|
Educação anti-racista no cotidiano escolar:
Cultura Afro-brasileira e Africana
Malu Pinto
Maria Lúcia Carneiro Pinto
Professora de História e Geografia
Dirlene Marimon
Professora de Educação Física
Jussara Oleques
Coordenadora do Laboratório de Informática
Trabalho de pesquisa com as turmas C21 - C22 - C23 - C24
- C25 - II ano do III Ciclo
Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila Monte Cristo
2004
Veja também as Falas dos Alunos com relação ao trabalho realizado.
Panorama da comunidade escolar:
Alunos:
Número total de alunos: 1.261 |
||||
NA: |
I CICLO: |
II CICLO: |
III CICLO: |
EJA: |
50 |
340 |
349 |
352 |
170 |
Turmas:
Número total de turmas: 48 |
||||
NA: |
I CICLO: |
II CICLO: |
III CICLO: |
EJA: |
02 |
13 |
13 |
14 |
06 |
Professores:
Número de professores: 92 |
Funcionários:
|
Funcionários do quadro: 06 |
Funcionários do serviço de limpeza:
06 |
Panorama étnico da escola:
|
Branca |
Negra |
Indígena |
Parda |
Mulato |
Outras |
Não se colocou |
Não tem ficha |
Mais de uma opção |
Professores |
75% |
2% |
1% |
2% |
1% |
2% |
1% |
13% |
3% |
Funcionários |
44% |
25% |
0% |
0% |
0% |
0% |
0% |
31% |
0% |
Alunos |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Veja: quadro dos professores e funcionários
gráfico dos professores e gráfico dos
funcionários
Veja: quadro dos alunos das turmas
do II ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos das turmas do II
ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos das turmas do II
ano do III Ciclo - realizada pelos pais
gráfico com a opção racial dos alunos por turma do II
ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos por turma do II
ano do III Ciclo - realizada pelos pais
Problematização da realidade escolar - reflexões acerca das perspectivas conceituais e curriculares para uma educação anti-racista e antidiscriminatória.
Neste relatório, os nomes das turmas foram alterados propositadamente.
No final do II trimestre, durante o estudo do Brasil Colônia e a escravidão, assistimos ao filme Na Rota dos Orixás 1, de Renato Barbieri, dando início ao trabalho sobre Racismo, Cultura Afro-brasileira e Africana.
Realizamos um trabalho com representação gráfica de fatos tendo como base a fala de quatro personagens/estudiosos do filme, onde os alunos retrataram a importância da preservação da cultura africana, apesar das intervenções escravocratas para abandoná-la.
Com a citação de Pierre Verger:
"Um filho de Oxalá não vai discriminar um filho de Oxóssi só porque se trata de outro orixá. Não vai tão pouco discriminar um católico, um judeu ou um muçulmano porque sabe que cada um deles, como todas as pessoas, também carrega um orixá.",
os alunos deveriam escrever textos sobre a relação de respeito e diálogo entre as culturas e os povos. Na verdade, os textos comentaram, em sua maioria, posicionamentos pessoais sobre o racismo e, majoritariamente se colocaram como não racistas.
Ao ler os textos percebia-se o esforço individual para provar que as relações deles com a sociedade não eram racista. Colocaram, muitas vezes, que não existem raças, que todos são brasileiros. Em muitos textos, usaram termos como "meu pai é meio preto", "também tenho amigos negros", "pessoas da raça negra também são seres humanos", "eu até tenho amigas negras", "me dou bem com colegas brancos, e com os negros também".
Conversamos sobre esses termos utilizados, que demonstravam situações de racismo, embora os alunos se colocassem claramente contrários ao racismo. Eles afirmavam "mas eu não quis dizer isso!", e davam-se conta, após uma leitura em voz alta, com cuidado na entonação e pontuação das frases que, de fato, não só tinham dito, como tinham escrito e assinado.
Analisamos esse fato e, em princípio, muitos alunos ficaram espantados e envergonhados com a situação. Mas também dando-se conta de que era necessário, em um primeiro momento, o dar-se conta de que, apesar de "não querer ser" ou "de ser, sem saber" ou "de ser, saber e tentar esconder, porque o mundo apresentado a ele era assim mesmo", na verdade estavam demonstrando atitudes racistas.
Ao darem-se conta, muitos alunos alteraram seus textos e diziam que deveriam ter mais cuidado com o que falam e escrevem. Que esse cuidado significava não sair falando sem refletir, sem entender e raciocinar sobre o assunto. Que tudo o que se ouve e fica-se repetindo sem saber se é ou não correto e/ou verdadeiro, na verdade é preguiça de raciocinar, é ter tudo como uma verdade, o que na realidade não é.
Este tema retornou às aulas, pois seguimos nosso estudo sobre as raças, entrando na área das ciências, lendo sobre a melanina e os diferentes tipos de pele e cabelo, estudando as leis abolicionistas e as anti-racismo e as teorias racistas do século XIX.
Os alunos perceberam que há dois séculos o senso comum nos diz que ser branco é ser melhor. Que nas duas últimas décadas isso está mudando, mas está ainda em nós, nas famílias, nas escolas e nas sociedades. E que cabe a cada um de nós refletir sobre essa situação e perceber suas conseqüências no desenvolvimento de nossa história pessoal e do mundo.
Seguimos o trabalho com um polígrafo elaborado com base no livro Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro 2, com o título "Sentindo na pele..."
Neste trabalho, os alunos estudaram e pesquisaram sobre o que é a pele, a cor da pele e o cabelo. Realizaram a montagem de dois painéis com recortes de revistas, um sobre rosto e outro sobre cabelo.
Muitos alunos ficaram indignados pois "a professora teria levado para a sala de aula revistas erradas", onde não encontravam pessoas negras. Todas revistas apresentadas eram periódicos encontrados nas bancas como: Isto é, Veja, Nova Escola, Superinteressante, Galileu, Cláudia. Coloquei para eles que o fato de não encontrar pessoas negras nas revistas era também entender o estudo proposto. Os alunos disseram que também na televisão, em desfiles de moda e na política, não encontravam muitas pessoas negras. Conseguiram citar apenas alguns como a Preta - da novela, Naomi Camp - da moda e Paulo Paim - deputado federal. Disseram que nunca haviam se dado conta de que era difícil encontrar pessoas negras nos meios de comunicação, com exceção do esporte - futebol.
Além dos painéis dos trabalhos individuais, cada turma elaborou um grande painel, com recortes de revistas e uma frase elaborada pelo grupo de alunos.
Frases:
|
Dois destes painéis foram afixados próximo às escadas dos dois prédios em que ficam as salas de aula do III ciclo (um deles foi rasgado), dois painéis no prédio onde localiza-se o refeitório e um deles no prédio da biblioteca, secretaria, direção e sala dos professores, para que todos pudessem vê-los.
Quanto ao retorno sobre os painéis, ouvi comentários apenas dos funcionários da limpeza, que acharam apropriado e "já em tempo" de abordar esse assunto.
Neste polígrafo também pesquisamos as leis anti-racistas e acrescentei no decorrer do trabalho, a pesquisa sobres as leis abolicionistas.
Leis abolicionistas estudadas:
|
No estudo das leis abolicionistas abordamos a seqüência de acontecimentos e suas conseqüências tanto para a sociedade escravocrata quanto para os ex-escravos e o desenvolvimento de miséria e abandono.
Retornamos a esse tema mais tarde, bem como a questão do racismo na atualidade, quando estudamos as teorias racistas do século XIX e o imigrantismo e o branqueamento da população no Brasil.
Alguns alunos disseram "eu nunca tinha pensado nisso!". Seus olhos demonstravam um pouco de entendimento, compaixão, revolta, surpresa, espanto e seriedade.
A postura da leitura individual do texto sobre as teorias raciais, realizada posteriormente, foi diferente de outros textos.
O silêncio e a atenção ao ler e reler o texto, por parte de muitos alunos, foi surpreendente. O virar a página do texto era realizada com cuidado, retornando muitas vezes à página anterior.
Trabalho com os mesmos alunos desde o ano passado e, sempre que levo um texto grande, escuto reclamações, vejo leituras rápidas, tentando achar logo alguma resposta. Desta vez, os mesmos alunos liam o texto com outros olhos, talvez os olhos de quem busca, de fato, entender o que o está atingindo.
No polígrafo, além das leis abolicionistas, os alunos pesquisaram as leis anti-racistas:
|
Nestas leis percebemos que, apesar da sociedade brasileira ainda ter uma postura racista, consciente ou não, existem alguns grupos pressionando esta sociedade para que sejamos, de fato, iguais, todos brasileiros.
Após este estudo, realizamos o trabalho com o texto As Teorias Raciais, extraído do livro Cidadania em Preto e Branco 3
Neste momento, voltamos à discussão sobre racismo, sobre as leis abolicionistas e anti-racismo, sobre a pele e o cabelo e sobre os meios de comunicação do século XIX e XX.
O debate nas cinco turmas foi muito interessante, porém duas turmas (turma Z e turma W) conseguiram aprofundar mais o assunto, em outras duas (turma X e turma K) esta questão ainda é tratada de forma mascarada e, em uma outra (turma Y) conseguiu-se avançar um pouco.
Registramos no quadro-verde as falas dos alunos e, em cada turma, duas alunas ficaram como redatoras.
Os alunos colocaram posicionamentos sobre racismo, preconceito e discriminação, conceituando-os. Posicionaram-se sobre a existência ou não de racismo na sociedade, na escola Vila Monte Cristo e na sua sala de aula. Levantaram situações de racismo ocorridas na escola e na sala de aula.
Falas dos alunos:
TURMA X - 05/10/04
Preconceito das pessoas que são negras.
Aluna negra chama professora branca de magra,
feia e chata. |
TURMA K - 06/10/04
Colega (menino) é chamado de feijão, macaco. TURMA K - 07/10/04 - continuação (agora com a presença do menino negro e da menina negra que não compareceram à aula no dia anterior)
|
TURMA Y - 30/09/04
Sim
Hoje em dia nem os negros querem ser negros porque
querem ser algo que não são, como pintar os cabelos de loira. TURMA Y - 05/10/04 - continuação
Chamar de gorda, feia, chata e fedorenta.
Quando ocorre briga no recreio, a ofensa vem
pela raça, como chamar de: negro encardido, negro sujo. |
TURMA Z - 30/09/04
Sim
|
TURMA W - 29/09/04
que fazer?: Denunciar na polícia. Ignorar (seria uma medida provisória). Dialogar com o racista (se for possível). Processar as pessoas racistas. Conscientização de que está agindo errado. |
Percebe-se claramente que a postura das turmas Z e W é diferente das turmas X, K e Y.veja estudo de gráficos
Nas turmas X e K, quando levantadas ofensas, brincadeirinhas e apelidos, foram diretamente colocadas questões sobre alunos negros, como uma normalidade. Nem se cogitou que poderiam haver conflitos entre raças. Era como certo que se tratava de citar exemplos de situações sobre os alunos negros. Nem tanto contra os alunos negros, mas sim, sobre os alunos negros.
Na turma Y, o debate foi um pouco mais envolvente, mas nestas três turmas, o debate foi tratado de forma superficial, como se fossemos todos irmãos, menos alguns que incomodam e que, por acaso, são negros ou aquelas que tem um cabelo diferente ou são gordas e fedorentas e que também, por acaso são negras.
Nas turmas Z e W o debate foi mais profundo e mais intenso. Buscavam-se também alternativas. Alguns alunos brancos tentavam colocar que também eram discriminados, levando alguns apelidos que recebiam mas mostrando uma diferença com relação as ofensas que recebiam das que os colegas negros recebiam.
Nota-se também que, durante o debate em todas as turmas, os alunos que não se colocavam como negros, nem como brancos, demonstraram, em sua maioria, uma postura neutra, procurando esquivar-se do assunto.
A impressão que passa é o receio de que, a qualquer momento, em um sobressalto, serão chamados a colocarem suas opiniões e posicionarem-se.
Foi colocado para estes alunos que não se preocupassem, pois não seriam chamados nominalmente para classificarem-se quanto à sua raça e houve um alívio. Era como se houvesse sido solicitado, através do olhar de espanto, que tanto a professora, quanto os colegas esquecessem naquele momento, de suas existências.
Quando realizamos o levantamento racial dos alunos - individual e por escrito - percebemos alguns motivos deste comportamento. Sua identidade racial ainda não está clara, nem mesmo para suas famílias, nem para nós, professores.
Aliás, pelos questionamentos realizados pelo quadro de professores quanto à sua raça, percebe-se também que este assunto há muito foi deixado de lado, é como se acordássemos para que, seriamente refletíssemos sobre esta questão.
É preciso dizer que todo o levantamento dos alunos foi realizado com um debate sobre o que estava sendo dito e escrito em sala de aula.
Sendo assim, façamos aqui alguns comentários sobre as falas dos alunos e o debate que se segue:
Quando dizem que esses apelidos são brincadeirinhas, tratam a questão como uma normalidade, ou seja, "ele (ou ela) é chato e incomoda", merecendo , portanto ser chamado por um apelido que o menospreza e o modo normal de menosprezo é voltar ao senso comum (dito através de piadas racistas, da ausência de personagens negros nos meios de comunicação, de que a maior parte da população não privilegiada ser negra, dos presídios serem habitados por uma população carcerária majoritariamente negra) que diz: negro é burro, pobre, feio e ladrão.
Foi levantado a diferença de chamar um colega negro de macaco e outro colega branco e gordo de baleia. Inicialmente achavam que se tratava do mesmo tipo de brincadeirinha, pois ambos apelidos eram ofensivos. Deram-se conta da diferença quando foi colocado que o colega branco e gordo poderia ir a um "spa" e voltar magro, se livrando do apelido, e que o colega negro não, que sua cor não sai, que é bem mais difícil se livrar do apelido.
Ao utilizarem esses apelidos normais, não apenas os alunos, mas uma parte da sociedade, reafirma uma visão ideológica de superioridade de uma raça.
Novamente a questão aqui é tratada como normal. O fato de existir racismo não é visto como uma violência. O aluno ser chamado de macaco/feijão/fedorenta desde sua tenra infância não é, para aqueles que os chamam , uma situação de violência. É apenas uma maneira de falar e até pode ser, muitas vezes, carinhosa.
A violência, para os alunos durante o debate, estava na ação corporal. No revide através de um tapa ou de um roubo dissimulado por parte daquele colega chato que desde pequeno escuta que é macaco.
O fato deste aluno ser chato e de que os outros terão que agüentá-lo não é refletido nem mesmo por parte de nós professores, que dirá dos alunos.
Os motivos para que isso ocorra são inúmeros, como a falta de tempo nas reuniões, o número excessivo de alunos, a quantidade de provas, tarefas, aulas por preparar, entre outras. Já sabemos disso, concordamos que estas questões nos afligem. Mas o aluno (os alunos) continua sendo chamado de macaco, continua cada vez mais chato, se metendo em brigas, nós continuamos agüentando-o e, ele, crescendo, virando adulto.
Pode talvez, como alguns brancos fazem, pintar de cores vivas, mas não renegando sua raça e tornando-se loiros, até porque, isso é coisa de branco.
Além da cor do cabelo, citaram também que a maioria dos negros usam o cabelo com tranças e dread e que isso torna-os mais bonitos. O cabelo duro, que merece apelidos, não é legal.
O que se apresenta é a necessidade de desconstrução dessa normalidade que ocorre de forma dissimulada, omitindo informações e confrontos, deixando com que os fatos pareçam verdades, e, de forma oculta, encobrindo a realidade e a contradição existente, fazendo-se crer que essa normalidade é que deve permanecer.4
Veja: quadro dos professores e funcionários
gráfico dos professores e gráfico dos
funcionários
Veja: quadro dos alunos das turmas do II ano do III
Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos das turmas do II
ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos das turmas do II
ano do III Ciclo - realizada pelos pais
gráfico com a opção racial dos alunos por turma do II
ano do III Ciclo
gráfico com a opção racial dos alunos por turma do II
ano do III Ciclo - realizada pelos pais
Outro aspecto trabalhado foi a auto-classificação dos alunos, professores e funcionários quanto à sua raça.
Entendemos que O conceito de Raça é um conceito imprescindível para discutir a sociedade brasileira.5 , mesmo que muitas vezes não saibamos defini-la em termos classificatórios, mas, ao discuti-la, problematizamos e desestabilizamos a normalidade que se apresenta e resgatamos a diversidade existente nesta mesma sociedade, construindo atitudes e políticas mais objetivas e concretas, criando ações positivas, até mesmo dentro da sala de aula.
'Raça' é um significante mutável que significa diferentes coisas para diferentes pessoas em diferentes lugares na história e desafia as explicações definitivas fora de contextos específicos.(...)
A mera menção à palavra raça empenha a nossa compreensão de uma diversidade permanente e, em conseqüência uma concepção de 'diversidade'. As críticas ao termo raça e as revelações de sua redundância como construção analítica desestabilizaram e desmembraram a sua compreensão como um critério com sentido nas ciências sociais e biológicas, mas enquanto as conversações contemporâneas continuarem a incluir a palavra, seu potencial persistirá. Isso ocorre porque o termo 'raça' propõe descrever algo, mas inclui simultaneamente a diversidade. (...)
Nas concepções contemporâneas não há raça 'fora' do domínio, da biologia ou de qualquer outra parte do mundo; há somente 'raça' como um modo de entender e interpretar as diversidades por meio de marcadores inteligíveis. 'Preoblematizar' o conceito desse modo possibilita desestabilizar as bases intelectuais sobre as quais ele repousou por muito tempo.6
Os termos utilizados nesse trabalho, branco, negro, indígena, parda, mulato e outras, foram elaborados pela Prefeitura de Porto Alegre, não houve intervenção da escola que, para realização deste projeto acrescentou apenas os itens não se colocou, para aqueles que receberam a ficha mas deixaram-na sem preencher e que não tem ficha, ou seja, aqueles que não receberam a ficha por diversos motivos.
Seguimos esta mesma classificação para que os alunos, professores e funcionários optassem por uma raça, pois era necessário realizar comparações entre os gráficos.
Em um primeiro momento, realizamos o levantamento com base no recadastramento dos dados dos alunos realizado pela Prefeitura no início deste ano letivo. Um dos itens solicitados era a raça. Esta ficha foi preenchida pelos pais, e muitos alunos não tomaram conhecimento dos dados colocados.
Com esse levantamento, elaboramos o gráfico 01 - Opção dos Pais. Percebe-se que a maioria, 61% dos 147 alunos matriculados nas turmas de C20 na escola são classificados pelos pais como brancos.
Ao compará-lo com o gráfico 02 - Opção dos Alunos, percebe-se que os dados se alteram:
|
Qual o significado dessas visões diferenciadas entre pais e alunos?
Segundo Ellis Cashmore 'Raça' é um significante mutável que significa diferentes coisas para diferentes pessoas em diferentes lugares na história e desafia as explicações definitivas fora de contextos específicos.6
Que significados mutáveis seriam esses? E se realizássemos um levantamento classificatório com o olhar dos professores sobre esses mesmos alunos, teríamos alterações significativas nos gráficos?
Certamente que sim. Mas a questão, na verdade, não é esta. Que temos olhares diferentes, assim como o olhar dos pais e dos próprios alunos é certo. A questão seria a de como trabalhar essas diferenças de forma a dar, de fato, valor a estas diversidades.
Realizamos também um levantamento de auto-classificação racial dos professores e funcionários.
Os dados obtidos demonstram uma concentração de opção racial no caso dos professores, embora muitos tenham se questionado quanto à opção que marcariam e, em sua maioria, colocavam que eram miscigenados e/ou não sabiam se classificar, escolhendo muitas vezes a opção branca.
No caso dos funcionários, ocorreram pouquíssimos questionamentos, como se tivessem claramente sua opção racial. Talvez a anotação na ficha de opção de uma funcionária demonstre esta clareza: escapou de branco, preto é.
A partir desses dados, nos propomos a realizar um trabalho de pesquisa com essas cinco turmas, tendo como tema Racismo, Cultura Afro-brasileira e Africana, com o objetivo de aprofundar o conhecimento dessa realidade, a fim de que esta normalidade dê lugar a problematização e desestabilização do "status quo" vigente.
Para que isso ocorra, algumas ações já foram desencadeadas na escola, como:
Documentário: Na Rota dos Orixás
webpiaui.globo.com/ afro/religiao.htm Aspectos da cultura brasileira – Tomo 2 – coleção Itaú Cultural – acervo: Biblioteca da Escola Vila Monte Cristo As falas abaixo foram retiradas deste documentário. Veja de que modo estas falas e o filme/documentário te tocaram e faça um desenho em cada quadro.
|
Sentindo na pele... Trabalho extraído do livro: Almanaque pedagógico afrobrasileiro
A pele Ela é uma roupa sem igual. Cai bem em grandalhões ou nanicos, gordos ou magros. São metros quadrados de tecido humano da melhor qualidade. Versátil, aquece no frio e refresca calor. Veste perfeitamente em qualquer ocasião, formal ou informal. Olhando, ninguém diz que pesa mais de 4 quilos. Seus 5 milhões de sensores captam os estímulos mais sutis. E ainda acham que ela é superficial. Se alguém pedir a você para listar as dez partes mais importantes do corpo, dificilmente estaria entre elas. Na verdade, a pele é uma injustiçada. Por incrível que possa parecer, a pele é o maior órgão do corpo humano. Abriga as sensações e o único dos cinco sentidos absolutamente vital para a sobrevivência: o tato. Você morreria se não conseguisse diferenciar, pelo toque, o óleo quente da água fria. Se não existisse a dor, você comeria a própria língua junto com as refeições, sem notar. E talvez só percebesse que pisou num prego muito tempo depois, quando o ferimento já estivesse infeccionado. A pele evita a perda dos líquidos do corpo e impede que os seus órgãos fiquem expostos ao sol, à chuva, ao vento, aos insetos, fungos e germes. Em todas as épocas e culturas, a humanidade tem usado a superfície do corpo como suporte para a expressão, desenhos, tinturas e inscrições. No texto acima, o autor fez uma descrição bem interessante sobre a pele. Agora é com você. Complete o esquema das principais informações apresentadas:
"A cor da pele" Muitas são as tonalidades de pele das pessoas. A cor da nossa pele é dada por uma substância chamada melanina. A pele de quem possui mais melanina é escura e quem tem pele clara apresenta menos melanina. Segundo os cientistas, a variação da tonalidade de pele e de outras características físicas ocorrem devido à necessidade de adaptação biológica do ser humano ao ambiente. As populações da região tropical têm a pele escura, isto é, possuem mais melanina, que as protege contra a radiação ultravioleta do sol. Nas regiões frias, onde há pouca radiação solar, a pele clara é mais adequada para melhor absorver a luz ultravioleta. Por desconhecer estas verdades científicas, muita gente julga as pessoas pela cor da pele. As pesquisas científicas sérias comprovam que a cor da pele não tem qualquer relação com a inteligência, bondade, responsabilidade ... Apesar disso, ainda existem muitas pessoas que se acham melhores do que as outras por conta da cor da pele que têm. Isso é uma das formas de racismo! Oficialmente, o Brasil tem uma das maiores populações negras do mundo, mas muitos negros brasileiros têm vergonha de assumir sua cor, por causa das dificuldades que passam em função do racismo existente no Brasil. No passado, a cor da pele foi usada para justificar a escravidão e ainda existem grandes injustiças com base em idéias racistas. Racismo é crime. Está na Constituição Brasileira! Leia as frases com atenção. Coloque V para as frases verdadeiras e F para as falsas:
Releia as frases corretas e dê sua opinião sobre elas: __________________________________________________________________ Existem leis contra o racismo
no Brasil? Quais são elas? Falam sobre o quê? __________________________________________________________________
A pele é a roupa do seu corpo Como toda roupa, a pele não só protege o corpo, como também confere a ele estilo e beleza. A embalagem perfeita da vida é também o espelho do que acontece dentro de você. Revela o estado de saúde, a idade e, até mesmo, pelas marcas de expressão, o sofrimento psíquico que, eventualmente, algumas pessoas tentam esconder. A pele veste você! Ela avisa quando está frio ou calor e se o mundo lá fora traz prazer ou dor... Das partes do corpo, a pele é a que mais tem a ver com a vaidade. E também a que revela, de forma mais ostensiva, a ação devastadora do tempo. Na velhice, as fibras de colágeno da derme perdem a elasticidade; é aí que nascem as rugas, as quais podem explicitar, ao mesmo tempo, a fragilidade e a resistência da pele diante da passagem dos anos, porém a velhice não diminui a eficiência da pele como armadura do corpo. Ela continua a cumprir sua missão tão bem quanto na juventude. Leia o texto com atenção e retire dele duas frases
interessantes. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Comentário: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2ª frase: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Comentário: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Agora é com você! Recorte de revistas e jornais, gravuras que possam demonstrar os mais variados tipos de rostos de pessoas.
__________________________________________________________________
O cabelo "fala" por você A natureza criou os fios da cabeça para ajudar você a sobreviver. Por isso, não são um simples enfeite. Todavia, as diversas culturas os transformaram em sinal de beleza e meio de expressão. Quando o ser humano ainda vivia em cavernas, os cabelos tinham uma função vital: proteger o cérebro do calor do sol. Nas regiões quentes e secas do planeta, eles tendiam a ser mais crespos e mais armados, formando uma cobertura protetora. Nas áreas frias e úmidas, os cabelos lisos ajudavam a escorrer a água das chuvas. O tipo do cabelo (crespo, liso ou ondulado) depende do formato do folículo onde nasce o cabelo. Temos cerca de 100.000 fios que cobrem a cabeça e 5 milhões de pêlos espalhados pelo seu corpo. São uma herança de nossos antepassados, que precisavam deles para aquecer a pele e se protegerem da chuva. Os pêlos nascem como célula viva, mas quando chegam à flor da pele já estão mortos. Por isso, você não sente dor na hora de cortá-los. A cor dos cabelos depende da quantidade de melanina produzida. Os cabelos pretos contém muita melanina e os louros, pouca. Os cabelos ruivos têm essa cor em conseqüência de um gene especial, responsável pela produção de um pigmento avermelhado. A civilização, com seus chapéus e guarda-chuvas, aposentou as funções originais do cabelo, que viraram, então, símbolo de beleza, marca de identidade grupal e meio de expressão artística. Do corte rente dos militares às trancinhas africanas, pode-se manifestar muita coisa, devido ao estilo do cabelo. O cabelo "fala" por você! Diante das informações acima, responda às seguintes perguntas:
Leia com atenção as frases e marque a alternativa correta:
( ) proteger o cérebro ( ) enfeitar ( ) ajudar a sobreviver ( ) formam uma cobertura protetora ( ) nascem como células mortas ( ) têm mais melanina ( ) têm pouca melanina ( ) têm muita melanina ( ) protegem o cérebro Faça um comentário sobre as alternativas
assinaladas: Recorte gravuras de revistas e
jornais, demonstrando os vários tipos de cabelos. Apresente uma legenda
explicativa sobre as características de cada cabelo representado. |
As Teorias Raciais Maria Aparecida Silva Bento Na Segunda metade do século XIX, alguns cientistas europeus, como o alemão Richard Wagner e o inglês Houston Stewart Chamberlain, passaram a elaborar estudos para explicar a sociedade humana. Utilizaram estudos do biólogo Charles Darwin - A Teoria da seleção natural, que segundo ela , na natureza (animais e vegetais) sobrevivem e dominam as espécies fortes. Existindo então espécies fortes e espécies fracas. Eles concluíram então que alguns grupos humanos eram fortes e outros fracos. Os fortes te- riam herdado certas características que os tornavam superiores e os autorizavam a comandar e explorar outros povos. Por sua vez, os fracos teriam outras características que os tornavam naturalmente inferiores e, portanto, predestinados a ser comandados. Desse modo, diferenças de tipo físico passaram a ser utilizadas para classificar seres humanos. Passaram a ser relacionadas a diferenças intelectuais e morais, dando origem à idéia de raça. Nasceu a fórmula básica do racismo:
O negro seria preguiçoso, indolente, caprichoso, sensual, incapaz de raciocinar. Já o branco seria empreendedor, disciplinado, inteligente. Por serem superiores, os europeus teriam então o "direito" de explorar os inferiores. Estava assim "justificado" o domínio colonial e a exploração do europeu sobre outros povos. Desvantagens sociais, políticas, econômicas ou culturais também passaram a ser atribuídas a desigualdades inatas entre os homens. O termo inato, tão presente no discurso dos racistas, já dizia tudo: segundo eles, determinados grupos nasceriam com características que os habilitam apenas para serem dominados e explorados. CARACTERÍSTICAS "INATAS"? É interessante notar que os próprios europeus se subdividiam em subgrupos com diversas culturas e inclusive com alguns tipos de diferenças físicas, como os alpinos, os nórdicos, os eslavos, os mediterrâneos e os latinos. Tais diferenças, contudo, não ocuparam a atenção dos inventores do racismo. A eles interessavam tão-somente as diferenças entre europeus brancos e outros povos não-europeus. Baseado nessas idéias, em 1908, o inglês Francisco Dalton fundou, em Londres, a Sociedade de Educação Eugênica, visando defender a manutenção da pureza das raças, a chamada eugenia. Para ele, impunha-se a necessidade de a raça branca manter-se pura, evitando a mistura. Tempos depois, dois outros homens, que se tomaram tristemente famosos, também defenderam teses sobre o assunto: Alfred Rosenberg, que em 1930 publicou o Mito do século XX, e Adolf Hitler, que em 1934 publicou A minha luta. Entre os resultados práticos dessas idéias de raças superiores e inferiores está o extermínio de 6 milhões de judeus pelos alemães nazistas, alguns anos depois. A esta altura, podemos finalmente definir o que seja racismo: uma ideologia que defende a hierarquia entre grupos humanos, classificando-os em raças inferiores e raças superiores. Como qualquer outra, a ideologia racista é um conjunto de idéias utilizado para explicar determinada realidade, no caso, as desvantagens dos negros em relação aos brancos. Como vimos, a ideologia racial nasceu no exato momento em que os europeus necessitavam de justificativas para a exploração de povos "diferentes". Mais recentemente a Alemanha nazista e a África do Sul construíram verdadeiros estados racistas, fazendo do racismo uma política oficial de Estado. As Teorias Raciais no Brasil No velho estilo brasileiro de acreditar cegamente que "se é importado é bom", as teorias raciais chegaram da Europa ao Brasil atrasadas. Porém, fizeram aqui enorme sucesso, mesmo quando na Europa já começavam a ser criticadas. Intelectuais, médicos, advogados, políticos brasileiros se entusiasmam com a idéia de que a raça branca era superior. No entanto, as teorias raciais trouxeram consigo um problema sério para o Brasil. A elite brasileira desejava apresentar o Brasil como um país branco, igualzinho à Europa. Mas como explicar que, de fato, o Brasil era um país majoritariamente negro (nesta época, 1872 o censo indicava que 55% da população era negra), que enriqueceu com o trabalho escravo? O "BRANQUEAMENTO" DA NAÇÃO BRASILEIRA Igualmente se preocupavam com essas questões os deputados de todos estados: como construir um projeto de nação "respeitável" num país com tantos negros? Era necessário inventar outro Brasil, um país branco. Os cintístas e os políticos de então resolveram trazer muitos imigrantes europeus para cá, estimular a miscigenação , para a população ir branqueando, branqueando ... Dali a algumas décadas, o país seria branco. Talvez então a elite brasileira da época dissesse justamente ao mundo que um país poderia se desenvolver muito com uma população diversificada. Lilia Schwarcz (pesquisadora) nos mostra como os cientistas brasileiros daquela época não tinham recursos intelectuais para debater com os europeus então repetiam afirmações que não combinavam com a realidade do nosso país. Ela revela em seu livro que nossos cientista eram muito "criativos", embora a criatividade tivesse origem duvidosa. Os intelectuais brasileiros eram imitativos no pensamento e não tinham espírito crítico, escreviam estudiosos americanos daquela época, ao observar a maneira como o Brasil absorvia as teorias racistas da Europa. OS EUROPEUS QUE O BRASIL QUERIA Seja como for, a partir de 1869, nas Assembléias Legislativas de todo o país, começaram a ocorrer acalorados discursos que exaltavam a mão-de-obra européia como ideal para substituir o trabalhador escravo e o liberto. Iniciava-se, então, a campanha imigrantista que tinha dois objetivos:
Célia Azevedo, uma estudiosa desse período da nossa história, mostra que, nos anos seguintes, a Assembléia recebeu vários projetos nos quais eram avaliados "tipos" ideais de trabalhadores. Asiáticos, chineses, africanos foram considerados inferiores ou incapazes. Intelectuais e filhos de fazendeiros que haviam estudado na Europa não esconderam sua simpatia pelas idéias racistas em moda no continente europeu. A conclusão era cristalina: a nação teria de ser formada com o "sangue superior" dos europeus. O imigrantismo Como resultado prático dos debates sobre o branqueamento, foi colocado em ação um projeto que visava transformar o Brasil num país branco, a exemplo das sempre adoradas nações européias. Assim, o governo de São Paulo:
A EXCLUSÃO DOS NEGROS Dessa forma, entre 1871 e 1920, cerca de 3 390 000 imigrantes chegaram ao Brasil, dos quais, entre outros:
É bom lembrar que esse número se aproxima dos cerca de 4 000 000 de africanos trazidos para o Brasil entre 1520 e 1850. Os historiadores afirmam que os imigrantes que para cá vieram traziam como única experiência de trabalho as atividades rurais, ou seja, a mesma do ex-trabalhador escravo. No entanto, a eles estavam reservadas as novas oportunidades. Por essa razão, em 1893 a situação em São Paulo era:
Em 1901, um estudo sobre a indústria paulista calculou que 90% dos operários industriais eram imigrantes. Observando esse estudo, podemos perceber que o ex-trabalhador escravo foi de fato expulso do processo de industrialização que se iniciava no país. Não podemos esquecer que o ex-trabalhador escravo havia sido o principal produtor de riquezas durante quase quatro séculos, no entanto, não recebeu nenhum tipo de indenização, tendo sido entregue à própria sorte. Assim, com o fim do escravismo, passou a ser estranhamente considerado preguiçoso. A PRODUÇÃO DOS NEGROS DURANTE O ESCRAVISMO Hoje, a importância do trabalho negro é relatada por diferentes estudiosos. Um exemplo da importância do trabalho do negro no período do escravismo pode ser observado nos dados sobre a produção do açúcar e do ouro. Com o fruto do trabalho dos negros, a partir de 1560, os portugueses se tornaram os maiores produtores de açúcar nas Américas, dominando o mercado mundial. Quanto ao ouro, entre 1700 e 1800, a produção brasileira foi tão grande que alcançou em cem anos metade de todo o ouro que o mundo produziu em trezentos anos. Foram 983 000 quilos de ouro brasileiro saqueados e despejados principalmente na Inglaterra. Essa riqueza serviu, inclusive, para financiar o grande desenvolvimento industrial dos ingleses. Não só o ouro ou o açúcar, mas a produção do pau-brasil, do tabaco, do algodão, do arroz, do café, foi resultado do trabalho escravo. Apesar disso, o povo negro foi praticamente excluído da nova ordem que se instaurou a partir de 1888. Mais que isso, a partir desse momento, passou a ser associado a problemas de saúde pública, criminalidade, entre outros. Aos portadores de pele branca pertenceria o futuro do Brasil, sonhavam as elites. |
Composição: Gabriel, O Pensador Lavagem Cerebral - Gabriel O Pensador http://gabriel-pensador.letras.terra.com.br/letras/66182/ Racismo preconceito e discriminação em geral |
Foco do trabalho : Racismo, Cultura Afro-brasileira e Cultura Africana Temas levantados pelos alunos para dar andamento ao trabalho do III Trimestre:
|
Levantamento PMPA - 2004 - turmas: C20 |
||||||||||||
|
Opção Pais |
Opção Alunos |
Opção Pais |
Opção Alunos |
Opção Pais |
Opção Alunos |
Opção Pais |
Opção Alunos |
Opção Pais |
Opção Alunos |
Opção Pais |
Opção Alunos |
X |
X |
K |
K |
Y |
Y |
Z |
Z |
W |
W |
TOTAL |
TOTAL |
|
Branca |
19 |
14 |
16 |
17 |
19 |
16 |
20 |
15 |
16 |
08 |
90 |
70 |
Negra |
03 |
01 |
03 |
03 |
03 |
02 |
04 |
02 |
03 |
04 |
16 |
12 |
Indígena |
01 |
00 |
00 |
02 |
00 |
01 |
00 |
00 |
00 |
02 |
01 |
05 |
Parda |
03 |
06 |
01 |
02 |
01 |
01 |
00 |
01 |
02 |
05 |
07 |
15 |
Mulato |
02 |
03 |
02 |
04 |
02 |
08 |
01 |
07 |
02 |
04 |
09 |
26 |
Outras |
01 |
00 |
01 |
01 |
01 |
00 |
02 |
02 |
03 |
04 |
08 |
07 |
Não se colocou |
00 |
00 |
00 |
00 |
00 |
00 |
00 |
00 |
01 |
00 |
01 |
00 |
Não tem ficha |
01 |
07 |
08 |
01 |
03 |
01 |
01 |
01 |
02 |
02 |
15 |
12 |
TOTAL |
30 |
31 |
31 |
30 |
29 |
29 |
28 |
28 |
29 |
29 |
147 |
147 |
Observações |
*Turma X- ingresso de
uma aluna. *Turma K- ingresso de um aluno e transferência de três alunos |
Levantamento - 2004 - Professores e Funcionários |
||
|
Professores |
Funcionários |
Branca |
68 |
07 |
Negra |
02 |
04 |
Indígena |
01 |
00 |
Parda |
02 |
00 |
Mulato |
01 |
00 |
Outras |
02 |
00 |
Não se colocou |
01 |
00 |
Não tem ficha |
12 |
05 |
Mais de uma escolha |
03 |
00 |
TOTAL |
92 |
16 |
Observações |
*Opção Outras professores:
01 Amarela; 01 brasileira |
III ciclo |
|