EMEF Gov. Ildo Meneghetti
                                                                                                          Escola Municipal de Ensino Fundamental
        
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História da Escola

    

Este texto é resultado de um projeto de Educação Patrimonial, desenvolvido pela professora Maria Bernardete Chaves Ramos em 2012, com os alunos da turma B23[1].

A escola teve uma trajetória peculiar. Já teve outras denominações e outros endereços. Através de “rodas de memórias”, os alunos tiveram a oportunidade de ouvir relatos de professores e funcionárias que atuam na escola há mais tempo, e também de moradores antigos, para coleta de informações sobre as transformações no espaço onde se localiza. Após a realização das rodas de memórias, foram feitas transcrições e registros escritos, que resultaram no texto que segue, elaborado com os alunos da turma.

 

 

A história resgatada:

 

A escola foi criada pelo Decreto Municipal nº 3011/64, de 14 de dezembro de 1964, como Ginásio Municipal Dolores Alcaraz Caldas, instalada inicialmente na Rua Dona Teodora, no bairro Navegantes. Era uma escola para trabalhadores do comércio, tinha aproximadamente quatrocentos alunos e funcionava somente à noite.

Pelo Decreto Municipal nº 7744/81, de 11 de junho de 1981, passou a denominar-se Escola Municipal de 1º Grau Governador Ildo Meneghetti.  Sendo transferida para a rua Arabutã,  no bairro São Geraldo, passou a ter dois turnos, tarde e noite, atendendo entre trezentos e quatrocentos alunos.

Em abril de 1984 foi novamente transferida, agora para o bairro Rubem Berta, ocupando o local onde funcionava o antigo campo de futebol do Esporte Clube São José.

 Nessa época, o local em que se localiza a escola se chamava Vila Ramos (o professor Ramos foi um personagem que muito lutou pela comunidade local). Era uma vila que estava se formando; tinha ruas, contava com infraestrutura básica e só faltavam as moradias; aconteceu, então,  uma “invasão organizada” [2]. Houve mobilização da comunidade que exigia a transferência da escola, que estava desativada no outro local.

Com a transferência, o grupo de professores que atendia o turno da noite acompanhou a escola. Os professores que trabalhavam à tarde, com o ensino fundamental, foram transferidos para a Escola Dolores Alcaraz Caldas, que foi construída no bairro Restinga.

Nos primeiros anos atendia seiscentos alunos, funcionando nos três turnos: manhã: 4ª a 8ª séries; tarde: 1ª a 3ª séries; noite: 5ª a 8ª séries. A escola contava com três prédios de madeira, um prédio de alvenaria e um refeitório.

A partir de 1986 iniciaram as eleições diretas para diretores da rede municipal de ensino, quando os professores de Educação Física Luiz Afonso Leite e Vera Beatriz Eccel Lago foram eleitos como diretor e vice-diretora.

Em 1986 começou a primeira obra para construção de quatro salas. Em 1987 foram construídas outras salas e o Laboratório de Ciências.  

A partir de 1987 a escola passou a ter um projeto de Alfabetização à noite. Em 1988 houve a construção do Refeitório e dos banheiros.

Faltavam muitas vagas para as crianças e houve muito esforço por parte da direção para ampliação da escola. Atualmente a escola ocupa também outro espaço; 50% de uma área adquirida em 1989 do Centro Evangélico de Porto Alegre. Área esta que fica do outro lado da rua. A escola cresceu e ficou parecendo duas, pois é atravessada pela rua Jayme Cyrino Machado de Oliveira., antiga rua C.

Na nova área, em 1989/90 houve a construção de uma Sala Multidisciplinar com dois banheiros e uma Sala de Coordenação de Turno e do prédio do Jardim, com quatro salas de aula, sendo três salas com seus respectivos banheiros, um Refeitório e uma pracinha. 

Depois, no lado inicial foram construídas seis salas de aula, uma área coberta e os banheiros.

Em funcionamento nos três turnos, a escola atendia alunos da pré-escola e o ensino regular de 1ª a 8ª séries no diurno e de 5ª a 8ª séries no turno da noite. Necessitando de mais vagas para atender à demanda, foi construído em caráter emergencial um prédio de madeira com seis salas de aula (o qual funciona até hoje, aguardando a construção de um maior, de alvenaria). 

Em 1989, em caráter experimental, por iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, foi implantado o Serviço de Educação de Jovens e Adultos (SEJA), com turmas das Totalidades Iniciais no turno da noite.

Em 1998, foram institucionalizadas as turmas de Totalidades Finais da Educação de Jovens e Adultos, através da demanda do Orçamento Participativo em várias escolas, inclusive nesta.

Em 2000/2001 foi construído o prédio administrativo, contendo no andar inferior a Sala da Direção, a Secretaria, o Passivo, a Biblioteca, a Sala de Vídeo, o Audiovisual, a Sala da Orientação Educacional, a Sala da Supervisão, a Sala da Coordenação de Turno, a Sala dos Professores e o Almoxarifado.   O andar superior tem cinco salas de aula e dois Laboratórios de Informática.   

Também em 2001 a escola passou a denominar-se Escola Municipal de Ensino Fundamental Governador Ildo Meneghetti.

Em 2006 foi construído o ginásio de esportes.

Criada para atender à vila Nova Santa Rosa, a escola atende alunos oriundos das vilas Nova Santa Rosa, Santa Rosa, Nova Gleba, Pôr-do-Sol, Vitória da Conquista, São Borja, Páscoa;    dos  Conjuntos  Habitacionais  Jenor  Jarros  e Fernando Ferrari;  e,  da  antiga  Vila  Dique.

Hoje, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Governador Ildo Meneghetti é a maior escola da rede municipal de Porto Alegre em número de alunos, mas não em espaço físico.  Possui mil e oitocentos alunos, cem professores e trinta funcionários. Atende desde o Jardim até o último ano-ciclo do Ensino Fundamental.

A Biblioteca tem o antigo nome da escola: “Biblioteca Dolores Alcaraz Caldas”.

 


 

[1]

A turma B23/2012: Alisson de Almeida do Carmo, Altenyr Batista Santos, Anderson da Silva Gomes, Beatriz Machado de Matos, Daniel Moreira da Silva, Eduarda dos Santos Bairos, Eduardo Almeida Silva, Gabriel Fortunatti de Paula, Graziele Machado Schafer, Iaritissa Mariana Moreira dos Reis, Igor Lemes Castaman, Jair Nunes de Oliveira Junior, Jeferson Silva da Rosa, Júlia Pereira Moreira, Júlia Silva Maciel, Juliana Pires dos Santos, Lívia Maria Moraes Marques, Luis Fernando Espindola Farias, Maria Eduarda Pinheiro Rodrigues, Mateus Barboza, Matheus Alf Rosa, Paola Vargas Corrêa, Rodrigo da Silva Rodrigues, Tainá Geraldo Leite, Vinícius Gabriel Moreira, Yuri Gabriel Silva dos Santos.

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[2]

 O loteamento promovido pelo professor Ramos na vila Nova Santa Rosa, foi uma solução marginal num processo de assentamento habitacional ilegal, tolerado pelo poder público, viabilizando um contingente de força de trabalho necessária para mover o setor secundário e terciário do centro de Porto Alegre ( Barcelos et al,1993, p.25). 

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