Racismo no Mundo
Racismo
A abolição da escravatura em 13/05/1888, orientada
a partir dos interesses brancos, veio na verdade inaugurar uma nova situação
de exclusão e subordinação para comunidade negra
brasileira.
Não foi à toa que, concomitantemente à abolição,
a elite de intelectuais brancos brasileiros buscou pensar a nova realidade
do país por meio de teorias racistas, importadas da Europa.
O regime da segregação racial (Apartheid) terminou
oficialmente com a primeira eleição multiracial, em 1994, mas
deixa a pesada herança das desigualdades sociais, após uma
década de experiência democrática. Persistem os altos
índices de pobreza, criminalidade e desemprego entre a população
negra na África do Sul.
A População e o Apartheid
Em 1994, a população
da África do Sul
era de 41,7 milhões de habitantes,
sendo 74% negros, 14% brancos, 9%
mestiços e 3% asiáticos (indianos
principalmente).
Até recentemente,
os brancos mantinham ferrenha
política de segregação
racial , denominada APARTHEID, segundo
a qual a população negra
não tinha os mesmos direitos
que os brancos, ou seja, os homens
não eram iguais perante a lei;
era a segregação racial institucionalizada,
que praticamente negava ao negro a
condição humana.
Em 1953 foi publicada
a lei de recreações, que
estabeleceu biblioteca, escolas, praias e parques
separados para brancos e não-negros.
No grupo dos não-brancos eram incluídos,
além dos negros, os mestiços
e os asiáticos, também vítimas
da segregação racial.
Esse regime de
segregação racial foi criado para
controlar a maioria negra, com
finalidade de manter um modelo econômico
desenvolvido pelos brancos e
calcado na exploração da força
de trabalho negro.
Alguns números expressam
muito bem o resultado de longos
anos de APARTHEID. Até meados da década
de 90, existiam na África do
Sul aproximadamente 750 mil piscinas,
privilégio praticamente exclusivo dos brancos,
o que significava a média de
uma piscina para duas famílias
brancas. Ao mesmo tempo, havia cerca
de 10 milhões de pessoas, quase
todas negras, sem acesso a água
potável.
Nessa mesma época,
das pessoas com curso universitário,
84% eram brancas e apenas 7,5% eram
negras. Enquanto entre os brancos o
índice de analfabetismo era insignificante
(apenas 1%), 50% dos negros eram analfabetos.
Também em ralação
à questão educacional, na década
de 50, o governo sul-africano instituiu
a Educação Bantu para os negros,
que era inferior à educação
oferecida aos brancos, chegando-se ao ponto
de não ensinar matemática para
os estudantes negros, pois "isso não
fazia parte de sua cultura".
Quanto à renda
per capita, atualmente a dos brancos
está na faixa dos 7.000 mil
dólares , enquanto a dos negros
é de cerca de 600 dólares.
A taxa de mortalidade dos negros é
74 por mil e as dos brancos
10 por mil.
Apartheid
Em 1948, os brancos da África do Sul aprovaram várias
leis: impediram os negros de votar, de ser donos de propriedades rurais
e de ir aos lugares freqüentados pelos brancos. Proibiram também
o casamento entre brancos e negros. Nem namorar podiam! Era um regime
oficial de preconceito racial, que ficou conhecido como apartheid
(lê-se "apartáid").
O mais importante líder negro da África do Sul, Nelson
Mandela, ficou 28 anos na prisão, de 1962 a 1990. O Apartheid
durou até 1994, quando Mandela foi eleito presidente e todas
as leis de separação entre negros e brancos deixaram
de existir.
A Ku-Klux-Klan - Estados Unidos
Com origem na atuação de veteranos confederados
sulistas dos Estados Unidos desde 1865, a fundação da
Ku-Klux-Klan ocorre dois anos depois em Neshville, com o objetivo de
impedir a integração dos negros como homens livres com
direitos adquiridos e garantidos por lei após a abolição
da escravidão.
Como sociedade secreta racista e terrorista, a Ku-Klux-Klan,
também conhecida como "Império Invisível do Sul",
era presidida por um Grande Sacerdote, abaixo do qual existia uma
rígida hierarquia de cargos dotados de nomes sinistros como
"grandes ciclopes" e "grandes titãs". O traço característico
de seus membros era o uso de capuzes cônicos e longos mantos
brancos, destinados a impedir o reconhecimento de quem os usava. A
intimação contra os negros atingia também em
menor escala brancos que com eles se simpatizavam, além de
judeus, católicos, hispânicos e qualquer forasteiro que
se posicionasse de forma contrária aos interesses da aristocracia
sulista.
A prática de terror dava-se desde desfiles seguidos
por paradas com manifestações racistas, até linchamentos,
espancamentos e assassinatos, passando ainda por incêndios de
imóveis e destruição de colheita.
Raça
Os seres humanos têm antepassados comuns. Mas alguns
grupos, vivendo distantes de outros por muito tempo, desenvolveram
características de pele, olhos, lábios, altura e cabelo,
por exemplo, que fazem deles pessoas assemelhadas entre si, mas mas
diferentes de outros grupos. Basicamente, isto cria as raças.
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