Projeto Alfabetização Digital  -  2007
Software Livre – Linux



INTRODUÇÃO

           Este projeto foi elaborado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila Monte Cristo, no ano de 2006, com continuidade no ano de 2007. Nossa escola se localiza no bairro Vila Nova em Porto Alegre.
            Como ocorre em muitas escolas municipais, nossa comunidade do entorno não conta com espaços públicos para lazer e/ou atividades recreativas e/ou tecnológicas. Também não contamos, na escola, com espaços para grandes atividades extraclasse, sendo assim, nosso projeto foi criado para ser executado durante o horário de aula dos alunos.
            Estas restrições são ruins e algo deve ser feito para supera-las, porém se traduziram em ganho, pois este não é um projeto onde algumas vagas são criadas, mas um projeto de maior abrangência tendo em vista que todas as doze turmas do III ciclo fazem parte. É um projeto destinado aos alunos, para que estes sejam os mediadores de seus professores no que diz respeito a esta tecnologia.

            Até 2002 o Sistema Operacional utilizado na escola era Windows que, de certa forma, era “mais fácil”, pois já dominávamos um pouco. Em 2003 a Secretaria de Educação  migrou para o Sistema Operacional Linux. Esse fato, juntamente com o despreparo dos professores da RME no que diz respeito a este novo Sistema Operacional, e a lentidão da rede no Laboratório de Informática com relação à Internet, fez com que os professores se afastassem da Informática na Escola consideravelmente.
            Mesmo antes, o Laboratório de Informática era subtilizado, pois geralmente eram desenvolvidos momentos de jogos, pesquisas na internet como uma substituição da pesquisa com livros, navegação livre e bate-papo. Os alunos achavam que sabiam tudo e os professores acreditavam que pouco ou nada sabiam.
            Ao entender e aprender a utilizar corretamente estas ferramentas, muitas portas podem se abrir para novos conhecimentos e aprendizagens.
            Os professores, que muitas vezes “não gostam de... porque não conhecem”,   teriam como aliados seus próprios alunos, os quais proporiam trabalhos e ensinariam o uso das ferramentas e programas aos seus professores.
 



OBJETIVOS

Este projeto é destinado a inclusão digital dos alunos e por conseqüência, dos professores.
Conhecer as ferramentas oferecidas pelo Linux
Interagir através de trabalhos com as ferramentas do BrOffice Texto, BrOffice Desenho,
BrOffice Apresentação,
Gimp e Composer
Autonomia dos alunos
Auxiliar os professores com estas novas tecnologias durante as aulas
Formação de alunos monitores para atuar nos ambientes informatizados




JUSTIFICATIVA

            Desde o ano de 2002, quando integrei a equipe de professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila Monte Cristo, trabalho com os alunos nas disciplinas de História e Geografia, com pesquisas na internet e construção de sites como processo e resultado final dos trabalhos. Uma das grandes dificuldades encontradas era a não autonomia na maioria dos alunos com relação a esta tecnologia. Mas com muita persistência continuávamos os trabalhos. Em muitos momentos havia um questionamento de minha parte com relação ao “tempo gasto” das aulas de História e Geografia para auxiliar e ensinar questões básicas da Informática.
            No final do ano de 2005 começaram as discussões de planejamento para o ano letivo seguinte e constatou-se que a carga horária da área de Sócio-Histórica ultrapassaria o limite previsto para uma escola do nosso porte. Um ou mais dos professores que compunham esta área de atuação deveria exercer outra função na escola, e a função aberta era a de professor itinerante.
            Este professor deveria ser o responsável pelo planejamento em conjunto com os demais professores de diversas áreas e deveria ter entradas pontuais nas turmas em determinados trabalhos juntamente com o professor titular. Mas na realidade esta função não estava acontecendo em razão dos diversos afastamentos dos professores titulares, por motivos de saúde ou cursos de formação, assim o professor itinerante passou a atuar como um professor substituto, em todas as áreas do conhecimento.
            Soma-se a este quadro o fato de que, desde o início do ano de 2005, o Laboratório de Informática estava sem um coordenador e, portanto, sem um projeto mais direcionado para os alunos e professores. A direção da escola é quem administrava este espaço com o estagiário contratado pela Smed.
            Diante disto, coloquei-me à disposição da direção para atuar como professora itinerante, não como professora substituta de alguma disciplina, mas com um projeto de informática, para que, quando houvesse uma substituição, os alunos estudassem alguns programas de informática e não uma substituição daquela disciplina. Surge assim o projeto de Alfabetização Digital.
            Uma das questões que mais me preocupa é o fato de nossos alunos terem um processo de aprendizagem tecnológica fragmentada, acharem que sabem tudo quando na verdade sabem, e muito bem, usar poucos recursos desta tecnologia e resumirem este pouco para suas vidas fora do cotidiano escolar. Ao se depararem com novas situações é que se darão conta de que não sabiam, porque não lhes foi ensinado. Temos em nossas mãos o capital humano a ser trabalhado e temos a tecnologia, com todas as dificuldades encontradas, como máquinas que deixam de funcionar, de salvar documentos, de apagar arquivos, que são muito lentas, entre outras, mas isto não é motivo para barrar a vontade de aprender e de ensinar. Outra questão que também é preocupante é o fato de que, se não explorarmos pedagogicamente esta tecnologia e nosso raciocínio diante dela, iremos, sem dúvida nenhuma, “emburrecer” nossas mentes e as mentes de nossos alunos. Este projeto visa à inclusão digital e para tal é necessário que ocorra uma aprendizagem no uso de ferramentas, programas e aplicativos.
            Da mesma forma, não creio que oficinas com poucas vagas, oferecidas para um pequeno grupo de alunos seja a solução, era necessário realizar um programa onde todos alunos tivessem oportunidade, inclusive aquele que não está interessado e/ou não quer.
            Diante disso, propus que, quando houvesse uma substituição, os alunos teriam acesso ao estudo de cinco programas do Sistema Operacional Linux que são: BrOffice-Texto, BrOffice-Desenho, BrOffice-Apresentação, Gimp e Composer.




METODOLOGIA

            Quando houvesse uma substituição de professores, os alunos teriam acesso ao estudo de cinco programas do Sistema Operacional Linux que são: BrOffice-Texto, BrOffice-Desenho, BrOffice-Apresentação, Gimp e Composer.
            Mas, o passo inicial é entender o que é o computador, os diferentes Sistemas Operacionais, os cuidados que se deve ter com os equipamentos e após, a construção de um endereço para cada turno/ano ciclo/turma/aluno, dentro da pasta “Publico”, onde estaríamos em rede dentro do ambiente informatizado. Feito isso, partimos para os programas.
            O programa BrOffice-Texto é destinado ao trabalho de redações e formatações de textos e tabelas simples. É um programa de fácil acesso, principalmente para quem já tem um conhecimento de outro programa do Windows, o Word, apesar dos vícios e costumes que adquirimos e de que não queremos nos desfazer. É um programa mais lógico e mais dinâmico, basta que tenhamos a mente aberta para aprender.
            Já o programa BrOffice-Desenho, como seu próprio nome diz, é apropriado para realizar desenhos e formatações de desenhos com diversas ferramentas. Não é destinado a desenhos à mão livre, mas pode-se arriscar a fazê-los. Este programa também é destinado à formatação de jornais, livros e revistas, pois facilita o uso de espaços com colunas, o que o  BrOffice-Texto e o Word não proporcionam.
            O programa BrOffice-Apresentaçãoé destinado a realizar apresentações de slides. É um programa muito parecido com o PowerPoint. Com seu uso, os alunos podem enriquecer ainda mais seus trabalhos. Todos os programas do BrOffice também facilitam a exportação de trabalhos para PDF.
            Gimp é um programa de criação de desenho, de edição de imagens e de pintura. Pretendemos também e prioritariamente trabalhar com imagens animadas, chamadas de Gifs animadas.
            O programa Composer que faz parte do Netscape e do Mozilla é destinado à elaboração de páginas na internet  e tem ferramentas capazes de editar cores, links entre outros, de forma bem simples e prática.
            Para cada programa a ser estudado foram selecionados pequenos tutoriais que funcionarão como “colinhas” nos momentos críticos, ou seja, quando ocorrer o esquecimento de como usar alguma ferramenta. Esses tutoriais servirão como um apoio no desenvolvimento destas aprendizagens, com o tempo eles se tornarão obsoletos, pois não terão mais utilidade para quem, de fato, já aprendeu. Apesar de ter ocorrido a troca dos programas do OpenOffice para o BrOffice, em meados de 2007, continuamos a utilizar os tutoriais do programa anterior, pois são muito parecidos. Os tutoriais do OpenOffice Texto, Desenho e Apresentação foram elaborados pelo Metrô de São Paulo, o tutorial do Composer foi elaborado pela professora Liane Matos, que é professora de Artes Plásticas da Rede Municipal e o tutorial do Gimp foi elaborado por mim, uma vez que não encontrei algum que servisse aos meus propósitos.
            Nosso planejamento consiste de duas etapas, sendo a primeira o estudo dos programas, de forma descompromissada com os conteúdos trabalhados em sala de aula. Ao término deste estudo, cada aluno do III ciclo teria sua página pessoal lincada no site da escola e estas páginas teriam como resultado os estudos realizados nos quatro programas, ou seja, um texto de apresentação, realizado inicialmente no BrOffice-Texto, um desenho ou uma formatação de trabalho no BrOffice-Desenho, uma  Gif animada e fotos desenvolvidas e editadas no Gimp e sua página elaborada no Composer.
            Após esta etapa, nosso planejamento passaria a dar prioridade aos conteúdos pedagógicos das diversas disciplinas que compõem o III ciclo de nossa escola e os alunos estariam aptos a propor aos professores projetos dos mais diversos assuntos que estariam sendo tratados em aula, desenvolvê-los e ensinar a seus professores os usos destas novas tecnologias. Neste momento eu, atuando agora como professora itinerante, também estaria à disposição dos demais professores e alunos para, em conjunto, desenvolver estes projetos. Também, neste momento seria introduzido o programa BrOffice Apresentação, para finalização dos projetos de sala de aula.
           Paralelamente ao desenvolvimento das aulas dentro do Projeto, alguns alunos foram selecionados para atuarem como monitores do Laboratório de Informática, organizados em pequenos grupos, no turno inverso ao de sua aula, para assim, auxiliar os professores de todos os ciclos nas aulas neste ambiente. Após, realizamos oficinas com os monitores a fim de que estes tivessem acesso a algumas informações e conhecimentos que não foram trabalhados durante as aulas, tais como ligar e desligar os computadores e o ar condicionado no início e término do dia letivo; o que fazer quando da falta de luz; o que fazer quando o servidor da escola está desligado; informar na agenda do Laboratório algum problema que possa ocorrer com os computadores e seus periféricos para encaminhar o conserto; detectar se a falha na internet é devido ao servidor desligado ou a um problema com a empresa de telecomunicações e encaminhar junto à direção; o que fazer quando um computador trava e/ou não salva o trabalho dos colegas; conhecer alguns jogos pedagógicos trabalhados pelo I ciclo para que possa auxiliar os professores; auxiliar na pesquisa na internet; fazer cumprir as regras organizadas pelos alunos do III ciclo para o bom andamento das aulas, bem como a organização e manutenção deste ambiente.




RESULTADOS ESPERADOS

           No decorrer deste projeto alguns resultados foram surgindo, como a formação de alunos monitores; o aumento de agendamento de professores com suas turmas neste ambiente, pois contavam, ou com seus alunos, no caso do III ciclo, ou com os monitores, no caso do I e II ciclos para auxiliarem no caso de algum problema; a autonomia dos alunos; proposição e desenvolvimento de projetos de pesquisa e construção de trabalhos; mudança de postura dos alunos; melhoria da qualidade do ensino/aprendizagem; ambiente informatizado cuidado por todos que o utilizam, aceitando e cumprindo as regras; ampliação do uso da tecnologia pelos professores.
           Além destes resultados já conquistados, esperamos que estes mesmos sejam aprofundados, assim como, cada vez um número maior de pessoas, sejam eles alunos, professores, funcionários e comunidade possam utilizar este ambiente sem o “medo de não saber” que até bem pouco tempo era dominante.




FORMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

           O acompanhamento e avaliação sistemático das aprendizagens estabelecem a situação inicial e final de cada aluno ou grupo atendido. É observado e acompanhado também o desempenho dos monitores corrigindo distorções e orientando ações. Todo este processo busca, na prática, assegurar que o projeto seja acompanhado pelo professor responsável desde o início, ao mesmo tempo em que garante que qualquer dificuldade no seu desenvolvimento seja identificada e procurada alternativas se solução e a introdução de inovações.
           Outra questão extremamente importante é a auto-avaliação realizada pelo aluno, pois o conteúdo a ser trabalhado é tão envolvente que, muitas vezes a autocrítica  realizada vem com a própria busca de solução. Como, geralmente são mais de 30 alunos em aula, nem sempre é possível atender o aluno no exato momento em que ele precisa, então a cooperação entre os colegas torna-se cada vez maior assim como o levantamento de novas alternativas.




IMPACTO ESPERADO

           Quanto mais autônomo é o aluno e participante de um projeto escolar, maior será o seu empenho nos estudos. Alguns alunos, no decorrer do processo apontam uma mudança de postura na escola e uma descoberta de saberes que antes negavam e/ou diziam que não tinham interesse.
            Alunos, que menosprezavam sua capacidade em aprender computação, apresentavam a mesma postura em sala de aula, mas, quando “descobrem” e aprendem como fazer e que é capaz, muda a forma como interagem no ambiente informatizado, em sala de aula e com seus colegas. Encontram parcerias para dialogar e crescer e interagem com colegas que antes não se aproximavam. Isto ocorre pela facilidade com que alguns alunos desenvolvem na aprendizagem neste ambiente, alunos estes que apresentavam uma auto-estima baixa pela dificuldade na escrita, na leitura e na matemática, mas que se descobre ser um excelente desenhista utilizando o programa BrOffice Desenho, por exemplo. E, mais tarde se dá conta de que para ter desenvolvido tal desenho, utilizou conhecimentos de matemática e interpretação de texto para realizar a tarefa, que foi feita sem que percebesse tal fato. Essa autodescoberta faz com que sua auto-estima aumente e chama a atenção dos colegas e dos professores que também desconheciam estas qualidades. Isso, com certeza, altera não somente o relacionamento entre os colegas, mas também o olhar dos professores e dos pais.
A qualidade técnica do projeto vem sendo demonstrada pela capacidade de realização do mesmo, o que vem ocorrendo desde março de 2006, com grande êxito. Por outro lado, o o Software Livre tem papel reconhecidamente relevante não só para a viabilização deste projeto, mas para a inclusão digital de todos os alunos da escola pública.
            Além disso, os tutoriais (em anexo), oferecidos aos alunos, apresentam qualidade técnica comprovada: dois deles foram elaborados pelo Metrô de São Paulo, instituição de reconhecida competência no uso e na disseminação do Software Livre; outros dois foram elaborados por profissionais com experiência comprovada no campo da pesquisa na secretaria municipal de ensino de Porto Alegre. O ambiente informatizado da Escola, em que os alunos realizam este projeto, oferece boas condições para estudo, está equipado com 20 computadores em rede.
            Os problemas técnicos, muitas vezes dificultam o andamento das aulas, mas não as inviabiliza. Alguns alunos e professores não conseguiam perceber que a demora da internet ocorria devido ao tipo de conexão utilizada e acabava por confundir esta lentidão com o tipo de sistema operacional utilizado. Agora nossa conexão é por rádio, bem mais rápida.
            No aspecto pedagógico, podemos afirmar que a boa qualidade está garantida tendo em vista os trabalhos dos alunos e os resultados obtidos pelos objetivos propostos, os quais vêm sendo alcançados à medida que o tempo passa.
            Dessa forma podemos dizer que o presente projeto apresenta qualidade técnica e pedagógica.




EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA EDUCACIONAL

            Este projeto entrou em funcionamento no início do ano letivo de 2006 e muitos dos resultados esperados já se concretizaram. É claro que sempre surgem novos desafios e, um deles é o aprofundamento da qualidade das aprendizagens dos alunos, bem como da professora uma vez que, como uma característica de nossos pré-adolescentes e adolescentes, é a agilidade nas questões tecnológicas. Muitos alunos já aprenderam o básico, aprofundaram seus estudos e começam a tornar-se mestres de sua professora.
           O grupo de alunos monitores pode ser considerado um dos resultados do êxito de nossa proposta. Contamos também com os alunos que se formaram no III ciclo no ano de 2006 e levaram consigo, para suas novas escolas de ensino médio e para suas novas vidas, estas aprendizagens.
           Ainda é expressivo o número de alunos e de professores que preferem o software pago, ou seja, o windows, mas percebe-se que muitos estão inserindo em seus computadores pessoais, programas do software livre, como os programas trabalhados na escola.
           Também é visível o aumento de trabalhos realizados pelas turmas, com esta tecnologia, bem como a iniciativa de professores e alunos enviarem trabalhos para serem lincados no site da escola, coordenado pela professora Jussara Oleques, assim como o Jornal Virtual. Torna-se cada vez mais claro que estes, além de perder o medo de publicar seus trabalhos e da possível crítica, percebem a importância de divulgá-los e contribuir com colegas de outras escolas.
           A autonomia dos alunos faz com que os professores percam o receio de trabalhar no ambiente informatizado uma vez que, caso ocorra algum problema e/ou o professor desconheça algum programa, seus próprios alunos auxiliaram a encontrar uma alternativa de solução.
           Para conhecer mais o Software Livre, os alunos estudaram e experimentaram as ferramentas de cinco programas: BrOffice-Texto, BrOffice-Desenho, BrOffice-Apresentação,  Gimp e Composer, interagindo entre si, auxiliados inicialmente pelos tutoriais de cada programa os quais serviram como apoio no desenvolvimento de seus trabalhos.
           Ao criar suas páginas pessoais, seus desenhos, suas gifs e seus trabalhos de pesquisa na rede, os alunos desenvolvem sua autonomia, uma vez que a tecnologia promove mais autonomia: com tantos recursos à disposição e com tantos objetivos a buscar, torna-se essencial saber definir o que é mais relevante em cada momento. Ao tomar decisões com consciência das suas necessidades, o aluno sempre acaba por desenvolver sua autonomia.
           Muitos professores do III Ciclo, em suas disciplinas, utilizam ou gostariam de utilizar o computador como ferramenta para potencializar as aprendizagens dos alunos. Como nem todos os professores dominam as ferramentas do Sistema Linux, os alunos que realizam este projeto, auxiliam seus professores com suas habilidades computacionais.
           Alguns alunos naturalmente se destacam por apresentarem mais interesse pela informática, mais responsabilidade no cumprimento de regras, são assíduos nas aulas, demonstram habilidades para trabalhar em equipe, são solidários, etc. Esses alunos estão sendo selecionados, no início do ano letivo para realizar, no turno inverso ao das aulas regulares, serviços de monitoria no ambiente informatizado da Escola.
           Assim como os alunos que se formaram no ensino fundamental no ano de 2006 levaram consigo, para suas novas escolas de ensino médio e para suas novas vidas, estas aprendizagens, os alunos que estão freqüentando o III ciclo em nossa escola também levam para suas casas e cursos que porventura façam fora da escola estes conhecimentos.
           O software livre é cada vez mais conhecido pela comunidade escolar e, apesar da ainda preferência pelo software pago, muitos já começam a inserir em seus computadores pessoais, programas do software livre, como o OpenOffice ou BrOffice, Mozilla ou Netscape, e o preferido dos alunos, o Gimp.
           Além disso, este projeto foi tema de discussão, em meados do ano passado, em vários sites, como:
http://br-linux.org; http://www.feedcollector.org;
http://www.gimp.com.br;
http://www.jundlinux.org/aggregator;
http://www.softwarelivre.ufsc.br/tiki-index.php?page=Projeto+Escola+Livre;
http://jdvod.lavid.ufpb.br/;
http://del.icio.us/silasrm/educa%C3%A7%C3%A3o;
http://www.orangeye.com/index.php?news=1&visual=1&news_id=68665&lang=pt;
http://openoffice.ca//fr/aggregator/categories/1?from=120;
http://www.pedindoarrego.com.br/m-professores-alfabetizacao.html
,
alguns deles ainda em rede.

           Outro aspecto, igualmente importante é o fato de que os professores e funcionários de nossa escola estarem solicitando oficinas de informática. No ano de 2006 realizamos uma seqüência de três encontros, o que foi pouco, mas já é possível ver resultados. Em 2007 realizamos mais uma oficina com os professores da educação de Jovens e Adultos.
           Mas o aspecto mais relevante é perceber o aumento do interesse, por parte dos professores, no ambiente informatizado, sabendo que podem contar com seus alunos.