São
duas crianças lindas,
Mas
são muito diferentes
Uma é
toda desdentada
A outra
cheia de dentes...
Uma anda
descabelada,
A outra
é cheia de pentes!
Uma delas
usa óculos,
E a outra
só usa lentes
Uma gosta de
gelados,
A outra
gosta de quentes
Uma tem
cabelos longos,
A outra
só corta rentes.
Não
queiras que sejam iguais,
Aliás
nem tentes!
São
duas crianças lindas,
Mas
são muito diferentes!
(Ruth Rocha)
HISTÓRICO DA ESCOLA
Em 28 de julho
de 1987, o Decreto Municipal nº. 8958 autoriza a
criação do CIEM - Centro Integrado de
Educação Municipal , publicada no Diário Oficial
do Estado do Rio Grande do Sul, em 30 de julho de 1987, com sede no
Município de Porto Alegre, na rua Eng. Ludolfo Boehl,s/n, Vila
Sevita, Bairro Glória. A escola tem autorização
para funcionamento com implantação gradativa de
séries, através da Portaria /SE nº 22.978, de
18/11/88, mantida pela Secretaria Municipal de Educação,
nos termos da Legislação Federal, Estadual e Municipal em
vigor. Neste período, foram implantadas 14 turmas, do Jardim de
Infância à 4.ª série do Ensino Fundamental.
Ainda naquele ano ocorre a inauguração da biblioteca da
escola, com o apadrinhamento do escritor Carlos Urbim.
Em 1990, a escola é nomeada Escola Municipal
de 1.º Grau Gabriel Obino e
são implantadas as 5.ª e 6.ª séries.
Em 1991, a SMED é autorizada a desenvolver o
“Projeto de Experiência Pedagógica em
Educação Básica de Jovens e Adultos”, visando a
possibilitar a garantia de uma educação básica em
caráter supletivo. Ness e ano, também é implantada
a 7ª série no diurno e, no ano seguinte, a 8.ª
série.
De acordo com o Decreto Lei nº. 1167/97,
Unidade Escolar passou a
denominar-se Escola Municipal de 1º Grau Gabriel Obino",
está situada na rua Eng. Ludolfo Boehl,1402, Bairro
Glória , CEP.91720-150, telefone 3315-5928. Neste ano, o SEJA
começa a ser desenvolvido em etapas denominadas Totalidades I
niciais ( T1, T2 e T3).
Em 1998, inicia-se um novo período, no que se
refere à organização curricular: a escola
é, nesse momento, organizada por Ciclos de
Formação, e o Ensino Fundamental passa a compreender 3
níveis: A, B e C.
Conforme o Decreto 12.905/00, a Instit uição passou a
denominar -se Escola
Municipal de Ensino Fundamental Gabriel Obino. Neste ano, o SEJA
é ampliado,
criando-se, então, as Totalidades Finais (T4, T5 e T6). Tal fato
representou o primeiro mérito alcançado pela comunidade
através do Orçamento Participativo.
Em 2001, ocorre a primeira conquista da escola
através de participação no
OP/ SMED. Movimento esse que propiciou a implantação de
diversas oficinas, as quais começaram a ser desenvolvidas fora
do horário de aula e aos finais de semana. A partir do referido
ano, foram-se aprimorando e ampliando tais atividades.
Em 17 de setembro de 2005, a escola adere ao
“Projeto Abrindo Espaços – Escola Aberta”, uma parceria da SMED/
MEC/ UNESCO, a fim de qualificar as atividades de finais-de-semana.
Em 2008, a E.M.E.F. Gabriel Obino possui 46 turmas
divididas em três
turnos de funcionamento, tendo em torno de 1150 alunos e
aproximadamente 100 profissionais.
Em 2011 a E.M.E.F. Gabriel Obino possui 36 turmas
divididas em três turnos de funcionamento, Laboratório de
Aprendizagem (atendimento em grupos – dois pela manhã e um
à tarde); Oficina de Leitura e Produção Textual
(atende quatro turmas); Oficina de Lí ngua Estrangeira (atende
quatro turmas); Mais Educação, atende três grupos;
Atletismo (atende duas turmas); Oficina de Ginástica
Artística (atende duas t urmas), Oficina de I nformática
EJA, atende diferentes grup os; Hora do Conto – atende as diferentes
turmas, Escola Aberta – atende a comunidade aos sábados e
domingo.
FILOSOFIA DA ESCOLA
A filosofia da
E.M.E.F. Gabriel Obino f undamenta-se na formação do ser
na sua integralidade, na compreensão e respeito a seus valores,
a sua cult ura; na valorização do conviver
solidário e responsável, através de uma
aprendizagem significativa e prazerosa, na qual o ser humano
constrói seu conhecimento, desenvolve o seu pensamento
crítico, a fim de atuar e transformar o meio social, cultural e
político em que vive.
PRINCÍPIOS
A escola deve assumir a sua função de ensinar e
aprender, garantindo:
* a construção do conhecimento humano, científico
e cultural;
* a prática da interdisciplinaridade, visando a
transdisciplinaridade, com ênfase na valorização da
vida, abrangendo as diversidades cult urais, sociais, religiosas,
étnicas dos sujeitos da educação;
* a formação continuada de todos os professores e
incorporar recursos
tecnológicos para acompanhar o processo de ensino e aprendizagem;
* a prática da ética, da autonomia, da responsabilidade,
da solidariedade e do respeito ao bem comum;
* os direitos e deveres da cidadania, do exercício da
criticidade e do respeito à ordem democrática;
* igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
* a liberdade de aprender, a
capacidade de pensar, de ensinar, de pesquisar e divulgar cult ura,
desenvolver o pensamento, a arte e o saber ; habilitando o aluno a
aplicação desses conhecimentos visando a melhoria da sua
condição humana;
* o pluralismo de idéias e de concepções
pedagógicas;
* o respeito à liberdade e apreço à
tolerância;
* a valorização de todos os profissionais envolvidos na
ação educativa;
* espaços de aprendizagem para a complementação do
trabalho pedagógico;
* a gestão democrática do ensino público, na forma
da Lei e da Legislação dos sistemas de ensino;
* a formação continuada para a qualificação
da prática educativa;
* a valorização da experiência extra- escolar;
* o acesso e apoio educativo, bem como o acompanhamento
sistemático e especializado aos alunos com Necessidades
Educacionais Especiais(NEE);
* a vinculação entre a educação escolar, a
realidade sócio-histórica- cultural e as práticas
escolares.
* o acesso à educação de jovens e adultos,
respeitando a idade mí nima de ingresso.
* atividades extracurriculares na forma de Oficinas e Projetos que
ofereçam apoio
educativo e complemento curricular à nível cult ural,
esportivo, humanístico e lúdico.
DIAGNÓSTICOS E NECESSIDADES DA ESCOLA QUE QUEREMOS
Diagnóstico
|
Necessidade
|
1. Pouca
comunicação entre a escola e as famílias.
|
* Estimular a participação da
comunidade na vida escolar, através de seminários,
palestras e torneios.
* Buscar maior integração com a
comunidade escolar estabelecendo relações de parceria.
* Mutirão: pais, alunos professores e
funcionários para manutenção e
conservação do ambiente da escola.
|
2. Problemas em
relação à segurança,às drogas e
agressi vidade.
|
* Trabalhar com a formação de
valores.
* Buscar maior integração com a
comunidade escolar.
* Ter um SOE atuante junto ao corpo
docente/discente, capaz de ações educati vas
sistemáticas nas salas de aula.
|
3. Conteúdo
Programático da escola está um pouco distante da
realidade.
|
*Organizar momentos de
socialização de práticas pedagógicas
* Desenvolver o gosto e o prazer de ensinar e
de aprender.
* Aproximar o contexto atual mundial de nossa
realidade.
*Dar continuidade à política de
implantação de oficinas.
* Garantir que o trabalho com a
produção textual, a lei tura e o raciocínio
lógico façam parte do cotidiano do alunado.
*Proporcionar situações em que
o aluno desenvolva suas potencialidades e habi lidades
|
4. Ofertar ati vidades de
complemento/educati vo.
|
* Dar continuidade às políticas
de oficinas na escola, propondo avaliação de necessidades
e de resultados.
* Continuidade dos projetos: Mais
Educação, Robótica, Leitura e
Produção Textual, Projetos de
complementação de carga horária.
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5. O ambiente físico
da escola está descuidado.
|
*Trabalhar com a formação de
valores.
* Melhorar as atitudes dos alunos no ambiente
escolar.
* Saber utilizar os recursos disponí
veis na escola.
*Ambiente li mpo, organizado e harmonioso.
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6. O processo de
avaliação não está claro.
|
* Deve-se rever o processo de
avaliação escolar e os instrumentos de
avaliação, levando em conta todos os aspectos
(participação, trabalhos e desempenho da aprendizagem dos
alunos)
|
7. A estrutura e a
organização da escola
já não correspondem às
necessidades da comunidade.
8.Relação aluno x professor
9.Grêmio Estudantil
|
* Comprometi mento com o papel do educador,
buscando ensino de
qualidade, sendo o aluno/ aprendizagem o
objeti vo principal
* aperfeiçoamento contínuo
através de encontros e palestras.
* Promover encontros dos representantes do
Conselho Escolar e seus pares.
* Possibili tar por meio de trabalhos coleti
vos, que os setores e serviços da escola sintam-se
responsáveis por suas ações e
comprometidos com suas
atribuições.
* Realizar reuniões pedagógicas
mais qualificadas e objeti vas e, sobretudo, inseridas em planejamento
da escola.
* Solicitar junto à SMED a
continuidade de carga horária
para que setores e ser viços sejam
mantidos, também no turno da noite.
* Orientar melhor os alunos em
relação aos setores e ser viços
à sua disposição.
Respeito, autoestima, estímulo a
aspectos posi ti vos.
Aluno ter espaço democrático,
criativo, participati vo, para expor suas idéias, desenvolver
sua cidadania.
|
REFERENCIAL TEÓRICO
As
concepções pedagógicas que embasam o presente PPP
contribuem para a clareza dos princípios e dos objetivos que
aqui estão descritos.
Conhecer as idéias de diferentes pensadores
da educação sobre o processo
de aprendizagem dos alunos favorecem o aprimoramento das atividades
escolares, bem como auxilia o educador a refletir sua prática
pedagógica.
Emília Ferreiro (1979) é a vanguarda no processo de
alfabetização sugerindo que o professore diagnostique o
que os alunos já sabem antes de iniciar o processo de
alfabetização, sendo um preceito básico.
Segundo Freinet, a interação entre o
professor e o aluno é essencial para a
aprendizagem. O professor consegue essa sintonia levando em
consideração o conhecimento dos alunos, fruto de seu
meio. A escola deve ser um espaço ativo e cooperativo.
Conforme Paulo Freire é necessário
passar por um intenso diálogo entre
professor e aluno, numa perspectiva dialógica. O conceito da
Escola Cidadã (que prepara o aluno para tomar decisões) e
a necessidade de cada escola ter um projeto pedagógico que
reconheça a cult ura local, vislumbrando também conhecer,
respeitar e conviver com a cultura global para at uar na sociedade,
ratifica tal prerrogativa.
Para Gardner, a escola deve valorizar as diferentes
habilidades dos alunos,
atendendo as diferenças individuais favorecendo o
desenvolvimento de diversas inteligências, onde o aluno seja
levado a resolver problemas e a refletir sobre eles. Portanto, o
conhecimento resulta das ações e interações
do sujeito com o ambiente onde vive.
Todo o conhecimento é uma
construção que vai sendo elaborada desde a
infância, através de interações do sujeito
com os objetos que procura conhecer, sejam eles do mundo físico
ou cult ural (PIAGET).
Para Vygotsky, o sujeito não é apenas
ativo, mas interativo, porque constrói
conhecimentos e se constit ui a partir de relações intra
e interpessoais. É na troca com os outros sujeitos e consigo
próprio que se vão internalizando conhecimentos,
papéis e f unções sociais, o que permite a
constituição de conhecimentos e da própria
consciência.
Portanto, apropriamo-nos de vertentes
teóricas que considerem a interação
entre o professor, aluno, conhecimento e o mundo em que vivemos, uma
característica fundamental no processo de ensino e aprendizagem.
CONCEPÇÃO DOS
PROFESSORES
Os professores
da E.M.E.F. Gabriel Obino, atuando como educadores e mediadores do
processo de ensino e de aprendizagem, estimulam a curiosidade para
resolver sit uações-problemas, o desejo de novas
descobertas frente a novos desafios.
Ao professor é atribuída a função de
criar as condições mais favoráveis de aprendizagem
do aluno, no desenvolvimento de competências e habilidades, onde
o conteúdo é visto como meio para ampliação
das capacidades do aluno.
A proposta pedagógica da escola baseia-se na
idéia de que o aluno constrói
conhecimentos de forma ativa e participativa, na
interação com o meio, construindo significados e
atribuindo sentido ao mundo que o cerca. A característica
fundamental desta concepção é a
relação de interação que se estabelece
entre o aluno, o conhecimento e o professor.
8. METODOLOGIA DE ENSINO
A metodologia
de ensino abrange situações de aprendizagem, fundadas nos
princípios científico e filosófico da escola, em
que são valorizados os conhecimentos prévios e o saber
local. Compreende, também, a interação entre aluno
e seus objetos de conhecimento, mediados pela ação
pedagógica e didática do professor. Tal metodologia visa
ao desenvolvimento das habilidades e competências
necessárias à formação de um ser humano
capaz de se posicionar, de interagir, de interferir na realidade
socioeconômica e cult ural, que, além disso, saiba fazer
uso de senso crítico e de construir progressiva autonomia.
Deve, também, proporcionar o acesso ao saber
local, regional e universal da humanidade, nas diferentes áreas
do conhecimento. Portanto, essa metodologia deve oportunizar um
planejamento interdisciplinar que possibilite aprendizagens
significativas que contemplem o 'APRENDER A SER, A CO NVIVER, A VIVER,
A APRENDER E A FAZER '.
Isso posto, afirmamos que nossa ação
pedagógica fundamenta-se na construção do
conhecimento do sujeito-cidadão que oportunize
experiências enriquecedoras, onde o ambiente escolar
favoreça a curiosidade, a pesquisa, a criatividade e a
ampliação das potencialidades físicas,
sócio-afetivas, intelect uais e éticas.
PLANEJAMENTO DA
AÇÃO PEDAGÓGICA
O Planejamento
da Ação Pedagógica é elaborado pelos
professores responsáveis de cada componente curricular, de
acordo com os objetivos definidos para cada Ano- Ciclo ou Totalidade de
Conhecimento (no caso da EJA), em conformidade com os Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCN , sempre balizados pelas habilidades dos
alunos.
O Planejamento da Ação
Pedagógica é a organização detalhada dos
componentes curriculares, projetos e atividades, atribuindo-lhes tempo,
abrangência e intensidade. Tal planejamento deve levar em conta
os conteúdos programáticos de cada componente curricular
e a distribuição do tempo escolar, sendo elaborado de
acordo com a legislação vigente, a partir da realidade,
com ênfase na transdisciplinaridade e na
participação dos diversos segmentos da comunidade escolar.
ORGANIZAÇÃO
CURRICULAR
A proposta
curricular da Escola Gabriel Obino é dinâmica e
flexí vel, possibilitando um trabalho transdisciplinar, context
ualizado e desafiador que favoreça a construção do
conhecimento e a relação entre a aprendizagem e a
realidade. O currículo é, desse modo, decorrente do
equilíbrio entre as forças filosóficas,
políticas, sociais e pedagógicas que o constit uem.
A organização curricular contempla uma
ampla diversificação de estudos,
que estimulam a construção do conhecimento, o
raciocínio, a experimentação, a
solução de problemas e outras competências,
oferecendo opções, de acordo com as
características dos alunos e com as demandas do meio social.
O currículo possibilita, portanto,
situações de ensino e de aprendizagem, em
consonância com os princípios filosóficos da escola.
A obrigatoriedade das temáticas referentes
à História, às cult uras afro-brasileira e
indígena, conforme a Lei nº 11.645 de 10/03/08, devem estar
inseridas nos conteúdos dos componentes curriculares; em
especial, nas áreas de Arte- Educação, de
Literatura e de História Brasileira.
AVALIAÇÃO
A
avaliação é um processo contínuo e
participativo, considerando a estreita relação com o
planejamento e com o replanejamento de estratégias de ensino,
permitindo que objetivos e ações, referentes a cada
segmento da comunidade escolar, possam ser redimensionados, a fim de
que se qualifique o atendimento e o desenvolvimento do processo de
aprendizagem.
* AVALIAÇÃO DO
EDUCANDO
A
avaliação consiste num conjunto de procedimentos
realizados de forma contínua e sistemática no processo
pedagógico e desempenha as funções
diagnóstica, prognóstica e investigativa. Esse
funcionamento tanto informa a situação em que o aluno se
encontra, no que se refere ao desenvolvimento de suaaprendizagem em
diferentes períodos do ano letivo, quanto oferece
subsídios para uma permanente reflexão e
ação, caracterizando, desse modo, a
avaliação como um processo qualitativo, processual,
dinâmico e interativo.
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