ESTADO: TOCANTINS

Capital: PALMAS

Região: NORTE

Sigla: TO

Pesquisadores: Caetano Flores De Moura - Gregory Vaz De Andrade - Erika Da Silva Ribeiro - Taiana Amarante Roque - Fernanda Lopes Da Rocha - Morgana De Freitas Batista - Thays Fernandes Alves



                                               


                                                     


Origem do nome do Estado

O nome de um grupo indígena que teria habitado a região junto à foz do rio Tocantins. A palavra tupi significa "bico de tucano.

Gentílico do Estado: Tocantinense

Gentílico da Capital: Palmense

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA CAPITAL

  LATITUDE :   10º12'46''  SUL         LONGITUDE : 48º21'37''   OESTE  

ESTADO: COR OU RAÇA DA POPULAÇÃO

30,6%  BRANCA   60,6%  PARDA   7,1%  PRETA   1,1%  AMARELA / INDÍGENA

PESSOAS DE 5 ANOS OU MAIS DE IDADE, SEGUNDO A ALFABETIZAÇÃO

735,535    ALFABETIZADOS            152,718    NÃO    ALFABETIZADOS

CENSO DE 2000 - IBGE - http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/indiceesq.html - ESTADOS BRASILEIROS

Natureza


Clima:

Tropical continental caracteriza-se por uma estação chuvosa, o verão , e outra seca , o inverno , como no centro-oeste esse tipo de clima predomina, o estado de Tocantins recebe influencia da massa equatorial continental e da massa equatorial atlântica.
O clima equatorial predomina em todos os estados da região, exceto em trechos do Pará e de Roraima e na maior parte de Tocantins. É área para onde se dirigem os ventos alísios , dominada pela massa de ar equatorial continental.

Vegetação:

O estado Tocantins tem a vegetação de cerrado (são formados de arbustos esparsos e baixos , entremeados por gramineas) e um pouco de floresta tropical no noroeste do estado. Ao norte encontra-se a floresta Amazônica.

Relevo:

O relevo de Tocantins é formado por depressões na maior parte do território, planaltos ao sul e a nordeste , e planicie na região central, com a Ilha do Bananal. O ponto mais elevado é a Serra Traíras com 1.340 metros. A Depressão do Araguaia- Tocantins acompanha os rios Araguaia e Tocantins e estende-se desde o centro-oeste. Suas formas de relevo são quase planas e de baixas altitudes.

Hidrografia:

A bacia do Tocantins-Aragua. O rio Tocantins e seu grande afluente, o Araguaia, nascem na região Centro-Oeste e tomam sentido Sul-Norte, desaguando no oceano Atlântico através do golfo amazônico. Na região Norte, banham terras do estado de Tocantins e Pará.

Flora e Fauna:

A região dos lagos formada pelos municípios de Araguacema , Caceara e Formoso do Araguaia marca o cerrado para a floresta. A fauna possui grande variedade de animais silvestres e pássaros .É propícia para pesca esportiva, passeios náuticos e caminhadas ecológicas por trilhas entre as matas .
No sudoeste fica Bananal, a maior ilha fluvial do mundo. Ela tem grande variedade de plantas e animais e abriga o parque Nacional do Araguaia.

Curiosidades:

A ilha do Bananal tem 20.000 quilômetros quadrados quase do tamanho do Sergipe! Nela vivem animais como a tartaruga-da-amazônia, cervo-do-pantanal, o boto-cor-de-rosa, onça-pintada, o lobo-guará, pirarucu e mais de 150 espécies de aves.
O Tocantins é o mais novo estado do Brasil.Ele foi criado em 1988, com a divisão de Goiás. A capital Palmas é ainda mais recente, foi fundada em 1990.

Povos Indígenas :

Nome

Outros nomes ou grafias

Família/língua

UF (Brasil) Países Limítrofes

População
censo/

estimativa

Ano

Apinayé

Apinajé, Apinaié

TO

990

1999

Avá-Canoeiro

 

Tupi-Guarani

TO/ GO

16

2000

Javaé

Karajá (unidade mais ampla na qual se inclui), Itya Mahãdu

Karajá

TO

919

2000

Karajá

Carajá, Iny

Karajá

MT/TO/PA

2.500

1999

Krahô

Craô, Kraô, Timbira, Mehim

Timbira oriental

TO

1.900

1999

Xambioá

Karajá do Norte, Ixybiowa, Iraru mahãdu

Karajá

TO

185

1999

Xerente

Akwen (autodenominação), Akwe, Awen

TO

1.814

2000

http://www.socioambiental.org/website/pib/portugues/quonqua/quadro.htm

Povo Xambioá

Todos estão vestidos à moda ocidental, possuem objetos como rádios, aparelhos de som e armas de fogo. As redes de dormir artesanais foram substituídas por redes adquiridas em Marabá, mais ainda fabricam as tipóias feitas de algodão para o transporte de crianças pelas mães.

Povo Apinajé

Esse grupo se caracteriza pelo formato de suas aldeias redondas e pelas corridas de toras no entorno da aldeia. Sua cultura é rica, sendo conservada pela maioria de seus habitantes. Os apinajé vivem hoje numa área demarcada a partir de 1985, registrada e homologada, com uma área de 141.904, próximo dos municípios de Tocantinopoles, Maurilandia e Lagoa de São Bento.

Povo Javaé

Se autodenominam povos iny e possuem hábitos culturais comuns, vivem da caça e pequenas roças, mas principalmente da pesca. Os javaé vivem às margens do Rio Javaé em nove aldeias e 849 habitantes. O povo Javaé se autodenominam povo iny.

Povo Xerente

Os Xerente e os Xavante falam dialetos de uma mesma língua, que pertence à famíla Jê. Os Xerente a mantêm com vitalidade. As crianças até cinco anos só falam a língua indígena. Os adultos a utilizam em todos os contextos da vida cotidiana nas aldeias. Quando conversam com não-índios, falam fluentemente o português.
Em dias festivos ainda se pintam, correm com toras e avançam no centro da aldeia preservando assim sua cultura. Possuem uma atividade econômica básica com a agricultura de subsistência, O artesanato e a caça, já são difíceis de se encontrar na reserva.
Os Xerente já passaram por diversas experiências educacionais: catequese de capuchinhos (na segunda metade do século XIX) e dominicanos (nas três primeiras décadas do século XX). A formação bilíngue foi patrocinada pelos missionários batistas a partir da década de 50. Mais recentemente (década de 80), diversos apoios circunstanciais têm sido proporcionados por outros segmentos não-indígenas - missionários do CIMI, funcionários da FUNAI, antropólogos, governo do Estado do Tocantins, Universidade Federal de Goiás). O ensino escolar formal nas aldeias, ministrado por cerca de 30 professores indígenas de ambos os sexos (quase um por aldeia), restringe-se ao ciclo de 1ª a 4ª série. Após o término da 4ª série, a continuação dos estudos se torna mais difícil por problemas de locomoção ou adaptação às exigências das escolas não-indígenas, uma vez que as escolas ginasiais (que têm da 5ª à 8ª séries) e de segundo grau se localizam em Miracema e Tocantínia. Mas, ainda assim, alguns Xerente conseguem obter formação em segundo grau - cursos técnicos de magistério, administração e contabilidade. Uma outra alternativa para os alunos que terminam a quarta série é cursar o ginasial na escola agrícola (internato) de Catalão (GO). Atualmente, dois Xerente cursam o terceiro grau em faculdades estaduais (engenharia agrícola e administração de empresas).

Povo Karajá

Esses índios vivem hoje em duas aldeias, com uma população de 182 pessoas, próximas à cidade de Santa Fé. Os karajá ainda preservam sua cultura, como a língua nativa , bonecas de cerâmica, os rituais como a festa de Aruanã e de casa grande. Vivem hoje 1.600 habitantes em oito aldeias na ilha do Bananal.

Povos Indígenas do Estado do Tocantins
Lutas - Conquistas - Desafios

A cidade de Tocantínia, localizada entre duas terras indígenas (O território Xerente - composto pelas terras indígenas Xerente e Funil - localiza-se no cerrado do Estado do Tocantins, na banda leste do rio Tocantins, 70 km ao norte da capital, Palmas), tem sido, ao longo desse século, palco de tensões entre a população local não-indía e os Xerente. Desde a fundação do Estado do Tocantins, em 1989, seu território é foco das atenções regionais (e nacionais) devido a sua localização estratégica. Encontra-se atualmente rodeado de projetos de desenvolvimento incentivados pelos governos federal e estadual, em parceria com a iniciativa privada. Dentre eles se destacam: o PRODECER III, a Hidrelétrica do Lageado e a expansão da capital do Estado, Palmas. A Hidrovia Araguaia-Tocantins, em fase de licenciamento ambiental, terá como um de seus canais a margem direita do rio Tocantins, percorrendo os 12 km da fronteira oeste do território Xerente. Tais projetos contam em sua maioria com o apoio do capital internacional (particularmente do japonês), interessados na produção de grãos, principalmente da soja. Como conseqüência, os Xerente têm sido pressionados, principalmente por parte da administração do governo estadual e dos moradores não-índios das cidades circunvizinhas, para que aceitem a pavimentação de estradas que cortam seu território e interligam a maioria destes projetos.

Organizações Indígenas no Estado :



- COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira)
www.coiab.com.br
Reúne na sua base política 75 organizações e 165 povos indígenas, dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
- Governo do Tocantins
www.to.gov.br/indigenas
Informações sobre os grupos indígenas no estado.
- INDI (Instituto de Desenvolvimento dos Povos Indígenas)
www.indi.w3.to
Organização não-governamental de Tocantins.
- Krahò
www.kraho.org.br
Sobre o povo de mesmo nome (Tocantins) e uma de suas entidades representativas (Kàpey - União das Aldeias Krahò).

Reportagem de Jornal e/ou Revista

Brasil Geral
Revista Galileu
abril/2003
Fala sobre os lugares para pescar, cacar e coletar argila.



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