Nossa História
A história da escola começa com a história da comunidade. A comunidade
formou-se em um terreno invadido na Avenida Bento Gonçalves, próximo a
Agronomia e a Igreja São Carlos. A prefeitura, na época, cedeu um terreno para ser construída uma creche. Vale dizer que, no projeto inicial, nessa área estava prevista uma praça. A creche foi inaugurada apenas nos alicerces com a obra totalmente inacabada. A comunidade, que precisava da escola funcionando para atender seus filhos enquanto trabalhava, mobilizou-se junto à líder comunitária da época, que organizou uma invasão no prédio para chamar a atenção das autoridades competentes com o objetivo de negociar o andamento e finalização da obra. Durante a ocupação, os comerciantes locais auxiliaram fornecendo alimentação e utensílios domésticos. O grupo, além da líder contava com pais e crianças. Após uma semana de invasão, as autoridades competentes locais fizeram contato. Ficou acordado que no momento da retomada da construção, o grupo desocuparia o local e as crianças desta comunidade teriam a prioridade no preenchimento das vagas. A retomada se deu e, no início do governo Olívio Dutra a escola foi concluída e entregue à comunidade. Inicialmente, a escola contava com pessoal, mas não tinha móveis e utensílios necessários para receber as crianças. Só puderam ser recebidas em outubro de 1992 após o período de inscrição e visitação nas famílias de todos os inscritos, de acordo com os critérios da Secretaria Municipal de Educação. Nesta época a escola oferecia vagas para crianças de Maternal 1, Maternal 2, Jardim Nível A e Jardim Nível B. Passado um ano e meio abriu-se um grupo de Berçário 2. No início, o Berçário 2 atendia crianças de faixa etária correspondente a Berçário 1 e 2. Com o tempo a situação foi regularizada, ficando apenas o Berçário 2. Ao longo deste tempo, a escola elaborou projetos de nutrição e de arte-educação, socializados em seminários e encontros de Educação Infantil. Também passou a fazer parte do Orçamento Participativo em 1999, com propostas vitoriosas que possibilitaram concretizar muitos dos desejos coletivos, bem como a implantação do Berçário 1, que possibilitou ampliar a quantidade de vagas para atendimento às crianças e o paisagismo do pátio. Durante e após esse movimento de construção e implementações físicas, a conservação e manutenção desses espaços vem sendo mantida. Juntamente a toda essa movimentação, o Planejamento Pedagógico estava sendo feito embasado nos dados apontados pela pesquisa sócio-antropológica. Vale dizer que, esta pesquisa sócio-antropológica, foi realizada pelos educadores junto às famílias, Instituições e lideranças comunitárias do entorno da escola. A partir dos dados coletados, as falas mais significativas foram elencadas para elaborar o princípio de Planejamento Pedagógico, especificando os conteúdos a serem trabalhados nas diferentes áreas do conhecimento: comunicação e expressão, sócio-histórica, lógico-matemática e ciências. A pesquisa considerou a realidade da comunidade, valorizando a cultura popular na busca do conhecimento científico, com a finalidade de conhecer, interagir e construir novos significados, a partir do diálogo entre os diferentes saberes, com vistas a problematizar e desvelar as concepções, idéias, valores e contradições, para refletir sobre e transformar. Também se faz necessário registrar nesse histórico, o processo de seleção, e ingresso na escola de Educação Infantil, que vem sendo avaliado a aprimorado a cada ano. Ele se dá anualmente mediante inscrições no período estabelecido pela Secretaria Municipal de Educação. Anteriormente, após o término deste tempo, era realizada uma assembléia para discussão de critérios de seleção sendo que alguns já eram preestabelecidos pela mantenedora. Para tal, eram convidados representantes de Instituições do entorno da escola, Lideranças Comunitárias atuais, Conselho Tutelar, pais novos, antigos e o Conselho Escolar. Esses representantes formaram as equipes de visitação para a averiguação dos dados declarados. Havia todo um cuidado especial para que essas equipes se renovassem anualmente para evitar influências, vínculos, constrangimentos, centralização de poder e permanência na função. Após as visitas, a equipe reunia-se para discutir caso a caso, levando em consideração os critérios de seleção. Desde que a Secretaria de Educação disponibilizou o sistema informatizado para ser usado no processo de ingresso e seleção, a escola, juntamente com o Conselho Escolar, decidiu adotá-lo para realizar tal processo. O período continua sendo estabelecido pela SMED. As crianças inscritas são cadastradas no SIE – Sistema de Informações Educacionais – desenvolvido e gerenciado pela PROCEMPA em parceria com a SMED. Esse cadastro contém indicadores que determinam a ordem de classificação das crianças, considerando: idade, proximidade da escola, drogadição, abuso sexual, se a criança fica só, se fica com pessoas doentes, risco nutricional, mãe que trabalha, irmãos da escola e renda familiar; gerando uma listagem. A partir dessa listagem, as crianças que obtiveram as primeiras colocações são visitadas conforme o número de vagas disponíveis para cada faixa etária. No caso de desistência da vaga, a próxima criança da lista é visitada e chamada a efetivar a matrícula.
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