Justificativa

    A problemática da sustentabilidade  assume neste século um papel central na reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e das alternativas que se configuram. O quadro  socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas revela que o impacto dos humanos sobre o meio ambiente tem sido conseqüências cada vez mais complexas, tanto quantitativos quanto qualitativos.
Assim, a idéia de sustentabilidade implica na necessidade de definir limites e delinear um conjunto de iniciativas que envolva interlocutores e participantes sociais relevantes e ativos por meio de práticas educativas e de diálogo,reforçando a co-responsabilidade.
A sustentabilidade nos põe o seguinte desafio:
    a nossa questão fundamental não é mais viver melhor amanhã, mas viver  de modo diferente hoje, aqui e agora e, para que isso aconteça, exige profundas mudanças na forma de pensar, viver, produzir e consumir.

    Atualmente, a relação entre meio ambiente e educação para a cidadania assume um papel cada vez mais desafiador , demandando a emergência de novos saberes para apreender processos sociais cada vez  mais complexos, já que os riscos ambientais também se intensificam.
    O desafio é, pois, o de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora, em dois níveis:formal e não formal, deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar uma  perspectiva  holística de ação, que relaciona o homem, a natureza e o universo, tendo em conta que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o homem.
    Nesse contexto, a questão do lixo está se tornando um dos problemas mais graves da atualidade. A reciclagem é uma forma muito a atrativa de gerenciamento de resíduos, pois transforma o lixo em insumos, com diversas vantagens ambientais. Pode contribuir para a economia dos recursos naturais, assim como para o bem estar da comunidade.
    Embora a tecnologia atual já permita reciclar com eficiência diversos materiais amplamente consumidos,  no Brasil, a reciclagem não é ainda um hábito: reciclamos 1,5% do lixo urbano orgânico sólido produzido, 10% da borracha consumida, 15% das garrafas PET, 18% dos óleos lubrificantes, 35% das embalagens de vidro e de latas de aço. Os números mais favoráveis estão na reciclagem das latas de alumínio, 65% e na de papel, 71%. Muitos estabelecimentos comerciais (restaurantes, bares, lanchonetes, pastelarias, hotéis) e residências jogam o óleo comestível (de cozinha)usado na rede de esgoto. O óleo, mais leve que a água, fica na superfície, criando uma barreira que dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo,assim, a base de cadeia alimentar aquática,os fitoplânctons. Além de gerar graves problemas de higiene e mau cheiro,a presença de óleos e gorduras na rede de esgoto,causa o entupimento da mesma, bem como o mau funcionamento das estações de tratamento.
    Para retirar o óleo e desentupir são empregados produtos químicos altamente tóxicos, o que acaba criando uma cadeia perniciosa. Além de causar danos irreparáveis ao meio ambiente constitui uma prática ilegal punivel por lei.

    Neste contexto, já é possível identificar algumas iniciativas para reciclagem de óleo comestível usado no Brasil. Metade das 120 toneladas de óleo comestível usado gerado na grande Porto Alegre é reciclada e transformada em cola e tinta para uso industrial.
    Segundo a empresa recolhimento de óleos (RECOLT), responsável pela coleta e o processamento do óleo, "o preço pago pelo óleo de cozinha usado pelas indústrias de reciclagem não é atraente e a armazenagem do líquido significa um trabalho a mais para o empresário e para a dona de casa".
    Portanto, a questão se resume na conscientização de comerciantes e da população em geral da importância em preservar o meio ambiente.
    Procurando minimizar o impacto do descarte de óleo comestível usado no meio ambiente e na saúde humana e também, porque não, economizar, estamos propondo o desenvolvimento do presente projeto cuja implantação deverá ocorrer em duas etapas.Inicialmente participando da coleta do óleo comestível,e depois, nua segunda etapa, partir para elaboração de produtos de limpeza cuja matéria prima principal é óleo de cozinha.