OFICINA
                         de Leitura e Produção Textual

                             E.M.E.F. Gabriel Obino 5º caderno - 2005

 20 - As aventuras de Tibicuera"
                                                                                            

Em meio ao centenário de Erico Verissimo, nosssas turmas C11, C12, C13 e CP trabalharam com o livro "As aventuras de Tibicuera". E Tibicuera, em seus "Caminhos Cruzados" por este Brasil, levou-nos a fantasiar, a imaginá-lo de carinha boa e bonita, franzino, alinhavando seus enfrentamentos pessoais com a seqüência de fatos históricos nacionais e do mundo.

Os alunos imaginaram o desfecho do capítulo 51: Está preso!

                                                                  Professora Maria Luiza Vuoto
 

Estar  Preso!

Jeferson Moura, C11

           No interrogatório me fizeram várias perguntas. Como, para quem eu trabalhava. Falei curto e grosso: "eu não trabalho para ninguém, estava no chão deitado, porque estava cansado e peguei no sono, então dormi".
         Eles falaram:
         - É mentira, você estava nos espionando para falar pros legalistas o que nós estávamos preparando contra eles.
         O chefe dos guerrilheiros falou:
          - Vamos botá-lo na forca. Tibicuera ficou assustado porque ele não tinha nada a ver com a guerra dos legistas e farroupilhas.
           Levaram tibicuera para a forca. Tibicuera disse: "deixa eu viver, que lhes darei toda a informação que precisam dos legalistas".
           O chefe dos guerrilheiros falou:
           -  Tudo bem, nós não te mataremos, se não fizer isso que combinou com a gente. Se você não fizer, eu mesmo te matarei com as minhas próprias mãos.
           Tibicuera foi na sua tribo Tupirambá e nunca mais voltou para os guerrilheiros. Passou-se alguns meses, acabou a guerra, e o Tibicuera nunca mais viu o chefe dos guerrilheiros.

"Está Preso!"

Stefani Baum, C11

    Uma noite me deitei debaixo de uma grande figueira, conversei um pouco com as estrelas e dormi para só acordar no outro dia, já com o sol no rosto. Olhei ao meu redor e vi um grupo de homens mal vestidos, muito armados e de aspecto ameaçador.
    Um deles aproximou-se de mim, segurou-me os ombros, sacudiu-me e disse:
    - Está preso como espião dos legalistas.
    Gaguejei uma desculpa. Não me serviu de nada. Amarraram-me as mãos às costas e me fizeram caminhar a pé. Encontramos, depois de marcha curta, um acampamento.
    Levaram-me à presença do chefe. Fui submetido a um rápido interrogatório.
    - Você é espião de legalista? - perguntou o chefe.
    -  Não, vim da tribo Tupinambá - respondi.
    - Ele está mentido - gritou um homem.
    Então o tal chefe pediu que me botasse na cela.
    Fiquei lá, vendo o tempo passar. Quando chegou à tardinha, vi que na cela tinha uma pequena janela. Fiquei lá, olhando a floresta, então resolvi fazer uma coisa que eu adorava, assoviar. Fiquei assoviando, imitando a voz de um sabiá.
     De repente um sabiá lindo pousou na árvore que quase encostava na janela, e eu comecei a conversar com ele. Contei a ele o que estava acontecendo. Ele voou tão alto que não percebi o que ele ia fazer. Ele chamou um bando de pássaros que tentou arrebentar a grade da janela.
    Eles não conseguiram, então chamaram um pica-pau que conseguiu destruir a madeira e entrou. O pássaro cortou as cordas que amarravam o meu braço e eu consegui sair pela janela, me contorcendo todo porque a janela era muito estreita. Pulei, saí correndo, apavaorado, com medo de que aqueles homens me vissem.
    Agora, eu nunca mais quero voltar lá naquela cidade.

"Está Preso!"

Shaiane, C13

    Eles gritaram e fizeram algumas perguntas:
    - Fale índio, o que estava fazendo debaixo daquela árvore?
    Faziam perguntas que eu não podia responder, às vezes, eles mesmos não me deixavam responder.
    Fiquei muito apavorado, me botaram num lugar horrível, uma cela que eles deixavam os prisioneiros de guerra, tinha até esqueletos de pessoas. Deixaram um pedaço de pão mofado e um pouquinho de água. Eu estava atacando o pedaço de pão, quando ouvi um barulho ensurdecedor, eram os próprios farrapos que vieram me buscar!