ETNIA POLONESA


Cultura

    A cultura polonesa está presente não apenas na gastronomia, na música, nas danças, nas manifestações artístico-culturais de seu povo, mas também na religiosidade.

    Os centro religiosos sempre foram de suma importância para o povo polonês. Em 1382, com a fundação do mosteiro dos Monges Paulinos, em Monte Claro, iniciou-se a devoção a Nossa Senhora de Czestochowa de Jasna Góra, virgem negra, a rainha e padroeira da Polônia.

    Conhecida como Madona Preta, a pintura da Mãe Santificada e o Jesus Criança foi realizada pelo evangelista São Lucas. A pintura, segundo a história, teria sido feita sobre uma tábua de mesa usada por Maria de Nazaré.

    O aprendizado da língua de origem, faz parte do fortalecimento dos laços culturais dos poloneses. Em Rio Grande, um grupo de descendentes, residentes na cidade, assistem semanalmente aulas de língua polonesa.

Música

    Na cultura musical polonesa, pode-se dizer que o compositor Frederyk Chopin é a expressão musical do romantismo polonês da primeira geração (nascidos entre 1800–1820), que teve seu trabalho reconhecido mundialmente.

Danças

    São várias as danças polonesas, muitas delas, praticadas nos salões dos Centros de Tradições Gaúchas, como é o caso da “Polonaise”. Entre as danças polonesas destacam-se:
Polonez – dança nobre, teve origem com as cerimônias de coroação de Henrique III na Cracóvia. São de Chopin as mais belas “Polonaises”. É considerada a dança nacional da Polônia pela sua altivez, majestade, gentileza e romantismo.
Mazur – dança rural. A mazurca não é apenas uma dança, é um poema nacional, que retrata o sentimento patriótico polonês.
Lubelski – caracteriza-se por uma variedade de danças, influenciada por diversas etnias da região “Lubelski”, considerada região ímpar da Polônia em relação ao folclore. A dança apresenta passos fáceis, movimentos simples e coreografia variada.
Wilkopolska – é dançada em festividades comemorativas, casamentos.
Kujawiak – é uma dança de índole romântica, de ritmo lento, próprio para os namorados.

Culinária

    Os pratos poloneses são tradicionalmente fortes. As carnes, especialmente as de porco, são consumidas em forma de bifes, guisados, assados e embutidos. As aves, carneiros e peixes complementam o cardápio de proteínas essenciais.

    A batata é um prato nobre e de uso diário, enquanto o pão é quase sempre feito em casa.
Não faltam, nas cozinhas polonesas, as conservas de pepinos e repolho azedo chamado de “Kapusta Kiszona”. Como prato principal, destaque para o “Zaskz Jablkami”- pato recheado com maças.
No banquete popular devem ter de sete ou nove iguarias, entre elas:
Pierogi – pastéis de farinha de trigo, queijo ou requeijão e batatas, cozidos em leite e servido ao molho de manteiga, de toucinho, cogumelos secos ou mostarda.
Korowaji – pão grande de farinha de trigo, redondo e enfeitado com tranças e marrequinhos da mesma massa.
Chleb razowy – broa integral feita de centeio ou trigo sarraceno.


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Conto Polonês

O dragão

 

                Após um ano ótimo, com colheita de todos os tipos de frutas e verduras, quem chegou ao país do príncipe Krak foi o azar. Os homens que cuidavam das ovelhas, dos bois e das galinhas, na hora de colocar todos os animais para dormirem, sentiam a falta de muitos deles. E esse desaparecimento a cada dia ia ficando maior. Depois dos animais, começaram a sumir crianças, jovens e adultos. Tudo isso já não tinha mais explicação. Ninguém sabia o que estava acontecendo.

                Um dia então, um belo jovem que estava indo pegar algumas ervas na beira do rio, que ficava abaixo do morro, viu coisas estranhas. Havia ossos espalhados do lado do rio até o alto do morro. Quanto mais alto o morro ficava, mais ossos ele encontrava. Foi subindo, subindo, olhando sempre  pro chão. Quando chegou bem no alto daquele morro, olhou para frente e deu de cara um dragão gigante!  Para sua sorte o dragão estava  dormindo, senão já teria comido ele inteirinho. O dragão era coberto de escamas verdes e amarelas. As suas patas eram grossas como troncos de árvores e ainda brilhava.. O jovem não sabia se  saia de mansinho pra não acordar o dragão ou se corria dali de uma vez. Resolveu fazer os dois juntos.. do jeito que conseguiu.

                A novidade se espalhou por todo o reino do príncipe Krak e todos já tinham certeza de que os animais e as pessoas que sumiram foram devoradas pela fera. O povo do reino pediu, desesperado, para o príncipe tomar uma decisão muito rápida. Que matasse aquele dragão de uma vez! Não podiam mais perder os seus familiares e animais.

                O príncipe logo arrumou todo o seu exército para lutar com o bicho. Mas foram poucos os que conseguiram sobreviver. Todas as idéias que ele teve de matar o dragão não adiantaram de nada. Quando todos já achavam que aquele era o fim do reino, que todos morreriam na barriga do dragão, o príncipe teve uma idéia genial: aquele que matasse o dragão se casaria com a princesa Wanda e ainda ganharia a metade  do reino. Vários homens foram ao castelo, muitos até tentaram derrotar o dragão, mas isso era impossível! Ou quase impossível...

                Até que apareceu um jovem moço, ajudante de sapateiro, com cabelos loiros e olhos brilhosos. O nome dele era Skuba. Ele disse que tinha descoberto um jeito de matar o dragão.

                Pediu ao príncipe uma ovelha bem gorda. Matou a ovelha, abriu a barriga dela e dentro colocou enxofre e alcatrão. Fez isso porque queria que o dragão ficasse com sede. De noite, quando o dragão estava dormindo, ele colocou a ovelha perto do rio. No outro dia pela manhã, uma terrível explosão acordou a todos. É que depois de ter engolido a ovelhinha, o dragão ficou com muita sede, foi ao rio e bebeu muita água. Tanta água que a sua barriga ficou grande, enorme e...BUM !!! Explodiu. Os pedaços de seu corpo ficara ficaram por todos os lados. Assim o povo estava fora de perigo. O sapateiro casou com a princesa e todo o reino viveu feliz para sempre.