Lá
pelas décadas de 60/70, a
minha avó, que era zeladora de escola recebeu uma homenagem de
um jornalista –
Adel Carvalho – em jornal de circulação na cidade. Essa
reportagem terminava assim:
“Isso é um incentivo, uma esperança, aos que sonham com
épocas melhores. Quando
cada cidadão for na realidade, um bom zelador da PAZ e da ordem
da comunidade,
já o paraíso terreno não será tão
utópico como parece hoje. Não será certamente
para D. Amélia (minha avó), mas para seus netos, quem
sabe?”
Bem,
o que a reportagem tem a ver com o futebol? Eu
vou explicar que agora, no ano de 2006, em que sou professora, elegi,
junto com
meus alunos, o projeto a ser estudado e eles sugeriram que fosse o
futebol.
Até
aí tudo bem. Fomos estudar regras, times, jogadores,
estádios, enfim, tudo o
que o assunto sugere. Combinamos
que iríamos tentar a visita aos estádios dos dois maiores
times gaúchos: o
GRÊMIO e o INTERNACIONAL.
Agora
eu entendo porque temos tanta guerra de torcidas, tanta falta de PAZ em
alguns
espetáculos de futebol. Onde
fica o espírito desportivo, o respeito às
diferenças de opções: religiosas, de
partido político, sexuais e outros? Será
que o “NAZISMO” prevalece junto do futebol? Não
é o que vemos na Copa do Mundo. Ainda bem!
Espero
que o FUTEBOL, bem como outras atividades que envolvam a sociedade,
consiga
ensinar aos seus torcedores que as pessoas não valem pela
camiseta que elas
vestem, nem pela cor do seu time ou dos seus torcedores, mas sim pelo
fato de
estarmos participando com alegria e respeito das mais simples
manifestações de
VIDA. E
que, já que os netos de minha avó ainda não
usufruíram o “paraíso terreno”, que
pelo menos os meus netos acreditem e vejam que o RESPEITO e o
CONVÍVIO COM AS
DIFERENÇAS são fundamentais para as
relações humanas em sociedade. |