Dança do Congo - É uma dança
teatralizada que tem lugar na gravana, ao ar livre, realizada durante as festas
religiosas e populares. Cada grupo de Dança do Congo é constituído
por uma seção musical (três ou quatro tambores, flautas
e canzás) e um número variável de figurantes, todos
eles hábeis dançarinos: o capitão congo, o logozu, o
anju môlê (anjo que morreu), o anju cantá (anjo cantador),
o opé pó (figura que executa diversas acrobacias), ulogi
o feiticeiro, o zuguzugu (ajudante de feiticeiro), três ou quatro bobos,
o djabu (diabo) e dez a dezoito soldados dançarinos.
ÚSSUA - Dança de salão,
de grande elegância (uma espécie de mazurka africana), em que
os pares são conduzidos por um mestre de cerimônias, ao
ritmo lento do tambor, do pito doxi (flauta) e da corneta. Todos os dançarinos
usam trajes tradicionais: as mulheres saia e quimono, xale ou pano de manta;
os homens trazem chapéus de palhinha e usam no braço uma toalha
bordada (que serve para limpar o suor do rosto).
DEXA - Típica da ilha do Príncipe
de raízes angolanas. Ao ritmo de um tambor e de uma corneta, diversos
pares executam danças de roda. As letras são quase sempre humorísticas,
e implicam uma réplica da parte do visado. A dexa é dançada
durante horas inteiras, apenas com ligeiras modificações.
PUITA E D'JAMBI - Provavelmente com raízes
angolanas, a puita é uma dança fortemente erótica, em
que o tambor avança de forma frenética, obsessiva, sensual,
pela noite dentro. Homens e mulheres formam filas indianas e, à mistura
com alguns semi rodopios, fazem entrechocar os corpos de forma sexualmente
explícita. Quando um parente deixa este mundo é de praxe executar-se
uma puita em sua homenagem. A falta de cumprimento a este ritual pode ocasionar
desventuras na família. Mas a puíta é tocada em muitas
outras ocasiões, sendo uma das formas de música mais populares
em São Tomé.
BLIGÁ (ou jogo do cacete) - É
um misto de dança e jogo lúdico, em que a destreza e o vigor
fisico se aliam a uma sofisticada corporalidade e gestualidade que fazem por
vezes lembrar certas artes marciais orientais. O bligá (que significa
brigar) foi certamente, tal como a capoeira no Brasil, um modo de os escravos
exercitarem uma arte de autodefesa sem que as autoridades disso se apercebessem.
SOCOPÉ - Os grupos de socopé
são sociedades musicais com estandarte e fardamento próprio,
organizadas segundo uma rigorosa estrutura hierárquica, que vai
do Presidente aos sócios (os "membros" e as "membras"). As músicas
têm um ritmo bastante lento, quase em tom de lamento, e os textos servem
na maior parte das vezes para expor os principais problemas da comunidade
ou para fazer crítica social ou de costumes.
CABETULA - Estilo de dança executado
na região de Luanda em ocasiões festivas mas propriamente no
período carnavalesco, por essa razão por vezes é conhecida
como a dança do Grupo Carnavalesco União mundo da Ilha.
STLEVA E TLUNDU - O stleva e o tlundu são
as únicas representações teatrais musicadas que não
acontecem durante a gravana.
SUNGURA - Dança usual entre os povos
da região sul de Angola (região do Huambo e Bié), também
executada em cerimónias e rituais tradicionais, normalmente dançado
em grupo.
DANÇAS DE SALÃO - As danças
de salão, mais conhecida por Kizomba, é uma dança executada
preferencialmente em festas e cerimoniais, alias, Kizomba significa festa.
Começou a ser executado nos Centros Recreativos e Culturais dos subúrbios
luandenses e praticado nos primórdios por dançarinos profissionais
no tempo colonial (tendo se generalizado nos dias de hoje), provavelmente
entre as décadas de 60 e 70.
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