a informática
na
Escola avançou em relação ao uso da internet e de
outras
ferramentas. O site da Escola começou a ter mais espaço,
tornando-se
mais bem estruturado, a partir de nossas aprendizagens com o PSE/IAS.
Por
parte do poder público prefeitura/SMED, desde 1995,quando foi
fundada
a Escola, nos eram oferecidos os equipamentos: computadores,
impressoras
e assistência técnica. Carecíamos, na época,
de
assessoria técnico-pedagógica para o uso criativo e inovador dessa
tecnologia e que
favorecesse
ações protagonistas por parte dos alunos. Por isso fez a diferença o
apoio
técnico-pedagógico, atualizado do PSE, priorizando a
participação
ativa dos alunos no processo ensino/aprendizagem. O grupo representante
da
comunidade escolar que avaliou o "Da boca pra dentro", em dez de 2001,
propôs:
continuidade das atividades que começaram a dar certo, incentivo
aos
professores que ainda não usam a informática educacional,
melhor
registro das atividades com projetos, mais divulgação na
comunidade
escolar e publicação das mesmas. Essas serão
tarefas
prioritárias da Midiateca para os próximos anos:
incentivo,
divulgação, registro e publicação na web.
E
m segundo lugar, é
necessário
pensarmos no contexto de violência, de exclusão social e
cultural a que
estão submetidas as crianças e os adolescentes, desde
o contexto mais amplo como a situação mundial e nacional,
até
o mais próximo como o contexto de periferia urbana onde se situa
nossa
escola. Nestes contextos o acesso ao computador, não obstante
existam telecentros nos bairros, é bem difícil por parte da
maioria das crianças e jovens em nossa comunidade, uma vez que os
mesmos não dão conta da demanda e muitas vezes essas crianças e
adolescentes não se mobilizam para ir até ao telecentro fora do horário
das atividades escolares.
JUSTIFICATIVA
D iante
do contexto acima delimitado,
justifica-se
que a Midiateca apresente a proposta deste Projeto.
Sabemos
que a Inclusão
Digital, numa Vila, para acontecer, de fato, requer fortes políticas
públicas; que apenas o telecentro, ou somente uma escola, não dão
conta das demandas na comunidade. Entendemos, ainda, que não basta
oferecer o
computador aos estudantes para incluí-los digitalmente; é preciso
ensiná-los a usar o computador como ferramenta para
aprender a pensar e a se comunicar, como cidadãos, com pessoas de
qualquer parte do Brasil e do mundo através da rede. Por isso,
defendemos neste projeto, que todos os professores ensinem através de
Projetos de Aprendizagem os quais incluam a Informática nas atividades,
pois assim estarão
contribuindo pela Inclusaão Digital de alguns estudantes crianças,
jovens e adultos da Vila Monte Cristo.
Se
adequadamente utilizado,
o computador pode constituir-se um excelente instrumento para o pensar
crítico
e criativo, a partir de uma participação ativa do sujeito
com
os outros sujeitos, permitindo a representação de
idéias,
a testagem de hipóteses e ativando mecanismos cognitivos. O
Projeto
de Aprendizagem, por sua vez, consiste num modo natural de construir
conhecimento,
acessível a crianças pequenas, jovens e adultos,
contempla
a questão da autonomia na construção do
conhecimento,
o acesso à informação, à liberdade de
expressar
idéias, bem como a aprendizagem de cooperação, com
trocas
afetivas e respeito mútuo. Sendo o nosso
objetivo formar cidadãos autônomos, criativos,
críticos e abertos
às mudanças, faz-se necessário continuar a
construir
nosso novo perfil de professor. Dizemos "continuar a construir"
porquanto
entendemos que essa tarefa não é fácil, e,
não
obstante haja um trabalho neste sentido há alguns anos na Rede
Municipal,
a mudança não ocorre de imediato e demanda um processo
contínuo.
Convidamos, então,
professores, alunos, mães, pais e funcionários, para uma
pedagogia
diferenciada, a dos projetos de aprendizagem a partir do planejamento
pedagógico escolar,
utilizando também essa poderosa ferramenta, a
informática,
o que mudará nossa representação e nossa
prática,
ao organizarmos situações didáticas e atividades
que
façam sentido para os alunos; que estimulem o pensamento
divergente
e a criatividade; que gerem descobertas científicas; enfim, que
promovam
o desenvolvimento de trabalhos cooperativos, de alunos mais
estudiosos e solidários.
OBJETIVO GERAL
Q ue ao final do ano letivo de
2003, tenhamos
realizado Projetos de Aprendizagem cooperativos, na lógica da "Escola
Inclusiva",
compartilhando-os na rede, aceitando o desafio de dominar a lógica
computacional e subordinando
o uso dos programas do computador aos objetivos específicos de
cada
área de conhecimento e, mais amplamente, ao nosso Projeto de
Educação
e de Sociedade que estará conectado com a realidade local
através da proposta político-pedagógica da Escola. Se isso não for
alcançado satisfatoriamente, que este projeto seja ativo para outros
anos subseqüentes.
Estimular
os estudantes
a produzir e acompartilhar
seus conhecimentos, na comunidade escolar e na web, pois não
há
essa prática entre eles.
Orientar
estudantes,
professores e pessoas da comunidade
a usar o computador como ferramenta para compreender o mundo e agir
sobre
ele.
Oportunizar
aos
estudantes situações que
os levem a escolher, opinar, criticar, dizer o que pensam e sentem para
que
tenham iniciativa
e autonomia.
Investir
na
formação do
professor, seja
através de cursos oferecidos pela mantenedora com parcerias,
seja
através
de oficinas na midiateca, para que ele se torne mais
autônomo,
crítico
e criativo ao se apropriar dos conhecimentos sobre Informática
na
Educação e crie o hábito do aprender fazendo nesse
campo
do conhecimento.
Incentivar os professores a
desenvolver competências
de formular questões, equacionar problemas, lidar com a incerteza,
testar
hipóteses, planejar, desenvolver e documentar seus projetos de
pesquisa. A
prática e a reflexão sobre a própria prática são fundamentais para que
os
educadores possam dispor de amplas e variadas perspectivas
pedagógicas
em
relação aos diferentes usos da informática na escola.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Socializar
nossos
conhecimentos produzidos com a Informática
educacional entre os colegas professores, estudantes e pessoas de nossa
comunidade
escolar, bem como de outras escolas, participando de eventos na rede
municipal e fora dela.
Sensibilizar
os
professores a que usem a Informática Educacional
em projetos pedagógicos cooperativos ou para simples
pesquisa
orientada.
Usar
os
computadores e seus aplicativos como objetos que nos ajudem a construir
sujeitos.
Colocar
nossos
estudantes, pela Internet, em contato com estudantes e professores
de outras escolas do município, de outros estados e
países,
compartilhando idéias, informações, aprendizagens,
experiências
e contextos.
Reativar
o Complemento
de Informática,
criando um novo projeto de aprendizagem em cooperação com
os
estudantes inscritos.
Solicitar
à direção da
Escola para que se usem alguns Turnos de Formação, do
Calendário
Escolar, para capacitação dos professores na
Informática
Educacional, através de oficinas, com nossos próprios
recursos,
na Midiateca da escola.
Construir
com professores e estudantes páginas na Internet, lincando-as ao
site
da Escola.
Fazer da
Midiateca uma constante parceira nos
projetos de aprendizagem, colaborando nos projetos de
investigação,
auxiliando na busca e na organização da
informação,
assim como na disseminação dos estudos e conhecimentos
produzidos
pelos estudantes e professores.
Documentar
com registros qualitativos e quantitativos as atividades com
a Informática realizadas pela comunidade escolar e
publicá-las
no site da Escola, em blogs e outros ambientes virtuais.
ATIVIDADES
Cooordenação
da Agenda Semanal de uso
da sala e discussão com os professores da Escola no sentido de
qualificar o atendimento, dando prioridade aos projetos das turmas e pesquisas em geral.
Oficinas
de Informática para
professores que
ainda não dominam a máquina e ajuda individual quando solicitada pelos
colegas.
Oficinas
de
Informática para grupos de alunos às terças-feiras, manhã e tarde, após
as aulas regulares.
Apreciação
e análise da fita de vídeo sobre Informática Educativa e seu uso nas
diferentes disciplinas (Acervo da
Bibloteca).
Criação de textos coletivos, com os computadores em rede,
estimulando a solidariedade e a colaboração mútua entre os alunos.
Apoio aos projetos de aprendizagem,
combinados entre professores e seus alunos,nos três Ciclos de Formação
e na EJA .
Atendimento a pessoas da comundade:
visinhança, pais, mães e ex-alunos.
Divulgação, na comunidade
escolar e no site da Escola, experiências e atividades
inovadoras de estudantes, professores ou pessoas da
comunidade.
AVALIAÇÃO
Na
avaliação
será
considerado o fato de que a tarefa de usar a informática na
prática da
aprendizagem de uma forma adequada, isto é, inovadora e
criativa,
ainda não é fácil para a maioria dos professores
de
nossa escola. Pensamos que esse é um processo que requer tempo,
até que
os professores questionem seus paradigmas pedagógicos, se
apropriem
das ferramentas da informática, e coloquem-nas a serviço
da
aprendizagem dos estudantes. Por essa razão este projeto da Midiateca
foi pensado para
três
anos, podendo estender-se até que o uso da informática, no sentido da
Inclusão Digital seja uma prática
cotidiana por parte da maioria dos professsores e alunos desta escola.
A
avaliação deste projeto será feita pela realização das atividades,
pelos motivos apresentados acima, e adaptada ao contexto
e à realidade dos projetos ou atividades realizadas na Escola, e poderá
incorporar as
mudanças necessárias requeridas durante o processo.
Far-se-á
ao final de cada projeto ou atividade, pelos professores e estudantes
envolvidos,
pelos respectivos grupos e pela auto-avaliação; ao final
de cada
semestre, a avliação da Midiateca e de seu projeto
é
feita, como é norma da Escola, em reunião do coletivo de
professores
e funcionários para a Avaliação da Escola como um
todo.
DURAÇÃO
Primeiramente,
são previstos três anos letivos. A continuidade ou
não
do projeto e/ou a realização de subprojetos, como já mencionamos no
Objetivo Geral e na Avaliação, vão
depender
da execução dos objetivos aqui propostos, do contexto e
das
necessidades da Comunidade Escolar.
BIBLIOGRAFIA
E
WEBGRAFIA
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intervenção do
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/small>
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ppm/tetxt5.htm
http://www.proinfo.gov.br/
No
índice abaixo você encontra alguns dos trabalhos realizados
na Midiateca
em 2001, 2002, 2003, 2004 e outros
iniciados em abril
de
2005.
A
partir de 2005, sem uma coordenação geral, a
Midiateca vem
sendo administrada
pela direção da Escola nos turnos da manhã, tarde e
noite com estagiário
de informática contratado pela smed num dos turnos e alunos
monitores.
Continuamos desenvolvendo o projeto Jornal
Virtual com os alunos na Midiateca., o qual, em 2006
passou a contar com a parceria da prof Malu Pinto que desenvolve neste
espaço
o projeto Alfabetização
Digital.
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