EMEI Jardim de Praça Cantinho Amigo

 

             


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  Histórico 

 Na década de 1940 foram criados os Jardins de Infância (Kindengarten), inspirados em Fröebel, idéia trazida pelo professor Gaelver da Alemanha. Localizados nas praças públicas da cidade de Porto Alegre para o atendimento de meio turno das crianças de 04 a 06 anos.

  A Escola Municipal de Educação Infantil Jardim de Praça Cantinho Amigo foi criada em 1945, na Praça Garibaldi. A escola funcionava num prédio pequeno junto a zeladoria da praça. A praça era aberta à comunidade para utilização dos brinquedos da escola.

Inicialmente as atividades eram recreativas realizadas por monitores da SMSSS (Secretaria Municipal de Saúde e Serviço Social).

            Aproximadamente em 1970 o atendimento passou a ser realizado por uma professora que respondia também pelo administrativo denominada Professora Responsável. As atividades preparavam a criança para o ingresso no ensino fundamental. Em 1990, o prédio de alvenaria com quarenta e cinco anos de funcionamento foi interditado devido à falta de segurança na estrutura física e elétrica. O atendimento passou a ser realizado em diferentes espaços da comunidade como: Teatro Renascença, Museu Joaquim José Felizardo e no Ginásio Tesourinha.

            A equipe da escola mobilizou a comunidade escolar para participar do Orçamento Participativo da Cidade garantindo a construção de um novo prédio que foi inaugurado em 1995, no qual a escola funciona até o presente momento.

  A Educação Infantil em Porto Alegre passou por transformações profundas de concepção e atendimento no período de 1989 a 1990, quando a Prefeitura Municipal inicia o processo de transição da passagem das creches da SMSSS (Secretaria Municipal de Saúde Serviço Social) para a SMED (Secretaria Municipal de Educação) dando início a um novo olhar sobre a infância e o atendimento da criança de zero a seis anos. Incorporando o novo conceito de criança como sujeito de direitos reconhecido pela Constituinte de 1988 e fortalecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990.

A cidade e todos os envolvidos no atendimento das crianças de zero a seis anos passaram a refletir em seminários e diferentes fóruns o que resultou na elaboração da Proposta Pedagógica da Educação Infantil do Município caderno nº 15 que estabelece “proposta de reestruturação curricular afirma a Educação Infantil como um espaço lúdico, da imaginação, da fantasia, da curiosidade, da brincadeira,onde o cuidar e educar são dimensões presentes em todas as interações  com as crianças, tanto na vida familiar quanto no dia a dia da instituição”.(p. 7)

Na tentativa de implantar a proposta de Educação Infantil e conhecer a comunidade em que atuava a equipe do Cantinho Amigo realiza em 1999 a sua primeira pesquisa sócio antropológica visitando 20% das famílias da comunidade escolar com o intuito de aproximar o trabalho pedagógico da realidade das crianças. Em 2001 realiza uma realimentação visitando outras vinte (20) famílias.

           Com a posse da nova direção no ano de 2003, a partir do levantamento das expectativas, angústias, desejos e necessidades da equipe e da comunidade escolar iniciou-se um novo processo de estudo e reflexão sobre as práticas educativas realizadas com as crianças neste espaço, chegando a conclusão que a pesquisa não vinha respondendo as reais necessidades da escola, pois a escola atende crianças de diferentes regiões e bairros como: Cidade Baixa, Glória, Santa Teresa, Azenha e Belém Velho, as vilas Lupicínio Rodrigues,  vila Guaranhas, e o condomínio Santa Isabel antiga Vila Zero Hora, realizando também o atendimento de crianças em situação de risco e vulnerabilidade social  abrigadas no Lar Menino Deus e no Abrigo Municipal Lar Marlene.

Outro aspecto que causava desconforto e descontentamento na equipe era o fato da escola ainda ser vista pela comunidade como: “Jardinzinho”, “ Pracinha para deixar o filho para brincar enquanto os familiares trabalham”,  “Creche”, “extensão da creche Lupicínio Rodrigues”, “escola sem alunos”...

Para mudar esta realidade o coletivo da escola iniciou um processo de estudo e aprofundamento das concepções de infância, de desenvolvimento infantil e planejamento optando pelo desenvolvimento de projetos de estudo com as crianças.

           Foram realizados movimentos de aproximação dos pais com a escola como: entrega e retirada das crianças na porta da sala de aula para a professora, assembléias de elaboração de regras de convivência, avaliação das crianças, do trabalho da equipe, da direção e da participação dos pais nas atividades da escola e na educação dos filhos. Além da qualificação do espaço físico e do mobiliário.

Quanto a organização dos tempos e espaços e a produção de projetos de escola e todos os movimentos e ações tiveram  como foco o “desenvolvimento integral da criança até seis anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social complementando a ação da família e da comunidade.” LDBEN 96 Art. 29.

Com as ações acima descritas e com muito empenho de todos, a escola passou a ter uma identidade de escola, de espaço de convivência das diferenças, de produção de cultura e conhecimento, e acima de tudo um espaço de vivência da infância.

Pensar a Educação Infantil, as práticas cotidianas da escola, implica estabelecer diferentes olhares acerca do mundo, das suas interfaces, das culturas, das múltiplas expressões, manifestações que constituem as diferentes infâncias. Como parte de uma cidade que estabelece conversações permanentes com o mundo, com o outro e consigo, a EMEI JP Cantinho Amigo inserida neste contexto acolhe realidades advindas de diferentes bairros da cidade, com múltiplas realidades familiares, contextos sócio-culturais plurais, produtores de desejos e necessidades distintas. Esta diversidade nos traz infinitas possibilidades de ação, reflexão e intervenção na tentativa de superar barreiras que dificultam a convivência que podem impedir o desenvolvimento de cada um. Desta forma procuramos meios de fazer com que cada um possa oferecer o melhor de si e romper seus limites na busca do crescimento e da aprendizagem de toda a comunidade.