Com o do desenvolvimento
das
charqueadas - que começa em 1780, com ocupação
da área de Pelotas - que o tráfico negreiro
começa a tomar volume.
Naquele ano, os escravos - calculados em 3.280 - representavam 29%
da população total do Rio Grande do Sul, e se encontravam
concentrados em duas áreas
principais. A primeira era ao longo da estrada dos tropeiros, que
ligava o extremo sul do
Rio Grande ao resto do país, pelo roteiro Rio
Grande-Mostardas-Porto
Alegre-Gravataí-Santo Antônio da Patrulha-Vacaria, ao
longo do qual se localizavam as
maiores estâncias.
Nessa região estavam cerca de 65% dos escravos. A outra área de grande concentração estava no eixo Porto Alegre-Caí-Taquari-São Jerônimo-Santo Amaro-Rio Pardo-Cachoeira, ao longo do Jacuí, onde se concentravam 35% dos escravos, especialmente em São Jerônimo. Esses números seriam grandemente aumentados com as charqueadas, saltando para 50% da população gaúcha em 1822, quando José Antonio Gonçalves Chaves, estancieiro e charqueador de Pelotas, calculou que dos 106.196 habitantes da província metade fosse de escravos. A região que se destaca é a da costa angolana, que mantinha maior contato com o porto do Rio de Janeiro. Dali vieram os escravos de cultura banto e congo. Outra região que também foi fonte de abastecimento de escravos para o Brasil foi a de Moçambique e adjacências. Os africanos vindos dessa área eram denominados genericamente de moçambiques. Por último também vieram grupos de cultura sudanesa, na região da Costa do Ouro, entre os quais se destacavam os minas. No Rio Grande os grupos de africanos aqui introduzidos recebiam geralmente a denominação de angolas, congos, minas e moçambiques. Isto, entretanto, não significa que fossem efetivamente dessas áreas. Saiba mais |