ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL
 GABRIEL OBINO

 
Av. Ludolfo Boehl,  1402

Bairro Glória

CEP 9172 0150

Fone: (51) 3315 5928

e-mail

emef.gabrielobino@smed.prefpoa.com.br




São duas crianças lindas,
Mas são muito diferentes
Uma é toda desdentada
A outra cheia de dentes...
Uma anda descabelada,
A outra é cheia de pentes!
Uma delas usa óculos,
E a outra só usa lentes
Uma gosta de gelados,
A outra gosta de quentes
Uma tem cabelos longos,
A outra só corta rentes.
Não queiras que sejam iguais,
Aliás nem tentes!
São duas crianças lindas,
Mas são muito diferentes!

 (Ruth Rocha)


HISTÓRICO DA ESCOLA

    Em 28 de julho de 1987, o Decreto Municipal nº. 8958 autoriza a criação do CIEM - Centro Integrado de Educação Municipal , publicada no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, em 30 de julho de 1987, com sede no Município de Porto Alegre, na rua Eng. Ludolfo Boehl,s/n, Vila Sevita, Bairro Glória. A escola tem autorização para funcionamento com implantação gradativa de séries, através da Portaria /SE nº 22.978, de 18/11/88, mantida pela Secretaria Municipal de Educação, nos termos da Legislação Federal, Estadual e Municipal em vigor. Neste período, foram implantadas 14 turmas, do Jardim de Infância à 4.ª série do Ensino Fundamental. Ainda naquele ano ocorre a inauguração da biblioteca da escola, com o apadrinhamento do escritor Carlos Urbim.
    Em 1990, a escola é nomeada Escola Municipal de 1.º Grau Gabriel Obino e
são implantadas as 5.ª e 6.ª séries.
    Em 1991, a SMED é autorizada a desenvolver o “Projeto de Experiência Pedagógica em Educação Básica de Jovens e Adultos”, visando a possibilitar a garantia de uma educação básica em caráter supletivo. Ness e ano, também é implantada a 7ª série no diurno e, no ano seguinte, a 8.ª série.
    De acordo com o Decreto Lei nº. 1167/97, Unidade Escolar passou a
denominar-se Escola Municipal de 1º Grau Gabriel Obino", está situada na rua Eng. Ludolfo Boehl,1402, Bairro Glória , CEP.91720-150, telefone 3315-5928. Neste ano, o SEJA começa a ser desenvolvido em etapas denominadas Totalidades I niciais ( T1, T2 e T3).
    Em 1998, inicia-se um novo período, no que se refere à organização curricular: a escola é, nesse momento, organizada por Ciclos de Formação, e o Ensino Fundamental passa a compreender 3 níveis: A, B e C.
Conforme o Decreto 12.905/00, a Instit uição passou a denominar -se Escola
Municipal de Ensino Fundamental Gabriel Obino. Neste ano, o SEJA é ampliado,
criando-se, então, as Totalidades Finais (T4, T5 e T6). Tal fato representou o primeiro mérito alcançado pela comunidade através do Orçamento Participativo.
    Em 2001, ocorre a primeira conquista da escola através de participação no
OP/ SMED. Movimento esse que propiciou a implantação de diversas oficinas, as quais começaram a ser desenvolvidas fora do horário de aula e aos finais de semana. A partir do referido ano, foram-se aprimorando e ampliando tais atividades.
    Em 17 de setembro de 2005, a escola adere ao “Projeto Abrindo Espaços – Escola Aberta”, uma parceria da SMED/ MEC/ UNESCO, a fim de qualificar as atividades de finais-de-semana.
    Em 2008, a E.M.E.F. Gabriel Obino possui 46 turmas divididas em três
turnos de funcionamento, tendo em torno de 1150 alunos e aproximadamente 100 profissionais.
    Em 2011 a E.M.E.F. Gabriel Obino possui 36 turmas divididas em três turnos de funcionamento, Laboratório de Aprendizagem (atendimento em grupos – dois pela manhã e um à tarde); Oficina de Leitura e Produção Textual (atende quatro turmas); Oficina de Lí ngua Estrangeira (atende quatro turmas); Mais Educação, atende três grupos; Atletismo (atende duas turmas); Oficina de Ginástica Artística (atende duas t urmas), Oficina de I nformática EJA, atende diferentes grup os; Hora do Conto – atende as diferentes turmas, Escola Aberta – atende a comunidade aos sábados e domingo.


FILOSOFIA DA ESCOLA

    A filosofia da E.M.E.F. Gabriel Obino f undamenta-se na formação do ser na sua integralidade, na compreensão e respeito a seus valores, a sua cult ura; na valorização do conviver solidário e responsável, através de uma aprendizagem significativa e prazerosa, na qual o ser humano constrói seu conhecimento, desenvolve o seu pensamento crítico, a fim de atuar e transformar o meio social, cultural e político em que vive.


PRINCÍPIOS

A escola deve assumir a sua função de ensinar e aprender, garantindo:
* a construção do conhecimento humano, científico e cultural;
* a prática da interdisciplinaridade, visando a transdisciplinaridade, com ênfase na valorização da vida, abrangendo as diversidades cult urais, sociais, religiosas, étnicas dos sujeitos da educação;
* a formação continuada de todos os professores e incorporar recursos
tecnológicos para acompanhar o processo de ensino e aprendizagem;
* a prática da ética, da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum;
* os direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática;
* igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

* a liberdade de aprender, a capacidade de pensar, de ensinar, de pesquisar e divulgar cult ura, desenvolver o pensamento, a arte e o saber ; habilitando o aluno a aplicação desses conhecimentos visando a melhoria da sua condição humana;

* o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
* o respeito à liberdade e apreço à tolerância;
* a valorização de todos os profissionais envolvidos na ação educativa;
* espaços de aprendizagem para a complementação do trabalho pedagógico;
* a gestão democrática do ensino público, na forma da Lei e da Legislação dos sistemas de ensino;
* a formação continuada para a qualificação da prática educativa;
* a valorização da experiência extra- escolar;
* o acesso e apoio educativo, bem como o acompanhamento sistemático e especializado aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais(NEE);
* a vinculação entre a educação escolar, a realidade sócio-histórica- cultural e as práticas escolares.
* o acesso à educação de jovens e adultos, respeitando a idade mí nima de ingresso.
* atividades extracurriculares na forma de Oficinas e Projetos que ofereçam apoio
educativo e complemento curricular à nível cult ural, esportivo, humanístico e lúdico.


DIAGNÓSTICOS E NECESSIDADES DA ESCOLA QUE QUEREMOS



Diagnóstico

Necessidade

1. Pouca comunicação entre a escola e as famílias.

* Estimular a participação da comunidade na vida escolar, através de seminários, palestras e torneios.

* Buscar maior integração com a comunidade escolar estabelecendo relações de parceria.

* Mutirão: pais, alunos professores e funcionários para manutenção e conservação do ambiente da escola.

2. Problemas em relação à segurança,às drogas e agressi vidade.

* Trabalhar com a formação de valores.

* Buscar maior integração com a comunidade escolar.

* Ter um SOE atuante junto ao corpo docente/discente, capaz de ações educati vas sistemáticas nas salas de aula.

3. Conteúdo Programático da escola está um pouco distante da realidade.

*Organizar momentos de socialização de práticas pedagógicas

* Desenvolver o gosto e o prazer de ensinar e de aprender.

* Aproximar o contexto atual mundial de nossa realidade.

*Dar continuidade à política de implantação de oficinas.

* Garantir que o trabalho com a produção textual, a lei tura e o raciocínio lógico façam parte do cotidiano do alunado.

*Proporcionar situações em que o aluno desenvolva suas potencialidades e habi lidades

4. Ofertar ati vidades de complemento/educati vo.

* Dar continuidade às políticas de oficinas na escola, propondo avaliação de necessidades e de resultados.

* Continuidade dos projetos: Mais Educação, Robótica, Leitura e

Produção Textual, Projetos de complementação de carga horária.

5. O ambiente físico da escola está descuidado.

*Trabalhar com a formação de valores.

* Melhorar as atitudes dos alunos no ambiente escolar.

* Saber utilizar os recursos disponí veis na escola.

*Ambiente li mpo, organizado e harmonioso.

6. O processo de avaliação não está claro.

* Deve-se rever o processo de avaliação escolar e os instrumentos de avaliação, levando em conta todos os aspectos (participação, trabalhos e desempenho da aprendizagem dos alunos)

7. A estrutura e a

organização da escola

já não correspondem às necessidades da comunidade.

8.Relação aluno x professor

9.Grêmio Estudantil

* Comprometi mento com o papel do educador, buscando ensino de

qualidade, sendo o aluno/ aprendizagem o objeti vo principal

* aperfeiçoamento contínuo através de encontros e palestras.

* Promover encontros dos representantes do Conselho Escolar e seus pares.

* Possibili tar por meio de trabalhos coleti vos, que os setores e serviços da escola sintam-se responsáveis por suas ações e

comprometidos com suas atribuições.

* Realizar reuniões pedagógicas mais qualificadas e objeti vas e, sobretudo, inseridas em planejamento da escola.

* Solicitar junto à SMED a continuidade de carga horária

para que setores e ser viços sejam mantidos, também no turno da noite.

* Orientar melhor os alunos em relação aos setores e ser viços

à sua disposição.

Respeito, autoestima, estímulo a aspectos posi ti vos.

Aluno ter espaço democrático, criativo, participati vo, para expor suas idéias, desenvolver sua cidadania.

REFERENCIAL TEÓRICO

    As concepções pedagógicas que embasam o presente PPP contribuem para a clareza dos princípios e dos objetivos que aqui estão descritos.
    Conhecer as idéias de diferentes pensadores da educação sobre o processo
de aprendizagem dos alunos favorecem o aprimoramento das atividades escolares, bem como auxilia o educador a refletir sua prática pedagógica.
Emília Ferreiro (1979) é a vanguarda no processo de alfabetização sugerindo que o professore diagnostique o que os alunos já sabem antes de iniciar o processo de alfabetização, sendo um preceito básico.
    Segundo Freinet, a interação entre o professor e o aluno é essencial para a
aprendizagem. O professor consegue essa sintonia levando em consideração o conhecimento dos alunos, fruto de seu meio. A escola deve ser um espaço ativo e cooperativo.
    Conforme Paulo Freire é necessário passar por um intenso diálogo entre
professor e aluno, numa perspectiva dialógica. O conceito da Escola Cidadã (que prepara o aluno para tomar decisões) e a necessidade de cada escola ter um projeto pedagógico que reconheça a cult ura local, vislumbrando também conhecer, respeitar e conviver com a cultura global para at uar na sociedade, ratifica tal prerrogativa.
    Para Gardner, a escola deve valorizar as diferentes habilidades dos alunos,
atendendo as diferenças individuais favorecendo o desenvolvimento de diversas inteligências, onde o aluno seja levado a resolver problemas e a refletir sobre eles. Portanto, o conhecimento resulta das ações e interações do sujeito com o ambiente onde vive.
    Todo o conhecimento é uma construção que vai sendo elaborada desde a infância, através de interações do sujeito com os objetos que procura conhecer, sejam eles do mundo físico ou cult ural (PIAGET).
    Para Vygotsky, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque constrói
conhecimentos e se constit ui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com os outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos,
papéis e f unções sociais, o que permite a constituição de conhecimentos e da própria consciência.
    Portanto, apropriamo-nos de vertentes teóricas que considerem a interação
entre o professor, aluno, conhecimento e o mundo em que vivemos, uma característica fundamental no processo de ensino e aprendizagem.

CONCEPÇÃO DOS PROFESSORES

    Os professores da E.M.E.F. Gabriel Obino, atuando como educadores e mediadores do processo de ensino e de aprendizagem, estimulam a curiosidade para resolver sit uações-problemas, o desejo de novas descobertas frente a novos desafios.
  Ao professor é atribuída a função de criar as condições mais favoráveis de aprendizagem do aluno, no desenvolvimento de competências e habilidades, onde o conteúdo é visto como meio para ampliação das capacidades do aluno.
    A proposta pedagógica da escola baseia-se na idéia de que o aluno constrói
conhecimentos de forma ativa e participativa, na interação com o meio, construindo significados e atribuindo sentido ao mundo que o cerca. A característica fundamental desta concepção é a relação de interação que se estabelece entre o aluno, o conhecimento e o professor.

8. METODOLOGIA DE ENSINO

    A metodologia de ensino abrange situações de aprendizagem, fundadas nos princípios científico e filosófico da escola, em que são valorizados os conhecimentos prévios e o saber local. Compreende, também, a interação entre aluno e seus objetos de conhecimento, mediados pela ação pedagógica e didática do professor. Tal metodologia visa ao desenvolvimento das habilidades e competências necessárias à formação de um ser humano capaz de se posicionar, de interagir, de interferir na realidade socioeconômica e cult ural, que, além disso, saiba fazer uso de senso crítico e de construir progressiva autonomia.
    Deve, também, proporcionar o acesso ao saber local, regional e universal da humanidade, nas diferentes áreas do conhecimento. Portanto, essa metodologia deve oportunizar um planejamento interdisciplinar que possibilite aprendizagens significativas que contemplem o 'APRENDER A SER, A CO NVIVER, A VIVER, A APRENDER E A FAZER '.
    Isso posto, afirmamos que nossa ação pedagógica fundamenta-se na construção do conhecimento do sujeito-cidadão que oportunize experiências enriquecedoras, onde o ambiente escolar favoreça a curiosidade, a pesquisa, a criatividade e a ampliação das potencialidades físicas, sócio-afetivas, intelect uais e éticas.

PLANEJAMENTO DA AÇÃO PEDAGÓGICA

    O Planejamento da Ação Pedagógica é elaborado pelos professores responsáveis de cada componente curricular, de acordo com os objetivos definidos para cada Ano- Ciclo ou Totalidade de Conhecimento (no caso da EJA), em conformidade com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN , sempre balizados pelas habilidades dos alunos.
    O Planejamento da Ação Pedagógica é a organização detalhada dos componentes curriculares, projetos e atividades, atribuindo-lhes tempo, abrangência e intensidade. Tal planejamento deve levar em conta os conteúdos programáticos de cada componente curricular e a distribuição do tempo escolar, sendo elaborado de acordo com a legislação vigente, a partir da realidade, com ênfase na transdisciplinaridade e na participação dos diversos segmentos da comunidade escolar.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

    A proposta curricular da Escola Gabriel Obino é dinâmica e flexí vel, possibilitando um trabalho transdisciplinar, context ualizado e desafiador que favoreça a construção do conhecimento e a relação entre a aprendizagem e a realidade. O currículo é, desse modo, decorrente do equilíbrio entre as forças filosóficas, políticas, sociais e pedagógicas que o constit uem.
    A organização curricular contempla uma ampla diversificação de estudos,
que estimulam a construção do conhecimento, o raciocínio, a experimentação, a solução de problemas e outras competências, oferecendo opções, de acordo com as características dos alunos e com as demandas do meio social.
    O currículo possibilita, portanto, situações de ensino e de aprendizagem, em
consonância com os princípios filosóficos da escola.
    A obrigatoriedade das temáticas referentes à História, às cult uras afro-brasileira e indígena, conforme a Lei nº 11.645 de 10/03/08, devem estar inseridas nos conteúdos dos componentes curriculares; em especial, nas áreas de Arte- Educação, de Literatura e de História Brasileira.

AVALIAÇÃO

    A avaliação é um processo contínuo e participativo, considerando a estreita relação com o planejamento e com o replanejamento de estratégias de ensino, permitindo que objetivos e ações, referentes a cada segmento da comunidade escolar, possam ser redimensionados, a fim de que se qualifique o atendimento e o desenvolvimento do processo de aprendizagem.

* AVALIAÇÃO DO EDUCANDO

    A avaliação consiste num conjunto de procedimentos realizados de forma contínua e sistemática no processo pedagógico e desempenha as funções diagnóstica, prognóstica e investigativa. Esse funcionamento tanto informa a situação em que o aluno se encontra, no que se refere ao desenvolvimento de suaaprendizagem em diferentes períodos do ano letivo, quanto oferece subsídios para uma permanente reflexão e ação, caracterizando, desse modo, a avaliação como um processo qualitativo, processual, dinâmico e interativo.