OFICINA Leitura e Produção Textual E.M.E.F.Gabriel
Obino 5º caderno - 2005
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Apresentação
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"Uma vez, quando menino, fui chamado a segurar uma lâmpada, enquanto um soldado operava um pobre diabo que tinha sido carneaso por soldados da polícia municipal..ele estava horrivelmente ferido, aparecendo-lhe os intestinos e tinha o rosto todo retalhado. Eu sentia medo e náusea, mas não larguei a lâmpada. Acho que a nossa tarefa é esta: com medo ou não, segurar a luz acesa para deixar que apareçam as injustiças do mundo". (Entrevista de
Erico Veríssimo a Heloneida Studart)
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É com muita
alegria que repasso à Comunidade Escolar do Gabriel Obino o quinto
Caderno da Oficina de \leitura e Produção Textual. Nele constam
alguns trabalhos desenvolvidos ao longo de 2005.
Destaco, não por acaso, as reflexões oriundas do contato com o relato da vida e com algumas obras de Erico Veríssimo por serem para mim caras, uma vez que uinfluenciaram a minha formação de leitora. Neste sentido, foi mais do que oportuna a comemoração do centenário Erico Veríssimo, que nos brindou com a bela exposição "Erico - retratos da vida Inteira", no Museu de Artes do Rio Grande do Sul (MARGS), tendo como curadora a professora, que foi paraninfa da minha turma de Letras da UFRGS, Maria da Glória Bordini. Tratar de Erico na escola nos possibilitou ampliar parcerias e, neste sentido, mais uma vez a tivemos com a turma da Biblioteca, o que nos rendeu um concurso de Cartas a Erico Verissimo. A professora Maria Luisa Vuoto, como sempre, se fez presente nessa discussão, homenageando Erico ao resgatar o livro "As Aventuras de Tibicuera", nas turmas da C10. Há também trabalhos que resultaram da leitura e reflexão de textos de Miguel de Cervantes - Dom Quixote e Mário Quintana. O ano de 2005 também nos instigou a rever a obra de Cervantes que completou quatrocentos anos de existência. Os alunos e a professora tiveram a oportunidade de analisar a atualidade de trechos de tal obra,. Incluímos, na sala de aula, e por isso também nesta publicação o poema da professora Lisete Jonhson - "donde andan los Quijotes?", a fim de lhe prestar uma modesta homenagem pelo prêmio recebido e por sua sempre pronta disponibilidade para com os alunos e com a professora desta Oficina. O passeio à Casa de Cultura Mário Quintana também nos oportunizou refletir sobre a Porto Alegre de antes e a nos deliciar com a poesia de Quintan. Assistir ao filme de Jorge Furtado - "O homem que copiava", foi um presente que nos trouxe, por outra via, outros encantos da nossa cidade. Diversos assuntos foram abordados nesta singela publicação, desde reflexões sobre música, plebiscito do desarmamento, até a discussão de nossos medos, este último, uma sugestão da professora Denise Rommler que nos acompanhou na visita à Casa de Cultura e ao cinema , onde vimos o filme, "Pesadelo". Registramos também algumas reflexões sobre o Halloween, aproveitando o diálogo entre as culturas e o trabalho das professoras de inglês, Maria Madalena B. Dias e Sônia Kurtz. Desejamos uma boa leitura a todos e que mais alunos continuem participando, escrevendo seu nome no próximo livro. Cátia Castilho Simon, Porto Alegre, dezembro de 2005. |