Fonte Talavera - Porto Alegre |
Contribuição espanholaA maior contribuição espanhola em termos econômicas, pode ser considerada a introdução de bovinos no Rio Grande do Sul. A pecuária que seria a base da economia gaúcha, durante o século XIX e início do século XX, não existiria com a importância que tem. Durante o século XVII, quando formaram suas reduções com os índios guaranis, os jesuítas se preocuparam em dispor de grandes rebanhos de gado para garantir a alimentação de seus tutelados.
CulturaEm termos culturais a influência espanhola se fez presente na vestimenta do gaúcho e na alimentação, tendo a carne como base alimentar. Se a proximidade trouxe influências lingüísticas, com vários termos se “acastelhanando”, houve, também, na arte: a poesia campeira, com seus poemas gaúchos é comum aos três países do Cone Sul.
MúsicaA expressão música espanhola é praticamente sinônimo de flamenco, uma forma de música cigano-andaluza. A milonga, outro ritmo espanhol é o resultado de um som mestiço, em um ritmo menos sensual.
CulináriaA cozinha espanhola é composta por muitos pratos picantes e saborosos. A
riqueza e a variedade de sua comida é impressionante. Sendo
Espanha a porta de entrada de produtos originários da
América,
sua culinária não poderia passar sem batata, tomate,
pimenta e feijão.
Conto Espanhol O pincel de Pedro Pedro Pincel era um menino artista. Tudo o que ele via era como se visse um lindo quadro. Num piscar de olhos ele era capaz de pintar qualquer coisa. Tudo com muita magia e cheio de cor. Certo dia ele foi com o seu avô passar um fim de semana no palácio do marquês, um velho amigo do avô. Lá no palácio Pedro Pincel descobriu uma sala bem grande e, no meio dela, uma mesa com um jogo de xadrez. As peças eram todas de madeira feitas a mão e a mesa era um tabuleiro. O menino ficou impressionado e pensou que aquelas peças estavam muito simples. Dezesseis peças brancas de um lado e dezesseis peças pretas do outro ? Tudo sem graça. Até na mesa só se viam essas cores! Então à noite, quando todos estavam dormindo, o menino desceu com sua maleta de pinturas em uma mão e uma lanterna na outra. Foi até a sala de xadrez e começou a colorir todas as peças, uma por uma. Tudo bem colorido e fez no tabuleiro uma linda paisagem. Tudo para fazer uma surpresa para o marquês e para o avô. Mas, na manhã seguinte, quando o marquês descobriu as figuras coloridas, ao invés de ficar alegre, ficou muito triste. Justamente naquele dia ele teria uma importante partida de xadrez. Afinal ele era um jogador muito famoso. E por mais bonitas que fossem todas aquelas cores, era impossível jogar. Não dava nem para diferenciar que peça era outra! Muito menos ver os quadrados no tabuleiro. Pedro percebeu que o marquês havia ficado triste com a sua arte. Foi o avô que explicou a ele que mesmo as coisas mais lindas e coloridas precisam de um pouco de ordem. O menino nem ouvia. Só conseguia pensar nas tantas vezes que os seus loucos desenhos certamente haviam incomodado os outros. Tudo porque ele mudava a cara que as coisas tinham. Mas Pedro Pincel era um artista e não desistia fácil. Ele sabia que as cores eram diferentes e, mesmo assim, se misturavam. Porque as coisas não podiam se misturar ? Logo depois ele foi até o avô e o marquês e perguntou se ele podia arrumar o xadrez. Os dois, sabendo que o menino era artista e criativo, decidiram deixar. Pedro ficou fechado durante hora na sala com sua tintas e pincéis. Quando terminou, pouco antes da grande partida, chamou o avô e o marquês e apresentou o seu trabalho. Ficou um jogo maravilhoso! Agora sim dava para reconhecer os dois lados. Do lado esquerdo do tabuleiro o menino tinha desenhado uma lua e muitas estrelas de todos os tamanhos e cores. Do lado direito fez o sol, as nuvens e um arco-íris. A noite com seu olhar escuro e o dia com o seu brilho. Diferenças que a tinta e o pincel de Pedro fizeram desaparecer.
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