Educação anti-racista no cotidiano escolar:

Cultura Afro-brasileira e Africana

 


Malu Pinto
Maria Lúcia Carneiro Pinto

Professora de História e Geografia

Dirlene Marimon
Professora de Educação Física
Jussara Oleques
Coordenadora do Laboratório de Informática

Trabalho de pesquisa com as turmas C21 - C22 - C23 - C24 - C25 - II ano do III Ciclo
Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila Monte Cristo
2004

 

Veja também as Falas dos Alunos com relação ao trabalho realizado.



Panorama da comunidade escolar:

Alunos:

Número total de alunos: 1.261

NA:

I CICLO:

II CICLO:

III CICLO:

EJA:

50

340

349

352

170

Turmas:

Número total de turmas: 48

NA:

I CICLO:

II CICLO:

III CICLO:

EJA:

02

13

13

14

06

Professores:

Número de professores: 92

Funcionários:

Número total de funcionários: 16

Funcionários do quadro: 06

Funcionários terceirizados: 10

Funcionários do serviço de limpeza: 06

Funcionários do serviço de nutrição: 10

Panorama étnico da escola:


Branca

Negra

Indígena

Parda

Mulato

Outras

Não se colocou

Não tem ficha

Mais de uma opção

Professores

75%

2%

1%

2%

1%

2%

1%

13%

3%

Funcionários

44%

25%

0%

0%

0%

0%

0%

31%

0%

Alunos










Veja: quadro dos professores e funcionários
gráfico dos professores e gráfico dos funcionários

Veja: quadro dos alunos das turmas do II ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos das turmas do II ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos das turmas do II ano do III Ciclo - realizada pelos pais
gráfico com a opção racial dos alunos por turma do II ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos por turma do II ano do III Ciclo - realizada pelos pais

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Problematização da realidade escolar - reflexões acerca das perspectivas conceituais e curriculares para uma educação anti-racista e antidiscriminatória.

Neste relatório, os nomes das turmas foram alterados propositadamente.

No final do II trimestre, durante o estudo do Brasil Colônia e a escravidão, assistimos ao filme Na Rota dos Orixás 1, de Renato Barbieri, dando início ao trabalho sobre Racismo, Cultura Afro-brasileira e Africana.

Realizamos um trabalho com representação gráfica de fatos tendo como base a fala de quatro personagens/estudiosos do filme, onde os alunos retrataram a importância da preservação da cultura africana, apesar das intervenções escravocratas para abandoná-la.

Com a citação de Pierre Verger:

"Um filho de Oxalá não vai discriminar um filho de Oxóssi só porque se trata de outro orixá. Não vai tão pouco discriminar um católico, um judeu ou um muçulmano porque sabe que cada um deles, como todas as pessoas, também carrega um orixá.",

os alunos deveriam escrever textos sobre a relação de respeito e diálogo entre as culturas e os povos. Na verdade, os textos comentaram, em sua maioria, posicionamentos pessoais sobre o racismo e, majoritariamente se colocaram como não racistas.

Ao ler os textos percebia-se o esforço individual para provar que as relações deles com a sociedade não eram racista. Colocaram, muitas vezes, que não existem raças, que todos são brasileiros. Em muitos textos, usaram termos como "meu pai é meio preto", "também tenho amigos negros", "pessoas da raça negra também são seres humanos", "eu até tenho amigas negras", "me dou bem com colegas brancos, e com os negros também".

Conversamos sobre esses termos utilizados, que demonstravam situações de racismo, embora os alunos se colocassem claramente contrários ao racismo. Eles afirmavam "mas eu não quis dizer isso!", e davam-se conta, após uma leitura em voz alta, com cuidado na entonação e pontuação das frases que, de fato, não só tinham dito, como tinham escrito e assinado.

Analisamos esse fato e, em princípio, muitos alunos ficaram espantados e envergonhados com a situação. Mas também dando-se conta de que era necessário, em um primeiro momento, o dar-se conta de que, apesar de "não querer ser" ou "de ser, sem saber" ou "de ser, saber e tentar esconder, porque o mundo apresentado a ele era assim mesmo", na verdade estavam demonstrando atitudes racistas.

Ao darem-se conta, muitos alunos alteraram seus textos e diziam que deveriam ter mais cuidado com o que falam e escrevem. Que esse cuidado significava não sair falando sem refletir, sem entender e raciocinar sobre o assunto. Que tudo o que se ouve e fica-se repetindo sem saber se é ou não correto e/ou verdadeiro, na verdade é preguiça de raciocinar, é ter tudo como uma verdade, o que na realidade não é.

Este tema retornou às aulas, pois seguimos nosso estudo sobre as raças, entrando na área das ciências, lendo sobre a melanina e os diferentes tipos de pele e cabelo, estudando as leis abolicionistas e as anti-racismo e as teorias racistas do século XIX.

Os alunos perceberam que há dois séculos o senso comum nos diz que ser branco é ser melhor. Que nas duas últimas décadas isso está mudando, mas está ainda em nós, nas famílias, nas escolas e nas sociedades. E que cabe a cada um de nós refletir sobre essa situação e perceber suas conseqüências no desenvolvimento de nossa história pessoal e do mundo.

Seguimos o trabalho com um polígrafo elaborado com base no livro Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro 2, com o título "Sentindo na pele..."

Neste trabalho, os alunos estudaram e pesquisaram sobre o que é a pele, a cor da pele e o cabelo. Realizaram a montagem de dois painéis com recortes de revistas, um sobre rosto e outro sobre cabelo.

Muitos alunos ficaram indignados pois "a professora teria levado para a sala de aula revistas erradas", onde não encontravam pessoas negras. Todas revistas apresentadas eram periódicos encontrados nas bancas como: Isto é, Veja, Nova Escola, Superinteressante, Galileu, Cláudia. Coloquei para eles que o fato de não encontrar pessoas negras nas revistas era também entender o estudo proposto. Os alunos disseram que também na televisão, em desfiles de moda e na política, não encontravam muitas pessoas negras. Conseguiram citar apenas alguns como a Preta - da novela, Naomi Camp - da moda e Paulo Paim - deputado federal. Disseram que nunca haviam se dado conta de que era difícil encontrar pessoas negras nos meios de comunicação, com exceção do esporte - futebol.

Além dos painéis dos trabalhos individuais, cada turma elaborou um grande painel, com recortes de revistas e uma frase elaborada pelo grupo de alunos.

Frases:

  1. O preconceito é uma coisa sem sentido. Por causa da cor, algumas pessoas de pele ... ( após 15 dias em exibição, este cartaz foi rasgado e a frase final perdida, pois não havíamos realizado o registro das mesmas, a não ser no próprio cartaz. Os demais cartazes continuaram intactos.)
  2. A cor é somente uma fachada, usada por muitas pessoas para distinguir os bons dos ruins e os bonitos dos feios. No mundo artístico, todas as mulheres querem ser brancas, loiras e de cabelo liso. Não existe quase nenhuma atriz principal que seja da raça negra. Quando as encontramos em revistas ou na TV, quase sempre são pobres ou ladrões.
  3. Ser racista é um preconceito ao próximo e a nós mesmos, pois o outro tem os mesmos direitos que nós! É um crime e temos que agir, Brasil! Todos somos iguais nos direitos e deveres!
  4. A raça não inventamos e o racismo que criamos é um crime feito por pessoas sem consciência, onde há várias conseqüências.
  5. O racismo é a ignorância de pessoas que renunciam a si mesmos, pois todos sabemos que somos uma mistura de raças: brancos, negros e mestiços. E não temos consciência de que somos todos iguais.

 

Dois destes painéis foram afixados próximo às escadas dos dois prédios em que ficam as salas de aula do III ciclo (um deles foi rasgado), dois painéis no prédio onde localiza-se o refeitório e um deles no prédio da biblioteca, secretaria, direção e sala dos professores, para que todos pudessem vê-los.

Quanto ao retorno sobre os painéis, ouvi comentários apenas dos funcionários da limpeza, que acharam apropriado e "já em tempo" de abordar esse assunto.

Neste polígrafo também pesquisamos as leis anti-racistas e acrescentei no decorrer do trabalho, a pesquisa sobres as leis abolicionistas.

Leis abolicionistas estudadas:

  • Lei Bill Aberdeen - 1845
  • Lei do Ventre Livre - 1871
  • Lei dos Sexagenários - 1885
  • Lei Áurea - 1888

No estudo das leis abolicionistas abordamos a seqüência de acontecimentos e suas conseqüências tanto para a sociedade escravocrata quanto para os ex-escravos e o desenvolvimento de miséria e abandono.

Retornamos a esse tema mais tarde, bem como a questão do racismo na atualidade, quando estudamos as teorias racistas do século XIX e o imigrantismo e o branqueamento da população no Brasil.

Alguns alunos disseram "eu nunca tinha pensado nisso!". Seus olhos demonstravam um pouco de entendimento, compaixão, revolta, surpresa, espanto e seriedade.

A postura da leitura individual do texto sobre as teorias raciais, realizada posteriormente, foi diferente de outros textos.

O silêncio e a atenção ao ler e reler o texto, por parte de muitos alunos, foi surpreendente. O virar a página do texto era realizada com cuidado, retornando muitas vezes à página anterior.

Trabalho com os mesmos alunos desde o ano passado e, sempre que levo um texto grande, escuto reclamações, vejo leituras rápidas, tentando achar logo alguma resposta. Desta vez, os mesmos alunos liam o texto com outros olhos, talvez os olhos de quem busca, de fato, entender o que o está atingindo.

No polígrafo, além das leis abolicionistas, os alunos pesquisaram as leis anti-racistas:

  • Lei n.º 1390 - 1951 - Lei Afonso Arinos
  • Lei n.º 7437 - 1985
  • Lei n.º 7716 - 1989
  • Constituição da República Federativa do Brasil - 1988

Nestas leis percebemos que, apesar da sociedade brasileira ainda ter uma postura racista, consciente ou não, existem alguns grupos pressionando esta sociedade para que sejamos, de fato, iguais, todos brasileiros.

Após este estudo, realizamos o trabalho com o texto As Teorias Raciais, extraído do livro Cidadania em Preto e Branco 3

Neste momento, voltamos à discussão sobre racismo, sobre as leis abolicionistas e anti-racismo, sobre a pele e o cabelo e sobre os meios de comunicação do século XIX e XX.

O debate nas cinco turmas foi muito interessante, porém duas turmas (turma Z e turma W) conseguiram aprofundar mais o assunto, em outras duas (turma X e turma K) esta questão ainda é tratada de forma mascarada e, em uma outra (turma Y) conseguiu-se avançar um pouco.

Registramos no quadro-verde as falas dos alunos e, em cada turma, duas alunas ficaram como redatoras.

Os alunos colocaram posicionamentos sobre racismo, preconceito e discriminação, conceituando-os. Posicionaram-se sobre a existência ou não de racismo na sociedade, na escola Vila Monte Cristo e na sua sala de aula. Levantaram situações de racismo ocorridas na escola e na sala de aula.



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Falas dos alunos:

TURMA X - 05/10/04

  • Todos concordam que o racismo existe.
  • Todos concordam que existe na EMEF Vila monte Cristo.
  • A maioria acha que existe racismo na sala da turma X, mas não todos.
  • Racismo é preconceito racial
  • Preconceito é discriminar as pessoas.
  • Discriminação é exclusão.
  • Preconceito é um julgamento antecipado
  • Discriminação é a ação do preconceito.
  • Racismo é:

Preconceito das pessoas que são negras.
Pode ser das brancas também.

  • Tipos de agressão:

Aluna negra chama professora branca de magra, feia e chata.
Chamar alguém de "aí neguinha" pode ser carinhoso, mas pode acontecer de, algum dia estar estressado, não estar de brincadeira e não gostar / não querer ser chamado desta maneira.
Fica quieto negão!
Achar que todo negro é pagodeiro.
Ter nojo de uma pessoa só por causa da cor.
Ter medo de alguém só porque é negro.
Tem guria que não fica com negro.
Pai ou padrasto não deixa filha namorar com negro.
Todo negro é ladrão.
Aluna negra se esforça para ser a melhor, para não sofrer preconceito.

TURMA K - 06/10/04

  • Racismo existe.
  • A turma, com exceção de uma aluna, diz que existe racismo na escola.
  • O mesmo ocorre quando a turma coloca que dentro da sala de aula da turma K existe racismo.
  • Racismo é preconceito racial, discriminação, tipo de exclusão entre as raças.
  • Preconceito é quando tu não aceitas, mas convive.
  • Discriminação é quando tu não aceitas, mas expõe seus preconceitos.
  • Preconceito é quando acha algo, não reflete e julga.
  • Discriminação é movimento, ação, fazer.
  • Situações na sala de aula:

Colega (menino) é chamado de feijão, macaco.
Colega diz que menina é da África.
Os alunos colocam que falam isso porque é brincadeirinha.
O que faz o racismo na aula é o negro incomodar, a menina não, ela é legal.
No caso da menina, somente um colega a chama assim. No caso do menino, um grupo o chama assim.
No caso de um menino branco que incomoda, recebe apelidos que não dizem respeito à sua raça.

TURMA K - 07/10/04 - continuação (agora com a presença do menino negro e da menina negra que não compareceram à aula no dia anterior)

  • Brincadeirinhas de mau gosto, tipo apelidos como: negão, feijão, macaco, chocolate, café e rato.
  • Aluno negro que recebe estes apelidos diz que não dá bola, mas que depois "eles vão ter que me agüentar".
  • O racismo pode desencadear uma violência. Essa violência é um tipo de defesa que eles têm, de ter que aturar isso. É um modo de pensar de cada um, tem gente que não parte para a violência, pensa, reflete e vê que esse não é o caminho.
  • Quando se pensa em racismo, a primeira coisa que se pensa é em alguém da raça negra.

TURMA Y - 30/09/04

  • Racismo existe?

Sim

  • Preconceito = julgamento antecipado
  • Discriminação = ação, colocar em prática o julgamento antecipado
  • Pessoa racista = não aceita o outro (diferente)
  • Ações:

Hoje em dia nem os negros querem ser negros porque querem ser algo que não são, como pintar os cabelos de loira.
O problema não é pintar os cabelos. Se pintar de verde e raspar a metade do cabelo, tudo bem. O que não pode é pintar de loiro.
O branco também pinta os cabelos de loiro.
A grande maioria das pessoas de pele escura, hoje em dia, usa o cabelo com trança e dread (rastafari).

TURMA Y - 05/10/04 - continuação

  • Na sala de aula:

Chamar de gorda, feia, chata e fedorenta.
Falar dos cabelos dos colegas, colocando apelidos no cabelo.
Tem gente que diz: teu cabelo é duro, tipo negro do cabelo duro.
Sua branquela, vai pegar uma cor.

  • Na escola:

Quando ocorre briga no recreio, a ofensa vem pela raça, como chamar de: negro encardido, negro sujo.
Quando alguém faz algo errado, ouve-se: não nega que é nego, bem coisa de negrão, negro quando não caga na entrada, caga na saída.
Loira burra.
Piadas racistas sobre os negros.

TURMA Z - 30/09/04

  • Racismo existe?

Sim

  • Preconceito = julgamento antecipado
  • Discriminação = ação, colocar em prática o julgamento antecipado
  • Pessoa racista = não aceita o outro (diferente)
  • Ofensa:
  • macaco, bugio, nariz de cheirar peido, mussum, neguinho cor do céu, assolam, carvão, crioulo, sarará, feijão, nego, branquela, branco azedo, longa vida, chocolate, babuino, alemão batata, azulão, escuridão, sombra, pedaço de asfalto, temporal, bonequinho de vodum.
  • O que fazer?
  • : Cuidar de si. Não querer ser mais que os outros. Respeitar os outros. Parar com ofensas. Procurar pelos seus direitos. Informar-se mais sobre o racismo. Evitar as pessoas que fazem isso. A lei sendo mais rígida.

TURMA W - 29/09/04

  • Racismo existe.
  • Racista que demonstra o que acha
  • : fala mal e admite, prejudicando / magoando o outro.
  • Racista que esconde:
  • mantêm distância da outra raça. Não fala o que acha. Não admite. Fala somente para alguns. Fala mal da outra raça e não admite. Prejudica outra raça e não admite. Magoa o outro e é cara de pau, duas caras.
  • Discriminação racial:
  • Existem discriminações aos brancos, mas não tanto quanto aos negros. Alguns negros não querem ter filhos negros, procurando parceiros brancos. Alguns negros não gostam da sua própria raça. Isso acontece porque algumas pessoas negras já sofreram discriminação e não querem o mesmo para os seus filhos. Existem pessoas que não são racistas, mas quando brigam/ discutindo, usam a raça para ofender. Podem ter negros que são racistas com brancos por causa da discriminação que eles sofrem por parte dos brancos.
  • Brincadeiras que ofendem:
  • Excluir alguém, por causa da cor, de certas atividades. Ofensas verbais como: chocolate, feijão, assolan, cabelo ruim, macaco, sarará, alemão batata, carvão, leitoso azedo, neguinho do fubá, bob esponja, pixaim, cabelo de palha, ladrão de oxigênio... Falta de respeito. Exclusão e/ou indiferença.

que fazer?: Denunciar na polícia. Ignorar (seria uma medida provisória). Dialogar com o racista (se for possível). Processar as pessoas racistas. Conscientização de que está agindo errado.



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Percebe-se claramente que a postura das turmas Z e W é diferente das turmas X, K e Y.veja estudo de gráficos

Nas turmas X e K, quando levantadas ofensas, brincadeirinhas e apelidos, foram diretamente colocadas questões sobre alunos negros, como uma normalidade. Nem se cogitou que poderiam haver conflitos entre raças. Era como certo que se tratava de citar exemplos de situações sobre os alunos negros. Nem tanto contra os alunos negros, mas sim, sobre os alunos negros.

Na turma Y, o debate foi um pouco mais envolvente, mas nestas três turmas, o debate foi tratado de forma superficial, como se fossemos todos irmãos, menos alguns que incomodam e que, por acaso, são negros ou aquelas que tem um cabelo diferente ou são gordas e fedorentas e que também, por acaso são negras.

Nas turmas Z e W o debate foi mais profundo e mais intenso. Buscavam-se também alternativas. Alguns alunos brancos tentavam colocar que também eram discriminados, levando alguns apelidos que recebiam mas mostrando uma diferença com relação as ofensas que recebiam das que os colegas negros recebiam.

Nota-se também que, durante o debate em todas as turmas, os alunos que não se colocavam como negros, nem como brancos, demonstraram, em sua maioria, uma postura neutra, procurando esquivar-se do assunto.

A impressão que passa é o receio de que, a qualquer momento, em um sobressalto, serão chamados a colocarem suas opiniões e posicionarem-se.

Foi colocado para estes alunos que não se preocupassem, pois não seriam chamados nominalmente para classificarem-se quanto à sua raça e houve um alívio. Era como se houvesse sido solicitado, através do olhar de espanto, que tanto a professora, quanto os colegas esquecessem naquele momento, de suas existências.

Quando realizamos o levantamento racial dos alunos - individual e por escrito - percebemos alguns motivos deste comportamento. Sua identidade racial ainda não está clara, nem mesmo para suas famílias, nem para nós, professores.

Aliás, pelos questionamentos realizados pelo quadro de professores quanto à sua raça, percebe-se também que este assunto há muito foi deixado de lado, é como se acordássemos para que, seriamente refletíssemos sobre esta questão.

É preciso dizer que todo o levantamento dos alunos foi realizado com um debate sobre o que estava sendo dito e escrito em sala de aula.

Sendo assim, façamos aqui alguns comentários sobre as falas dos alunos e o debate que se segue:

Quando dizem que esses apelidos são brincadeirinhas, tratam a questão como uma normalidade, ou seja, "ele (ou ela) é chato e incomoda", merecendo , portanto ser chamado por um apelido que o menospreza e o modo normal de menosprezo é voltar ao senso comum (dito através de piadas racistas, da ausência de personagens negros nos meios de comunicação, de que a maior parte da população não privilegiada ser negra, dos presídios serem habitados por uma população carcerária majoritariamente negra) que diz: negro é burro, pobre, feio e ladrão.

Foi levantado a diferença de chamar um colega negro de macaco e outro colega branco e gordo de baleia. Inicialmente achavam que se tratava do mesmo tipo de brincadeirinha, pois ambos apelidos eram ofensivos. Deram-se conta da diferença quando foi colocado que o colega branco e gordo poderia ir a um "spa" e voltar magro, se livrando do apelido, e que o colega negro não, que sua cor não sai, que é bem mais difícil se livrar do apelido.

Ao utilizarem esses apelidos normais, não apenas os alunos, mas uma parte da sociedade, reafirma uma visão ideológica de superioridade de uma raça.

Novamente a questão aqui é tratada como normal. O fato de existir racismo não é visto como uma violência. O aluno ser chamado de macaco/feijão/fedorenta desde sua tenra infância não é, para aqueles que os chamam , uma situação de violência. É apenas uma maneira de falar e até pode ser, muitas vezes, carinhosa.

A violência, para os alunos durante o debate, estava na ação corporal. No revide através de um tapa ou de um roubo dissimulado por parte daquele colega chato que desde pequeno escuta que é macaco.

O fato deste aluno ser chato e de que os outros terão que agüentá-lo não é refletido nem mesmo por parte de nós professores, que dirá dos alunos.

Os motivos para que isso ocorra são inúmeros, como a falta de tempo nas reuniões, o número excessivo de alunos, a quantidade de provas, tarefas, aulas por preparar, entre outras. Já sabemos disso, concordamos que estas questões nos afligem. Mas o aluno (os alunos) continua sendo chamado de macaco, continua cada vez mais chato, se metendo em brigas, nós continuamos agüentando-o e, ele, crescendo, virando adulto.

Pode talvez, como alguns brancos fazem, pintar de cores vivas, mas não renegando sua raça e tornando-se loiros, até porque, isso é coisa de branco.

Além da cor do cabelo, citaram também que a maioria dos negros usam o cabelo com tranças e dread e que isso torna-os mais bonitos. O cabelo duro, que merece apelidos, não é legal.

O que se apresenta é a necessidade de desconstrução dessa normalidade que ocorre de forma dissimulada, omitindo informações e confrontos, deixando com que os fatos pareçam verdades, e, de forma oculta, encobrindo a realidade e a contradição existente, fazendo-se crer que essa normalidade é que deve permanecer.4



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Estudo dos Gráficos

Veja: quadro dos professores e funcionários
gráfico dos professores e gráfico dos funcionários

Veja: quadro dos alunos das turmas do II ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos das turmas do II ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos das turmas do II ano do III Ciclo - realizada pelos pais
gráfico com a opção racial dos alunos por turma do II ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos por turma do II ano do III Ciclo - realizada pelos pais


Outro aspecto trabalhado foi a auto-classificação dos alunos, professores e funcionários quanto à sua raça.

Entendemos que O conceito de Raça é um conceito imprescindível para discutir a sociedade brasileira.5 , mesmo que muitas vezes não saibamos defini-la em termos classificatórios, mas, ao discuti-la, problematizamos e desestabilizamos a normalidade que se apresenta e resgatamos a diversidade existente nesta mesma sociedade, construindo atitudes e políticas mais objetivas e concretas, criando ações positivas, até mesmo dentro da sala de aula.

'Raça' é um significante mutável que significa diferentes coisas para diferentes pessoas em diferentes lugares na história e desafia as explicações definitivas fora de contextos específicos.(...)

A mera menção à palavra raça empenha a nossa compreensão de uma diversidade permanente e, em conseqüência uma concepção de 'diversidade'. As críticas ao termo raça e as revelações de sua redundância como construção analítica desestabilizaram e desmembraram a sua compreensão como um critério com sentido nas ciências sociais e biológicas, mas enquanto as conversações contemporâneas continuarem a incluir a palavra, seu potencial persistirá. Isso ocorre porque o termo 'raça' propõe descrever algo, mas inclui simultaneamente a diversidade. (...)

Nas concepções contemporâneas não há raça 'fora' do domínio, da biologia ou de qualquer outra parte do mundo; há somente 'raça' como um modo de entender e interpretar as diversidades por meio de marcadores inteligíveis. 'Preoblematizar' o conceito desse modo possibilita desestabilizar as bases intelectuais sobre as quais ele repousou por muito tempo.6

Os termos utilizados nesse trabalho, branco, negro, indígena, parda, mulato e outras, foram elaborados pela Prefeitura de Porto Alegre, não houve intervenção da escola que, para realização deste projeto acrescentou apenas os itens não se colocou, para aqueles que receberam a ficha mas deixaram-na sem preencher e que não tem ficha, ou seja, aqueles que não receberam a ficha por diversos motivos.

Seguimos esta mesma classificação para que os alunos, professores e funcionários optassem por uma raça, pois era necessário realizar comparações entre os gráficos.

Em um primeiro momento, realizamos o levantamento com base no recadastramento dos dados dos alunos realizado pela Prefeitura no início deste ano letivo. Um dos itens solicitados era a raça. Esta ficha foi preenchida pelos pais, e muitos alunos não tomaram conhecimento dos dados colocados.

Com esse levantamento, elaboramos o gráfico 01 - Opção dos Pais. Percebe-se que a maioria, 61% dos 147 alunos matriculados nas turmas de C20 na escola são classificados pelos pais como brancos.

Ao compará-lo com o gráfico 02 - Opção dos Alunos, percebe-se que os dados se alteram:

  • De 61% para 48% de alunos brancos
  • De 11% para 08% de alunos negros
  • De 01% para 03% de alunos indígenas
  • De 05% para 10% de alunos pardos
  • De 06% para 18% de alunos mulatos
  • Mantendo-se em 05% os alunos com outras opções, sendo todas miscigenadas.

Qual o significado dessas visões diferenciadas entre pais e alunos?

Segundo Ellis Cashmore 'Raça' é um significante mutável que significa diferentes coisas para diferentes pessoas em diferentes lugares na história e desafia as explicações definitivas fora de contextos específicos.6

Que significados mutáveis seriam esses? E se realizássemos um levantamento classificatório com o olhar dos professores sobre esses mesmos alunos, teríamos alterações significativas nos gráficos?

Certamente que sim. Mas a questão, na verdade, não é esta. Que temos olhares diferentes, assim como o olhar dos pais e dos próprios alunos é certo. A questão seria a de como trabalhar essas diferenças de forma a dar, de fato, valor a estas diversidades.

Realizamos também um levantamento de auto-classificação racial dos professores e funcionários.

Os dados obtidos demonstram uma concentração de opção racial no caso dos professores, embora muitos tenham se questionado quanto à opção que marcariam e, em sua maioria, colocavam que eram miscigenados e/ou não sabiam se classificar, escolhendo muitas vezes a opção branca.

No caso dos funcionários, ocorreram pouquíssimos questionamentos, como se tivessem claramente sua opção racial. Talvez a anotação na ficha de opção de uma funcionária demonstre esta clareza: escapou de branco, preto é.

A partir desses dados, nos propomos a realizar um trabalho de pesquisa com essas cinco turmas, tendo como tema Racismo, Cultura Afro-brasileira e Africana, com o objetivo de aprofundar o conhecimento dessa realidade, a fim de que esta normalidade dê lugar a problematização e desestabilização do "status quo" vigente.

Para que isso ocorra, algumas ações já foram desencadeadas na escola, como:



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Anexo 01

Documentário: Na Rota dos Orixás
Renato Barbieri - 1998

webpiaui.globo.com/ afro/religiao.htm


Aspectos da cultura brasileira – Tomo 2 – coleção Itaú Cultural – acervo: Biblioteca da Escola Vila Monte Cristo

As falas abaixo foram retiradas deste documentário. Veja de que modo estas falas e o filme/documentário te tocaram e faça um desenho em cada quadro.

"Só se salvará na globalização quem puder guardar a sua identidade. E nesse sentido, acho que é extremamente importante essa aproximação do Brasil com o Continente Africano."
Júlio Braga – antropólogo – Salvador-BA



"Neste momento, não podemos mais olhar o passado somente de maneira negativa. Esse passado foi dificultoso, terrível. Foi horrível. Mas que nos conservou e nos trouxe até hoje a riqueza dessa civilização africana."
Joana dos Santos – antropóloga – Salvador-BA

"Reconhecendo o que devemos a este diálogo (Brasil/África) que, ainda que baseado numa injustiça, os injustiçados souberam transforma-lo num diálogo criador, revalorizando este diálogo. Devemos ter consciência dele e ampliá-lo no futuro."
Alberto da Costa e Silva – diplomata e historiador – Rio de Janeiro-RJ



"Nós devemos trabalhar de mãos dadas e nos manter informados de nossa evolução, a fim de que possamos entender a realidade anterior e posterior de nossa cultura. Não devemos parar, a luta continua pela promoção de nossa cultura."
Avimanjé-Non – sacerdote – Uidá-Benin / África



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Anexo 02

Sentindo na pele...


Trabalho extraído do livro: Almanaque pedagógico afrobrasileiro
Autora: Rosa Margarida de Carvalho Rocha

"Pelos registros da pele, uma história apareca. Alguns registros parecem ser eternos. Outros se transformam(...)
Ao acolher e envolver o corpo físico, a pele o protege do ambiente que seja hostil e das ações externas agressivas, mas percebe e recebe, em todo o corpo, os estímulos positivosde calor, prazer e troca!"

 

A pele

Ela é uma roupa sem igual. Cai bem em grandalhões ou nanicos, gordos ou magros. São metros quadrados de tecido humano da melhor qualidade. Versátil, aquece no frio e refresca calor. Veste perfeitamente em qualquer ocasião, formal ou informal.

Olhando, ninguém diz que pesa mais de 4 quilos. Seus 5 milhões de sensores captam os estímulos mais sutis. E ainda acham que ela é superficial. Se alguém pedir a você para listar as dez partes mais importantes do corpo, dificilmente estaria entre elas. Na verdade, a pele é uma injustiçada.

Por incrível que possa parecer, a pele é o maior órgão do corpo humano. Abriga as sensações e o único dos cinco sentidos absolutamente vital para a sobrevivência: o tato. Você morreria se não conseguisse diferenciar, pelo toque, o óleo quente da água fria. Se não existisse a dor, você comeria a própria língua junto com as refeições, sem notar. E talvez só percebesse que pisou num prego muito tempo depois, quando o ferimento já estivesse infeccionado.

A pele evita a perda dos líquidos do corpo e impede que os seus órgãos fiquem expostos ao sol, à chuva, ao vento, aos insetos, fungos e germes.

Em todas as épocas e culturas, a humanidade tem usado a superfície do corpo como suporte para a expressão, desenhos, tinturas e inscrições.

No texto acima, o autor fez uma descrição bem interessante sobre a pele. Agora é com você. Complete o esquema das principais informações apresentadas:

 

"A cor da pele"

Muitas são as tonalidades de pele das pessoas. A cor da nossa pele é dada por uma substância chamada melanina. A pele de quem possui mais melanina é escura e quem tem pele clara apresenta menos melanina.

Segundo os cientistas, a variação da tonalidade de pele e de outras características físicas ocorrem devido à necessidade de adaptação biológica do ser humano ao ambiente. As populações da região tropical têm a pele escura, isto é, possuem mais melanina, que as protege contra a radiação ultravioleta do sol. Nas regiões frias, onde há pouca radiação solar, a pele clara é mais adequada para melhor absorver a luz ultravioleta.

Por desconhecer estas verdades científicas, muita gente julga as pessoas pela cor da pele. As pesquisas científicas sérias comprovam que a cor da pele não tem qualquer relação com a inteligência, bondade, responsabilidade ... Apesar disso, ainda existem muitas pessoas que se acham melhores do que as outras por conta da cor da pele que têm. Isso é uma das formas de racismo!

Oficialmente, o Brasil tem uma das maiores populações negras do mundo, mas muitos negros brasileiros têm vergonha de assumir sua cor, por causa das dificuldades que passam em função do racismo existente no Brasil.

No passado, a cor da pele foi usada para justificar a escravidão e ainda existem grandes injustiças com base em idéias racistas. Racismo é crime. Está na Constituição Brasileira!


Leia as frases com atenção. Coloque V para as frases verdadeiras e F para as falsas:

  1. _______ Nas regiões frias, onde há pouca radiação solar, a pele clara é mais adequada.
  2. _______ As populações da região tropical têm peles mais claras.
  3. _______ A melanina não protege a pele contra a radiação.
  4. _______ As pessoas, muitas vezes, são racistas por ignorarem dados científicos.

Releia as frases corretas e dê sua opinião sobre elas:

__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Existem leis contra o racismo no Brasil? Quais são elas? Falam sobre o quê?
Utilize esse espaço e, se for necessário, utilize o verso da folha também.

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__________________________________________________________________
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__________________________________________________________________

 

A pele é a roupa do seu corpo

Como toda roupa, a pele não só protege o corpo, como também confere a ele estilo e beleza. A embalagem perfeita da vida é também o espelho do que acontece dentro de você. Revela o estado de saúde, a idade e, até mesmo, pelas marcas de expressão, o sofrimento psíquico que, eventualmente, algumas pessoas tentam esconder. A pele veste você! Ela avisa quando está frio ou calor e se o mundo lá fora traz prazer ou dor...

Das partes do corpo, a pele é a que mais tem a ver com a vaidade. E também a que revela, de forma mais ostensiva, a ação devastadora do tempo. Na velhice, as fibras de colágeno da derme perdem a elasticidade; é aí que nascem as rugas, as quais podem explicitar, ao mesmo tempo, a fragilidade e a resistência da pele diante da passagem dos anos, porém a velhice não diminui a eficiência da pele como armadura do corpo. Ela continua a cumprir sua missão tão bem quanto na juventude.

Leia o texto com atenção e retire dele duas frases interessantes.
Copie-as abaixo e escreva sua opinião sobre elas:

1ª frase:
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__________________________________________________________________
Comentário:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2ª frase:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Comentário:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Agora é com você! Recorte de revistas e jornais, gravuras que possam demonstrar os mais variados tipos de rostos de pessoas.

  1. Com esses recortes, monte um painel em uma nova página e acrescente ao seu trabalho.

  2. Faça um comentário, nesse espaço, do porquê da existência de tantos tipos diferentes:

__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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O cabelo "fala" por você

A natureza criou os fios da cabeça para ajudar você a sobreviver. Por isso, não são um simples enfeite. Todavia, as diversas culturas os transformaram em sinal de beleza e meio de expressão.

Quando o ser humano ainda vivia em cavernas, os cabelos tinham uma função vital: proteger o cérebro do calor do sol. Nas regiões quentes e secas do planeta, eles tendiam a ser mais crespos e mais armados, formando uma cobertura protetora. Nas áreas frias e úmidas, os cabelos lisos ajudavam a escorrer a água das chuvas. O tipo do cabelo (crespo, liso ou ondulado) depende do formato do folículo onde nasce o cabelo.

Temos cerca de 100.000 fios que cobrem a cabeça e 5 milhões de pêlos espalhados pelo seu corpo. São uma herança de nossos antepassados, que precisavam deles para aquecer a pele e se protegerem da chuva. Os pêlos nascem como célula viva, mas quando chegam à flor da pele já estão mortos. Por isso, você não sente dor na hora de cortá-los.

A cor dos cabelos depende da quantidade de melanina produzida. Os cabelos pretos contém muita melanina e os louros, pouca. Os cabelos ruivos têm essa cor em conseqüência de um gene especial, responsável pela produção de um pigmento avermelhado.

A civilização, com seus chapéus e guarda-chuvas, aposentou as funções originais do cabelo, que viraram, então, símbolo de beleza, marca de identidade grupal e meio de expressão artística. Do corte rente dos militares às trancinhas africanas, pode-se manifestar muita coisa, devido ao estilo do cabelo. O cabelo "fala" por você!

Diante das informações acima, responda às seguintes perguntas:

  1. Quais as diversas funções dos pêlos?
  2. __________________________________________________________________
  3. Por que existem cabelos escuros, claros e ruivos?
__________________________________________________________________

Leia com atenção as frases e marque a alternativa correta:

  1. A natureza criou os fios do cabelo para:

  2. ( ) proteger o cérebro ( ) enfeitar ( ) ajudar a sobreviver
  3. Os cabelos crespos:

  4. ( ) formam uma cobertura protetora ( ) nascem como células mortas ( ) têm mais melanina
  5. Os cabelos claros:

  6. ( ) têm pouca melanina ( ) têm muita melanina ( ) protegem o cérebro

Faça um comentário sobre as alternativas assinaladas:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Recorte gravuras de revistas e jornais, demonstrando os vários tipos de cabelos. Apresente uma legenda explicativa sobre as características de cada cabelo representado.
Com esses recortes, monte um painel em uma nova página e acrescente ao seu trabalho.





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Anexo 03

As Teorias Raciais

Maria Aparecida Silva Bento
Cidadania em preto e branco - editora Ática - 1999

Na Segunda metade do século XIX, alguns cientistas europeus, como o alemão Richard Wagner e o inglês Houston Stewart Chamberlain, passaram a elaborar estudos para explicar a sociedade humana. Utilizaram estudos do biólogo Charles Darwin - A Teoria da seleção natural, que segundo ela , na natureza (animais e vegetais) sobrevivem e dominam as espécies fortes. Existindo então espécies fortes e espécies fracas.

Eles concluíram então que alguns grupos humanos eram fortes e outros fracos. Os fortes te- riam herdado certas características que os tornavam superiores e os autorizavam a comandar e explorar outros povos.

Por sua vez, os fracos teriam outras características que os tornavam naturalmente inferiores e, portanto, predestinados a ser comandados.

Desse modo, diferenças de tipo físico passaram a ser utilizadas para classificar seres humanos. Passaram a ser relacionadas a diferenças intelectuais e morais, dando origem à idéia de raça.

Nasceu a fórmula básica do racismo:

  • Portadores de pele escura (os negros e os não-europeus) = raça inferior;
  • Portadores de pele alva (os brancos) = raça superior.

O negro seria preguiçoso, indolente, caprichoso, sensual, incapaz de raciocinar. Já o branco seria empreendedor, disciplinado, inteligente.

Por serem superiores, os europeus teriam então o "direito" de explorar os inferiores.

Estava assim "justificado" o domínio colonial e a exploração do europeu sobre outros povos. Desvantagens sociais, políticas, econômicas ou culturais também passaram a ser atribuídas a desigualdades inatas entre os homens. O termo inato, tão presente no discurso dos racistas, já dizia tudo: segundo eles, determinados grupos nasceriam com características que os habilitam apenas para serem dominados e explorados.

CARACTERÍSTICAS "INATAS"?

É interessante notar que os próprios europeus se subdividiam em subgrupos com diversas culturas e inclusive com alguns tipos de diferenças físicas, como os alpinos, os nórdicos, os eslavos, os mediterrâneos e os latinos.

Tais diferenças, contudo, não ocuparam a atenção dos inventores do racismo. A eles interessavam tão-somente as diferenças entre europeus brancos e outros povos não-europeus.

Baseado nessas idéias, em 1908, o inglês Francisco Dalton fundou, em Londres, a Sociedade de Educação Eugênica, visando defender a manutenção da pureza das raças, a chamada eugenia. Para ele, impunha-se a necessidade de a raça branca manter-se pura, evitando a mistura.

Tempos depois, dois outros homens, que se tomaram tristemente famosos, também defenderam teses sobre o assunto: Alfred Rosenberg, que em 1930 publicou o Mito do século XX, e Adolf Hitler, que em 1934 publicou A minha luta.

Entre os resultados práticos dessas idéias de raças superiores e inferiores está o extermínio de 6 milhões de judeus pelos alemães nazistas, alguns anos depois.

A esta altura, podemos finalmente definir o que seja racismo: uma ideologia que defende a hierarquia entre grupos humanos, classificando-os em raças inferiores e raças superiores.

Como qualquer outra, a ideologia racista é um conjunto de idéias utilizado para explicar determinada realidade, no caso, as desvantagens dos negros em relação aos brancos.

Como vimos, a ideologia racial nasceu no exato momento em que os europeus necessitavam de justificativas para a exploração de povos "diferentes".

Mais recentemente a Alemanha nazista e a África do Sul construíram verdadeiros estados racistas, fazendo do racismo uma política oficial de Estado.

As Teorias Raciais no Brasil

No velho estilo brasileiro de acreditar cegamente que "se é importado é bom", as teorias raciais chegaram da Europa ao Brasil atrasadas. Porém, fizeram aqui enorme sucesso, mesmo quando na Europa já começavam a ser criticadas.

Intelectuais, médicos, advogados, políticos brasileiros se entusiasmam com a idéia de que a raça branca era superior. No entanto, as teorias raciais trouxeram consigo um problema sério para o Brasil. A elite brasileira desejava apresentar o Brasil como um país branco, igualzinho à Europa. Mas como explicar que, de fato, o Brasil era um país majoritariamente negro (nesta época, 1872 o censo indicava que 55% da população era negra), que enriqueceu com o trabalho escravo?

O "BRANQUEAMENTO" DA NAÇÃO BRASILEIRA

Igualmente se preocupavam com essas questões os deputados de todos estados: como construir um projeto de nação "respeitável" num país com tantos negros? Era necessário inventar outro Brasil, um país branco. Os cintístas e os políticos de então resolveram trazer muitos imigrantes europeus para cá, estimular a miscigenação , para a população ir branqueando, branqueando ... Dali a algumas décadas, o país seria branco. Talvez então a elite brasileira da época dissesse justamente ao mundo que um país poderia se desenvolver muito com uma população diversificada.

Lilia Schwarcz (pesquisadora) nos mostra como os cientistas brasileiros daquela época não tinham recursos intelectuais para debater com os europeus então repetiam afirmações que não combinavam com a realidade do nosso país.

Ela revela em seu livro que nossos cientista eram muito "criativos", embora a criatividade tivesse origem duvidosa. Os intelectuais brasileiros eram imitativos no pensamento e não tinham espírito crítico, escreviam estudiosos americanos daquela época, ao observar a maneira como o Brasil absorvia as teorias racistas da Europa.

OS EUROPEUS QUE O BRASIL QUERIA

Seja como for, a partir de 1869, nas Assembléias Legislativas de todo o país, começaram a ocorrer acalorados discursos que exaltavam a mão-de-obra européia como ideal para substituir o trabalhador escravo e o liberto.

Iniciava-se, então, a campanha imigrantista que tinha dois objetivos:

    • Valorizar o imigrante branco;
    • Convencer a elite do país de que o progresso só viria se fossem importados imigrantes brancos.

Célia Azevedo, uma estudiosa desse período da nossa história, mostra que, nos anos seguintes, a Assembléia recebeu vários projetos nos quais eram avaliados "tipos" ideais de trabalhadores. Asiáticos, chineses, africanos foram considerados inferiores ou incapazes.

Intelectuais e filhos de fazendeiros que haviam estudado na Europa não esconderam sua simpatia pelas idéias racistas em moda no continente europeu. A conclusão era cristalina: a nação teria de ser formada com o "sangue superior" dos europeus.

O imigrantismo

Como resultado prático dos debates sobre o branqueamento, foi colocado em ação um projeto que visava transformar o Brasil num país branco, a exemplo das sempre adoradas nações européias.

Assim, o governo de São Paulo:

  • Em 1881, passou a pagar metade dos custos de transporte dos imigrantes, devendo o restante ser pago ao fazendeiro que o importara;
  • Em 1884, começou a devolver aos imigrantes os gastos com passagens;
  • Em 1885, passou a pagar diretamente o custo de transporte dos imigrantes europeus.

A EXCLUSÃO DOS NEGROS

Dessa forma, entre 1871 e 1920, cerca de 3 390 000 imigrantes chegaram ao Brasil, dos quais, entre outros:

    • 1 373 000 eram italianos;
    • 901 000, portugueses;
    • 500 000, espanhóis.

É bom lembrar que esse número se aproxima dos cerca de 4 000 000 de africanos trazidos para o Brasil entre 1520 e 1850.

Os historiadores afirmam que os imigrantes que para cá vieram traziam como única experiência de trabalho as atividades rurais, ou seja, a mesma do ex-trabalhador escravo. No entanto, a eles estavam reservadas as novas oportunidades.

Por essa razão, em 1893 a situação em São Paulo era:

    • 55% dos residentes eram imigrantes;
    • 84% dos empregados da indústria manufatureira e artística eram imigrantes;
    • 81 % dos trabalhadores do ramo de transporte eram imigrantes;
    • 72% dos empregados nas atividades comerciais eram imigrantes.

Em 1901, um estudo sobre a indústria paulista calculou que 90% dos operários industriais eram imigrantes. Observando esse estudo, podemos perceber que o ex-trabalhador escravo foi de fato expulso do processo de industrialização que se iniciava no país.

Não podemos esquecer que o ex-trabalhador escravo havia sido o principal produtor de riquezas durante quase quatro séculos, no entanto, não recebeu nenhum tipo de indenização, tendo sido entregue à própria sorte. Assim, com o fim do escravismo, passou a ser estranhamente considerado preguiçoso.

A PRODUÇÃO DOS NEGROS DURANTE O ESCRAVISMO

Hoje, a importância do trabalho negro é relatada por diferentes estudiosos. Um exemplo da importância do trabalho do negro no período do escravismo pode ser observado nos dados sobre a produção do açúcar e do ouro.

Com o fruto do trabalho dos negros, a partir de 1560, os portugueses se tornaram os maiores produtores de açúcar nas Américas, dominando o mercado mundial.

Quanto ao ouro, entre 1700 e 1800, a produção brasileira foi tão grande que alcançou em cem anos metade de todo o ouro que o mundo produziu em trezentos anos. Foram 983 000 quilos de ouro brasileiro saqueados e despejados principalmente na Inglaterra. Essa riqueza serviu, inclusive, para financiar o grande desenvolvimento industrial dos ingleses.

Não só o ouro ou o açúcar, mas a produção do pau-brasil, do tabaco, do algodão, do arroz, do café, foi resultado do trabalho escravo. Apesar disso, o povo negro foi praticamente excluído da nova ordem que se instaurou a partir de 1888. Mais que isso, a partir desse momento, passou a ser associado a problemas de saúde pública, criminalidade, entre outros.

Aos portadores de pele branca pertenceria o futuro do Brasil, sonhavam as elites.




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Anexo 04

Composição: Gabriel, O Pensador

Lavagem Cerebral - Gabriel O Pensador

http://gabriel-pensador.letras.terra.com.br/letras/66182/

Racismo preconceito e discriminação em geral
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral

Não seja um imbecil
Não seja um Paulo Francis
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco?
Aliás branco no Brasil é difícil porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda então olhe pra trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura então porque o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou...
Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor
Uns com a pele clara outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral

Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
Um sujeito com a cara do PC Farias
Não você não faria isso não...
Você aprendeu que o preto é ladrão
Muitos negros roubam mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa musica você aprender e fazer
A lavagem cerebral

O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não para pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Qualquer tipo de racismo não se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo é racista mas não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
E se você é mais um burro
Não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você




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Anexo 05

Foco do trabalho : Racismo, Cultura Afro-brasileira e Cultura Africana

Temas levantados pelos alunos para dar andamento ao trabalho do III Trimestre:


TURMA C25 - 07/10/04

  1. Resistência Negra: Quilombos, quilombolas e movimentos étnicos
  2. Religião afro-brasileira
  3. Segregação racial
  4. Alimentação e vestuário
  5. Rítmos, música e dança
  6. Mitos, lendas, crenças, linguagem e literatura
  7. Arte e corpo

Brasil e África

Ontem e Hoje

  • A turma se dividirá em grupos de, até 5 componentes;
  • O trabalho poderá ser realizado individualmente;
  • Cada grupo deverá dar conta de todos os itens da pesquisa.


  • TURMA C22 - 15/10/04

    Foco Principal: África Hoje
    Foco Secundário: Influências do Passado

    Foco Principal: Brasil Hoje

    • Cultura Africana
    1. Filmes
    2. Rituais
    3. Lendas
    4. Línguas
    5. Ensino
    6. Religiões
    7. Dança
    8. Esporte
    • Questões Africanas
    1. Habitação
    2. Pontos Turísticos
    3. Tecnologia
    4. Meios de Comunicação
    5. Política (governos / eleições)
    6. População (natalidade / mortalidade / raça)
    7. Transporte
    8. Economia
    9. Racismo
    • Cultura Afro-brasileira e Contribuições Africanas
    1. Língua
    2. Religião
    3. Rituais
    4. Música
    5. Culinária
    6. Lendas
    7. Movimentos Negros ( desde os quilombos até os movimentos atuais)
    • Racismo
    • População do Brasil
  • A turma se dividirá em grupos de, até 5 componentes;
  • O trabalho poderá ser realizado individualmente;
  • Cada grupo deverá dar conta de todos os itens da pesquisa.


  • TURMA C24 - 19/10/04

    Foco: Brasil Hoje

    Foco: África Hoje

    • Cultura Afro-brasileira
    1. Culinária
    2. Religião
    3. Lendas
    4. Mitos
    5. Línguas
    6. Ensino
    7. Danças
    8. Música
    9. Moda
    10. Esporte
  • Racismo
  •  

    • Cultura Africana
    1. Culinária
    2. Religião/Orixás
    3. Lendas
    4. Mitos
    5. Rituais
    6. Importância dos Ancestrais
    7. Línguas
    8. Ensino
    9. Danças
    10. Música
    11. Indumentária/cabelo
    12. Esporte
  • Cidades
  • Criminalidade
  • Racismo
  • A turma se dividirá em grupos de, até 5 componentes;
  • O trabalho poderá ser realizado individualmente;
  • Cada grupo deverá dar conta de todos os itens da pesquisa.


  • TURMA C21 - 19/10/04

    Foco: Brasil Hoje

    Foco: África Hoje

    • Cultura Afro-brasileira
    1. Culinária
    2. Religião
    3. Línguas
    4. Ensino
    5. Danças
    6. Música/Instrumentos
    7. Moda(cabelo/roupa)
    8. Comemorações
  • Racismo
  •  

    • Cultura Africana
    1. Culinária
    2. Religião
    3. Lendas
    4. Mitos
    5. Rituais
    6. Línguas
    7. Comemorações (casamentos/datas especiais)
    8. Educação
    9. Música
    10. Indumentária/cabelo
    11. Esporte
  • Organização das Cidades
  • Habitação
  • Saúde
  • Racismo
  • A turma se dividirá em grupos de, até 5 componentes;
  • O trabalho poderá ser realizado individualmente;
  • Cada grupo deverá dar conta de todos os itens da pesquisa.


  • TURMA C23 - 19/10/04

    Foco: Brasil Hoje

    Foco: África Hoje

    • Cultura Afro-brasileira
    1. Culinária
    2. Religião
    3. Línguas
    4. Danças
    5. Música
    6. Moda(cabelo/roupa)
    7. Esporte
    8. Brincadeiras
  • Medicina
  • Movimentos Negros
  • Racismo
  •  

    • Cultura Africana
    1. Culinária
    2. Religião
    3. Lendas
    4. Línguas
    5. Educação
    6. Música
    7. Indumentária
    8. Brincadeiras
    9. Esporte
  • Tecnologia
  • Medicina
  • Povos
  • Movimentos Negros
  • Racismo
  • A turma se dividirá em grupos de, até 5 componentes;
  • O trabalho poderá ser realizado individualmente;
  • Cada grupo deverá dar conta de todos os itens da pesquisa.






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    Quadro 01

     

    Levantamento PMPA - 2004 - turmas: C20

     

    Opção

    Pais

    Opção Alunos

    Opção

    Pais

    Opção Alunos

    Opção

    Pais

    Opção Alunos

    Opção

    Pais

    Opção Alunos

    Opção

    Pais

    Opção Alunos

    Opção

    Pais

    Opção Alunos

    X

    X

    K

    K

    Y

    Y

    Z

    Z

    W

    W

    TOTAL

    TOTAL

    Branca

    19

    14

    16

    17

    19

    16

    20

    15

    16

    08

    90

    70

    Negra

    03

    01

    03

    03

    03

    02

    04

    02

    03

    04

    16

    12

    Indígena

    01

    00

    00

    02

    00

    01

    00

    00

    00

    02

    01

    05

    Parda

    03

    06

    01

    02

    01

    01

    00

    01

    02

    05

    07

    15

    Mulato

    02

    03

    02

    04

    02

    08

    01

    07

    02

    04

    09

    26

    Outras

    01

    00

    01

    01

    01

    00

    02

    02

    03

    04

    08

    07

    Não se colocou

    00

    00

    00

    00

    00

    00

    00

    00

    01

    00

    01

    00

    Não tem ficha

    01

    07

    08

    01

    03

    01

    01

    01

    02

    02

    15

    12

    TOTAL

    30

    31

    31

    30

    29

    29

    28

    28

    29

    29

    147

    147

    Observações

    *Turma X- ingresso de uma aluna. *Turma K- ingresso de um aluno e transferência de três alunos
    *Não tem ficha (no caso dos alunos): 01 transferência, 02 doentes, 03 alunos com muitas faltas, 06 alunos com Ficai.
    *Opção Outras para os pais: 04 morenos, 02 mista, 01 mameluco, 01 japonês/italiano/indígena
    *Opção Outras para os alunos: 03 morenos, 01 morena clara, 01 mistura de todas, 02 mameluco



    Quadro 02

    Levantamento - 2004 - Professores e Funcionários

     

    Professores

    Funcionários

    Branca

    68

    07

    Negra

    02

    04

    Indígena

    01

    00

    Parda

    02

    00

    Mulato

    01

    00

    Outras

    02

    00

    Não se colocou

    01

    00

    Não tem ficha

    12

    05

    Mais de uma escolha

    03

    00

    TOTAL

    92

    16

    Observações

    *Opção Outras professores: 01 Amarela; 01 brasileira
    *Mais de uma escolha professores: 01 branca/indígena; 01 parda/morena clara; 01 branca/árabe
    *Anotações na ficha funcionários: "escapou de branco, preto é", foi assinalada a raça branca.



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    Gráfico 01






    Gráfico 02






    Gráfico 03






    Gráfico 04






    Gráfico 05






    Gráfico 06





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    Notas:
    01 - Na Rota dos Orixás, de Renato Barbieri,1998 (fita de vídeo Aspectos da Cultura Brasileira, tomo 2, da Coleção Itaú Cultural, acervo da biblioteca da Escola Vila Monte Cristo)

    02 - Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro, de Rosa Margarida de Carvalho Rocha, Nzinga - Mazza edições

    03 - Cidadania em Preto e Branco (editora Ática, 1999, de Maria Aparecida Silva Bento).

    04 - Referente às aulas de Azoilda Trindade - doutoranda em comunicação - UFRJ e professora da Universidade Cândido Mendes - RJ

    05 - José Carlos dos Anjos - UFRGS - apresentação no curso Educação Anti-Racista no Cotidiano Escolar / 2004

    06 - Ellis Cashmore - Dicionário de Relações Étnicas e Raciais editora Selo Negro - 2000.



               III ciclo
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