REGISTROS DA TRAJETÓRIA INICIAL DE UMA ESCOLA

       Ellen Rivaldo Rybu
           Mirna Locatelli da Silva

Ano 2002

    A Escola Municipal Vila Monte Cristo, situada no bairro Vila Nova, em Porto Alegre, foi uma conquista da comunidade da Vila Monte Cristo no Orçamento Participativo de 1992. A obra foi realizada no período de 1993 a 1995, iniciando suas atividades escolares no dia três de abril de 95. Seus primeiros alunos eram de classes populares e, na maioria, moradores da região. Mas a história dessa escola, como se observa, inicia antes de seu funcionamento. Isso também por parte da SMED e dos seus primeiros professores. Os interessados em nela trabalhar solicitaram remanejo em 1994. Em dezembro, o Secretário-Adjunto da Educação, professor José Clóvis de Azevedo, a Supervisora de Educação, professora Fátima Baierle, o Assessor de Supervisão, professor Silvio Rocha e a Coordenadora de Recursos Humanos, Professora Virgínia Nascimento de Leães, reunidos com esses professores, propuseram construir uma proposta-político-pedagógica voltada às classes populares, que buscasse alternativas ao sucesso escolar e rompesse definitivamente com o estigma da repetência e da exclusão escolar. Uma escola não fechada em si mesmo, que construísse uma ligação íntima com a comunidade, que propiciasse práticas coletivas garantindo a participação de todos. 

    Em janeiro de 1995, reuniram-se professores e SMED (Secretaria Municipal de Educação) e nesse momento foi apresentada a professora Regina Maria Duarte Scherer, que foi convidada para a direção dessa escola e a mesma recebeu autonomia para escolher entre os professores, os demais componentes da equipe diretiva, que assim foi formada: Gilse Helena Magalhães Fortes, vice-direção; Gislaine Wurlitz Diniz, na secretaria escolar; Ellen Rivaldo Rybu, supervisão escolar e Dirce Maria Tomczak, orientação educacional. 

    Na oportunidade os professores receberam uma coletânea de material produzido pela assessoria SMED/POA, a indicação de leitura do livro Fundamentos da Escola do Trabalho, de Pistrak. Foi solicitado ao grupo que no período de férias lessem, pesquisassem materiais, autores de sua preferência e trouxessem para o primeiro encontro, que aconteceria em março de 1995.  No salão paroquial da Igreja Cristo Operário, aconteceram as leituras e discussões do regimento da Rede Pública Municipal de São Paulo, da Escola Plural de Belo Horizonte, textos teóricos sobre avaliação e organização do Complexo Temático. Nesses debates iniciais, as professoras centraram seus estudos em dois tópicos: organização da escola e organização do ensino.  O trabalho foi iniciado pela escola, apesar de estar regida pelo regimento outorgado das escolas municipais, já com outra lógica elaborada na discussão e proposta pelo grupo. Um exemplo é o dos alunos matriculados com defasagem idade/escolaridade e históricos de fracasso escolar nas 1ª e 2ª séries que foram agrupados na turma A23, realizando-se um trabalho diferenciado e direcionado para a superação das dificuldades.

    Concomitante ao processo interno que a Escola Monte Cristo realizava, participava também, junto com a Rede Municipal, na elaboração e construção dos Princípios da Escola Cidadã - processo instaurado em 1994 pela SMED e comunidades escolares - em que foram discutidas questões sobre currículo, gestão, avaliação e princípios de convivência. Nesse mesmo ano, os professores com assessoria específica de Silvio Rocha , direcionaram os trabalhos com a finalidade de resgatar o processo de construção social do conhecimento, onde a realidade contextualizada fosse constantemente problematizada para que houvesse uma intervenção consciente por parte da comunidade escolar. Esse processo viabilizou uma educação cada vez mais próxima das classes populares, tornando-os co-autores, cidadãos e principalmente não excluídos da escola.

        O ano de 1995 foi um marco para a comunidade escolar, que construiu a proposta político-pedagógica da escola, o regimento escolar, constituiu o primeiro Conselho Escolar e elaborou também seu regimento interno. Ainda no final desse ano, foi eleita a primeira equipe diretiva por voto direto da comunidade escolar; bem como a equipe auxiliar da ação educativa , mediante apresentação de projetos específicos, conforme regimento escolar, eleita pelo segmento de professores. Os professores entenderam que esta escola deveria trabalhar com uma proposta de ensino capaz de romper com o ciclo vicioso da exclusão e repetência da escola tradicional. Nesse momento vieram os questionamentos: o que poderia ser mantido? O que deveria ser modificado? O que havia de significativo? De que forma a comunidade participaria? Que relações se estabeleceriam entre esse novo espaço, que era a escola e a comunidade? Ao mesmo tempo perceberam que romper apenas parcialmente com a lógica do processo não significaria todas as mudanças necessárias. Discutir currículo, avaliação, gestão e princípios de convivência é pensar educação. Parecia contraditório dar continuidade à estrutura seriada, também viciada da escola tradicional, historicamente constituída; parecia, então, fundamental alterar.

          A estrutura de ciclos foi proposta pelo grupo, que se baseou, nesse particular, na cidade de São Paulo (gestão Erundina) e em Belo Horizonte. Buscando respostas aos questionamentos, os professores que discutiam a organização e propuseram novas formas de estruturação na escola. Desde ações simples até as que mexiam na ossatura maior da escola, como a Avaliação dos alunos. Mudou-se o antigo sinal, sirene, sineta para o uso de música. Músicas diferentes para diferentes momentos. Para os inícios dos turnos a música deveria ser um clássico, uma música calma, reflexiva. Não há sinais nas trocas de períodos, ocorre apenas pelo controle do professor, nos recreios músicas a gosto dos alunos, sugestões ou suas próprias fitas, CD´s.

          Mudanças que deveriam resgatar a participação da comunidade: foram propostas as comissões de trabalho, que, além de contar com a participação de todos os segmentos, deveria organizar e dinamizar o cotidiano da escola. Comissões que foram chamadas de Comissão Social; Ambiente, Saúde e Bem-Estar; Cultural; Comunicação e Esportiva. Entre as atividades planejadas pelas comissões podemos citar algumas: plantio coletivo de mudas de árvores nativas, feira do livro, edição do jornal da escola, a Gazeta Estudantil Monte-cristense, campanha do agasalho, atividades culturais diversas. Atividades que foram elaboradas e executadas na escola em diferentes dias e momentos e que estavam em consonância com o Complexo Temático desenvolvido.

         O processo de identidade dos alunos foi desencadeado através da escolha do nome das turmas, construção das regras de convivência da sala, local de encontro no pátio e a convivência de todos os alunos dos diferentes ciclos em todos os espaços da escola. A gestão da escola não deveria ser discutida apenas pelo Conselho Escolar e Equipe Diretiva, deveria ter também a participação dos pais; para desenvolver essa idéia pensou-se no Conselho de Pais Representantes, conselho eleito anualmente, entre os pais das turmas, no mínimo um pai/mãe ou responsável, que receberiam regimentalmente a atribuição de discutir, analisar, sugerir alternativas para a escola, além da atribuição de participar das avaliações da turma como um todo.

        Dando continuidade ao processo de organização da escola, no ano de 1997, foram construídas e aprovadas em assembléia de alunos e professores/funcionários os princípios de convivência da escola e eleição do grêmio estudantil, primeira gestão. O grêmio estudantil começou a atuar em 1998, quando os alunos estudaram, leram, aprofundaram a discussão sobre o que era um grêmio estudantil e construíram o regimento interno.

         A organização do ensino, então 1º Grau, estruturou-se em ciclos de formação, visando assegurar ao educando a continuidade do processo ensino-aprendizagem, considerando o seu ritmo e suas experiências de vida, adequando conteúdos e métodos aos seus estágios de desenvolvimento. Posteriormente ao processo da escola, a lei 9394/96 - de diretrizes e bases da educação nacional- possibilita organizações diferenciadas em seu artigo 23:

A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternâncias regular de períodos de estudo, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

          Em 1995, após discussão e defesa pela escola, o Conselho Municipal de Educação, no Parecer nº 021/95, pronuncia-se favorável à implantação da proposta pedagógica diferenciada denominada Proposta Político-Educacional para Organização do Ensino e dos Espaços-tempos na Escola Municipal de 1.° Grau Vila Monte Cristo e no Parecer nº 003/96 aprova o Regimento Escolar e Bases Curriculares, para classes do I, II e III ciclos para a escola Vila Monte Cristo. Conselho Estadual de Educação no Parecer n.° 83/19.00/96.2 autoriza o desenvolvimento, por 4 anos, da experiência pedagógica Proposta Político-Educacional para Organização do Ensino e dos Espaço-tempos, na Escola Municipal de 1.° Grau Vila Monte Cristo.

     I ciclo, estudam as crianças de 6, 7 e 8 anos, período que abrange a infância.

     II ciclo os pré-adolescentes de 9, 10 e 11 anos.

     III ciclo, período característico da adolescência, os jovens a partir dos 12 anos.

          O currículo apoia-se nas fontes diretrizes, que dão fundamento aos conteúdos do processo de reestruturação curricular:

       Diretriz Sócio-Antropológica : essa fonte-diretriz ajuda-nos a conhecer a comunidade, na qual a escola está inserida. É o diagnóstico sócio-econômico-cultural junto a comunidade e aos alunos. Conhecimento do meio, para que o conteúdo a ser trabalhado seja oriundo do contexto.

         Diretriz Sócio-Psicopedagógica : características da idades no ciclo, correlação dos ciclos com as idades, contribuições sócio interacionistas/construtivistas, relação entre desenvolvimento e aprendizagem, processo de formação de conceitos, desenvolvimento cognitivo-lingüístico, sócio-emocionais e psicomotor.

         Diretriz Epistemológica : contribuições acumuladas e disponíveis nas diferentes áreas do conhecimento, ao longo da história.

         Diretriz Filosófica : dada pela proposta da escola enquanto unidade de ensino, que passa pela visão de homem, sociedade e educação.

       A organização do ensino se dá através do Complexo Temático, proposição de Silvio Rocha, a partir da incorporação das idéias de Paulo Freire sobre tema gerador, às teses da Escola do Trabalhador, de Pistrak.  Rocha (1994) propõem um decálogo como roteiro de trabalho:

   1.    Investigação de interesses do coletivo em cada ciclo.

   2.   Definição dos complexos no coletivo do ciclo.

   3.   Formulação de princípios por área de conhecimento e de cada ciclo.

   4.   Elaboração do plano de trabalho da área do conhecimento e de cada ciclo.

   5.   Compatibilização e reelaboração no coletivo do ciclo.

   6.   Seleção do conjunto de idéias que serão trabalhadas por ano em cada ciclo.

   7.   Plenária de socialização do que cada ano selecionou.

   8.   Definição coletiva das linhas de ação.

   9.   O coletivo da escola busca ou insere parcerias no processo.

   10.  Problematização da realidade.

         O aprendizado é o centro do trabalho escolar e se dá através deste decálogo, que é um processo dinâmico no qual as quatro áreas do conhecimento organizam as aprendizagens, estabelecendo relações dando significado ao conteúdo, sem seguir uma listagem previamente estabelecida.

        A base curricular está organizada em quatro áreas do conhecimento:

       Expressão - Língua Portuguesa e Literatura, Língua e Cultura Estrangeira: Francês, Espanhol ou Inglês, Educação Física e Arte-Educação: Música, Teatro e Artes Plásticas;

        Ciências Físicas, Químicas e Biológicas;

        Ciências Sócio-Históricas e Culturais: História, Geografia e Filosofia;

        Pensamento Lógico-Matemático.

        No decorrer do I ciclo os alunos tem aulas de Educação-Física e Arte-Educação: Música, Artes Plásticas e Teatro, no II ciclo além destas disciplinas os alunos vivenciam a Língua e Cultura Estrangeira: Francês, Espanhol e Inglês. No III ciclo os alunos escolhem uma das linguagens artísticas e uma língua estrangeira para aprofundar no decorrer dos três anos deste ciclo.

      Na organização dos ciclos, há, também, as turmas de progressão que atendem os alunos com defasagem entre idade e escolaridade, com dificuldades de aprendizagem, e alunos com necessidades educativas especiais abrangendo as diferentes dimensões. Realiza também como função, proceder a adaptação de alunos provenientes de outras escolas ou sem escolaridade. Permite que os alunos avancem para uma turma ano ciclo, a qualquer momento, desde que apresentem condições de continuar sua socialização e estudos.

      De 1995 até hoje a escola já organizou várias turmas nestas características, muitos movimentos de alunos foram realizados. Turmas reorganizadas, alunos avançaram para ano/ciclo; algumas com projeto específico, nas demais ocorreram progressões adequando a vida escolar do aluno.   A maioria dos alunos que freqüentam as turmas de progressão também são alunos do Laboratório de Aprendizagem, cujo trabalho é específico, desenvolvido em pequenos grupos, para auxiliar na superação das diferentes dificuldades de aprendizagem. Os professores utilizam recursos variados, de acordo com a necessidade do aluno. O laboratório de aprendizagem é estruturado um por ciclo de acordo com a política de redimensionamento de recursos humanos de 1997, da Secretaria Municipal de Educação. Todavia, para atender a demanda, realizar todos os ajustes nas diferentes regiões da cidade, para alunos ainda com essas características, o ideal seriam dois laboratórios por ciclo.

       Outros alunos freqüentam a Sala de Integração e Recursos (SIR), que atende os alunos com necessidades educativas especiais e que necessitem de um trabalho pedagógico complementar e especializado. O número de vagas por escola é determinado pela SMED, de acordo com o número de alunos do I ciclo e turmas de progressão. Consideramos que este número deve ser revisto e aumentado, pois há grande demanda, e necessitamos não apenas incluir, mas integrar. Nesse ponto, constatamos a falta de uma estrutura no municipio, em termos de saúde e assistência social, que respalde e agilize os encaminhamentos específicos feitos pelas escolas.

        A proposta pedagógica conta com o apoio do professor itinerante na condução do processo ensino-aprendizagem, mais especificamente, no desenvolvimento pedagógico em sala de aula, no processo de avaliação cotidiana e permanente do aluno. Este professor é parte do coletivo do ciclo, planeja e desenvolve ações com os demais professores. Suas funções foram idealizadas para atender as diferenças existentes nos inúmeros grupos de alunos, tanto em sala de aula como em outro espaço da escola. A escola organiza o espaço-tempo deste professor para que ele atenda e participe mais tempo do trabalho nas turmas de progressão. Entretanto, esse professor tem sido cada vez mais descaracterizado em sua função devido à demanda imposta pela dificuldades de recursos humanos. A biblioteca da escola constitui-se como um espaço de cultura, informação, lazer e leitura. Além de atender alunos, professores e funcionários, atende também a comunidade da Vila Nova. Têm um número elevado de atendimento por dia, sejam de empréstimos domiciliares, de material bibliográfico, de procura para consultas na escola. 70% dos alunos estão inscritos para o empréstimo de livros, revistas e gibis. Esse setor desenvolve, na escola, vários projetos culturais, entre eles: o Rodacultura, o Boletim Informativo, o Correio Escolar, a estante itinerante, a caixa-estante, livros por temas, a contação de histórias e a hora da leitura. Além de seu acervo de livros, possui uma hemeroteca - com assinatura de revistas e jornais, gibiteca, mapas, cd-rom, fitas de vídeo e fitas-cassetes.

       Após a realização da primeira pesquisa sócio-antropológica na comunidade em 1995, verificamos que a comunidade da Vila Monte Cristo não conta com nenhuma estrutura de lazer, cultura ou diversão. Com esse diagnóstico, a escola direciona seu fazer para atender mais essa demanda da comunidade, tornando-se um pólo cultural da região. É desenvolvido na escola, em parceria com a Secretaria Municipal da Cultura, o projeto Cultura Pura Aqui, que ocorre quinzenalmente, em dois momentos: um para o público infantil, à tarde, e outro para o público juvenil e adulto, à noite. As atividades são diversificadas, há apresentações teatrais, cinema, shows musicais, espetáculos de dança, etc.

         Além do projeto Cultura Pura Aqui, a escola desenvolve seus próprios projetos, como o grupo Porto Açoriano, com a coordenação da professora Gislaine Wurlitz Diniz, que trabalha a cultura e os costumes açorianos, com os alunos do II e III ciclo. O grupo Porto Açoriano já se apresentou em diferentes momentos e eventos desenvolvidos pela cidade de Porto Alegre e da Secretaria Municipal de Educação. Há complementos curriculares nas áreas de artes plásticas e fotografia, em que os alunos aliam o fazer específico a uma vivência e intercâmbio com artistas e espaços culturais da cidade. São estabelecidas parcerias com as diferentes instituições da comunidade e da cidade, na tentativa de atender todos os anseios, dificuldades e necessidades da comunidade escolar.

      Os professores participam dos momentos de formação e planejamento da escola e realizam suas próprias formações, além dos Seminários Nacional e Internacional, organizados pela SMED. Em parceria com a SMED, com a Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a escola está realizando o curso: "Diferenças na escola e possibilidades educativas", ministrado pelo professor Claudio Batista. Foi também realizado com a Faculdade de Educação o cursos de extensão: Alternativas de inclusão de crianças, jovens e adultos na escola pública - as interfaces da pesquisa / extensão e o ciclo de palestras "Letramento ", "Oralidade" e "Mídia e Educação".

         A escola hoje está organizada em três turnos, atende o Ensino Fundamental e o Serviço de Educação de Jovens e Adultos. Conta no seu quadro funcional com 74 professores, 15 funcionários, 5 estagiários e atende entre os turnos da manhã, tarde e noite, 1186 alunos distribuídos em 42 turmas. Oferecemos aos nossos alunos complemento curricular de Fotografia, Teatro de Sombras, Espanhol, Artes Plásticas, Atletismo, Voleibol e Projeto Porto Açoriano.

         Entendemos que o processo de construção da proposta político-pedagógica da Escola Municipal Vila Monte Cristo foi um avanço em educação na cidade. A idéia da escola por ciclos está ligada a uma concepção de escola diferente da escola que está aí, é uma escola que pensa sua própria prática pedagógica relacionada a realidade e aos diferentes momentos e movimentos que nela perpassam.

        A Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre tornou-se referência no estado, no Brasil e para estudiosos de outros países. Apesar disso não podemos compactuar com a idéia de que essa proposta seja redentora da educação. Há muitas dificuldades sendo vivenciadas no cotidiano de cada escola, e na nossa escola em particular. Apontamos caminhos, contribuindo para o sucesso dos educandos numa perspectiva de construção da cidadania, autonomia e participação de todos.  Acreditamos que muito se fez, entretanto, consideramos que ainda necessitamos redimensionar e qualificar a escola para que, além da superação formal do fracasso escolar, se possa realmente efetivar as aprendizagens de que todos somos capazes.

Referências bibliográficas:

ESCOLA MUNICIPAL VILA MONTE CRISTO. Proposta político-pedagógica. Porto Alegre, 1995
________________________________________. Regimento escolar. Porto Alegre: SMED, 1995
PISTRAK. Fundamentos da escola do trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1981
REVISTA PAIXÃO DE APRENDER. Ensino por ciclos: alternativa para o sucesso escolar. Porto Alegre: SMED, dez/ 1995
ROCHA, Silvio. Uma organização possível a partir de uma perspectiva dialética do currículo. Porto Alegre: SMED, 1994

        Hoje,  maio de 2006, a Escola que cresceu consideravelmente em número de alunos e profissionais,  está organizada com  equipes de professores, estudando outros referenciais teóricos, discutindo Gestão, Inclusão, Currículo e Avaliação para, durante este ano letivo, reformular o Regimento Interno,  recontruir a Proposta Político-pedagógica e os  Princípios de Convivência,  atualizando-os no tempo, atendendo às novas demandas da Comunidade Escolar, levando em consideração sobretudo sua trajetória de acertos e conquistas.