Revista
Institucional - SMED Porto Alegre - Inclusão Digital
ISSN 2175-3792
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Editorial - Ano
5 - 2014 (Dez)
Os artigos e relatos de experiências evidenciados nesta edição colocam em pauta
ações e vivências do cotidiano escolar: ensino e aprendizagem. Processos que se
fazem profundamente relacionados e os quais todo o professor se debruça e busca
qualificar. Pensar a escola, a educação, a infância a partir de outros filtros e
pontos de vista é urgente e necessário. Refletir e problematizar conceitos que
nos possibilitam outros caminhos para a educação e para uma escola mais alinhada
com a racionalidade vigente na contemporaneidade é o nosso desafio.
No
primeiro texto
Reconstruir posturas: um desafio
frente às novas infâncias...
a autora propõe que pensemos a infância a partir da contextualização vigente na
contemporaneidade. É preciso levar em conta as mudanças sócio-culturais,
políticas e econômicas para que se consiga perceber e gerir uma escola
mais alinhada a este tempo.
O
segundo texto Repensando
a psicogênese da lectoescrita
apresenta
relato de experiência e reflexões sobre a psicogênese da leitura e da escrita e
como essa observação deve fazer parte do exercício profissional de
alfabetizadores e educadores como um todo.
A proposta de ampliação da observação e da flexibilização dos enquadramentos e
níveis também é aqui colocada em discussão.
Literatura
Infantil: a inutilidade do utilitarismo
analisa os aspectos constituintes da Literatura Infantil como ferramenta para
para processos de humanização da criança. A Literatura é entendida e pensada
pelo autor como uma "tecnologia" que colabora para formar sujeitos infantis.
O
quarto texto da edição traz o relato sobre o
EJA: Totalidade Inicial 1 – Experiência
pedagógica e de vida.
O trabalho propõe que se pense a juvenilização da Educação de Jovens e Adultos
que cada vez mais tem acolhido esse público deslocado no intervalo etário
denominado juventude. A autora ainda estabelece reflexão sobre a necessidade de
novas práticas, entendimentos e endereçamentos necessários frente a esta nova
realidade.
O
quinto
texto,
Concepções e práticas de Educação Musical: Um estudo de caso em uma escola
municipal de Educação Infantil
traz concepções e considerações sobre a
inserção da Educação Musical na Educação Infantil, levando em conta as novas
posturas vigentes de infância. O trabalho evidenciado ainda revela a importância
e o compromisso que o educador musical carrega em contribuir para a construção
de referenciais para uma crescente inserção da educação musical na escola.
O
último texto apresentado nesta edição
A
Educação Integral na EMEF Migrantes: relato de uma experiência
tem por objetivo pensar o processo de integralização de
uma das escolas da Rede Municipal de Porto Alegre. Propõe pensar nos processos,
nos desafios e nos avanços que uma proposta calcada na educação integral
concentra.
A cada edição de nossa revista virtual reforçamos o convite feito à reflexão.
Está posto que o mundo está mudando, que hoje há outras maneiras de pensar a
economia, o mercado, a política, os fatos sociais e a cultura. Os avanços
tecno-midiáticos cada vez mais nos encaminham para outras formas de viver neste
mundo. E a escola não pode ficar de fora! Temos que pensar nossa prática, nossas
proposições e interações pedagógicas a fim de alinhar a escola ao mundo atual.
Temos que pensar sobre tecnologia. Temos que pensar sobre mídias. No entanto, é
mister, deve-se primeiro pensar sobre a infância, sobre os processos iniciais da
escolarização, sobre a acolhida de jovens em momentos, também iniciais, de
contato com a educação formal. Paula Sibilia em artigo intitulado "A escola no
mundo hiperconectado: Redes em vez de muros?" trata a escola como uma
"tecnologia". Uma tecnologia destinada a formar sujeitos alinhados a esse tempo,
a essa racionalidade, a essa forma de ser e de estar no mundo. Se a escola é a
nossa "tecnologia" vamos pensá-la, vamos discuti-la, na amplitude do tema! Esta
é a proposta da edição de 2014.
Novamente
desejo a todos: Boas
leituras!
Jacqueline Aguiar
Dez/2014 |