PROJETO MOSAICO LÚDICO-CULTURAL

Existe um único lugar onde o ontem e o hoje se encontram,  se reconhecem e se abraçam,
e este lugar é o amanhã.  (Eduardo Galeano)


Instituição Proponente e Executora
Escola Municipal Vila Monte Cristo
Instituição Parceira
Faculdade de Educação/Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Coordenadora Geral
Profa. Regina Maria Duarte Scherer - Escola Mun. Vila Monte Cristo
Coordenadora Adjunta
Profa. Gilse Helena Magalhães Fortes - Escola Mun. Vila Monte Cristo
Coordenadora pela Instituição Parceira
Profa. Marie Jane Soares Carvalho - Faculdade de Educação/UFRGS

Equipe coordenadora e executora - professores
Ana Cristina Fontes Colameo
Carla Inez Lima de Freitas
Dirlene Maria Bueno Marinon Martins
Jane Silva da Luz
Jussara Fernandes Oleques
Lisiane Laitano Goettert
Mara Helena Campos do Amaral
Maria Cristina Rousselet de Alencar
Maria Luiza Oliveira da Cruz
Nádia Teresinha Bruxel
Rafael Guerra Baião
Rita de Cássia Beck Nassif
Rosa Maria de Oliveira Graça


O projeto "Mosaico Lúdico-Cultural" contempla ações com vistas a potencializar
a cultura da paz. O slogan do projeto será
"Paz sim, violência não".
 

OBJETIVOS CENTRAIS
.
instituir econsolidar 27 ações integradas de formação para o lazer coletivo e ativo dos jovens nas áreas esportivas, artísticas e de comunicação;

formar jovens agentes multiplicadores das diversas aprendizagens das áreas de formação para que atuem na sua vida e nos seus espaços cotidianos, visando mudanças de atitudes pessoais e coletivas. Esta formação é fundamental para se efetivar o protagonismo juvenil, que se caracteriza pela participação dos jovens de modo ativo, construtivo, comprometido e solidário na sua comunidade;

realizar pesquisas e contribuir na formação de pesquisadores juniores, ao mesmo tempo despertar o espírito científico de estudantes do Ensino Fundamental com a instituição de bolsas de iniciação 
científica juvenil;

estabelecer parcerias com segmentos da sociedade, em especial com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul que tem o poder de reconhecer ações e conferir intitulamentos socais;

qualificar o espaço físico em razão da sua necessidade na Vila Monte Cristo, carente de espaços
públicos e coletivos.

As 27 ações, propostas em forma de oficinas e complementos,
distribuem-se em três núcleos:
Núcleo Esportivo
Núcleo Artístico
Núcleo de Comunicação
As ações atingem:
464 jovens formados diretamente no projeto;
1250 jovens nas ações multiplicadoras;
em torno de 5000 pessoas da comunidade nas
       ações  multiplicadoras.
           Desejamos estabelecer a cultura da paz cotidianamente desenvolvendo a tolerância, a mediação dialógica, a convivência respeitosa, a criatividade dos jovens na utilização do seu tempo de lazer, o espírito propositivo realizado por meio de ações multiplicadoras e da consolidação de valores que priorizem o bem comum e o interesse coletivo. Acreditamos que o projeto tem o poder de intervir na mudança da cultura, envidando uma transição criadora na vida desses jovens que se propagará nos seus grupos específicos, na sua família e na comunidade como um todo.
         A região da cidade de Porto Alegre que o Projeto se propõe a atingir, Vila Monte Cristo, está inserida no Bairro Vila Nova (zona sul da cidade) com uma área de 10km² e população de 30.772 habitantes. A baixa densidade demográfica é em razão que parte da Vila Nova é ainda considerada como zona rural. Entretanto o núcleo urbano concentra uma densidade alta que afeta qualitativamente o modo de vida das pessoas com poucos espaços públicos para o lazer. Em relação aos equipamentos coletivos o bairro possui dez praças sendo que apenas uma possui infra-estrutura planejada para atender o lazer de diferentes faixas etárias. Todavia nenhuma das dez praças está nas proximidades da Vila Monte Cristo.
               A renda do bairro fica em torno de 3,5 salários mínimos com uma porcentagem expressiva de famílias percebem até 1 salário mínimo. Há focos no bairro de alto empobrecimento,principalmente nas áreas onde foram assentadas as famílias que viviam em condições precárias em outros pontos da cidade. A Vila Monte Cristo foi um dos locais que recebeu esses assentamentos. Nas avaliações realizadas por setores da Administração Municipal, a Vila Nova é uma das comunidades mais atuantes no Orçamento Participativo da cidade, tendo priorizado no orçamento principalmente os investimentos em infra-estrutura e saneamento básico.

            A vida de jovens e adolescentes nas periferias urbanas das cidades industrializadas, em geral, e na Vila Monte Cristo, em particular, é marcada pela exposição a diferentes graus de violência que vão desde as agressões verbais cotidianas (simbólicas, racistas, sexistas, etc.), passando pelo confronto intergrupos (envolvendo gangues, porte de armas e drogas), chegando, não raras vezes, a desfechos fatais. Entre as muitas razões que explicam a violência, no que diz respeito à nossa realidade, destacamos a baixa renda da maioria das famílias, a escassez de espaços públicos, a exigüidade do espaço livre no entorno das casas, a insuficiência de equipamentos coletivos, a inexistência desses equipamentos num raio que pode chegar a três quilômetros de distância ponto a ponto na Vila Monte Cristo, a dificuldade de acesso das famílias aos bens culturais e os efeitos decorrentes desta exclusão.

         Esses são alguns fatores ligados à própria organização do espaço público na cidade e à distribuição dos equipamentos coletivos que dificultam aos jovens investirem o seu tempo livre em atividades construtivas, voltadas ao bem comum. A par das muitas experiências de lazer e organização social que a municipalidade desenvolve nas microrregiões do Orçamento Participativo em Porto Alegre; na Vila Monte Cristo, a escola é o principal equipamento coletivo e para onde converge toda a expectativa de formação e oferta de atividades culturais para a comunidade. Nos últimos anos, a Escola, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, promoveu 175 acontecimentos culturais abertos à comunidade, entre os quais destacamos os espetáculos do 8° Porto Alegre em Cena (2001).

             Na área acadêmica, a Escola mantém relação estreita com a UFRGS na pesquisa e na formação continuada dos educadores. Na área dos projetos, há outras parcerias como, por exemplo, o reconhecimento da ação da Escola que veio por ter sido uma das vencedoras no Concurso "Sua escola a 2000 por hora" do Instituto Ayrton Senna em 2001, com o projeto "Da boca pra dentro".
        Há atividades novas e outras que já são realizadas pela Escola desde sua fundação. Nossa proposta é organizá-las em torno de um propósito comum: a educação para paz. As vivências a serem proporcionadas, pelo projeto, serão geradoras aprendizagens com repercussão multiplicadora e permanente na vida desses jovens.

         A proposição do trabalho, ao focalizar as dimensões do social, do corpo, da fantasia, da imaginação e da cognição de forma integrada, permite que essas sejam catalisadoras de energia criativa a favor de uma cultura de paz em ação, na qual os vínculos de coletividade e interesses comuns sejam fortalecidos.
Ao mesmo tempo, ao replicar e multiplicar essas aprendizagens, esses jovens se potencializam como agentes de mudança na vida das pessoas da comunidade, gerando impacto de difícil medida imediata, mas certamente de alcance a longo prazo.

       Nossa meta fundamental é que a cultura da paz tenha impacto subjetivo em cada jovem,alterando valores que consolidem a priorização do bem comum e do interesse coletivo. Entendemos que a cultura da paz em ação se estabelece quotidianamente por meio do exercício da tolerância (por exemplo: em desentendimentos interpares não usar agressão verbal ou física, não ofender os colegas chamando-os pela cor, permitir que as meninas participem de diferentes jogos mesmo não tendo a habilidade dos meninos), da mediação dialógica (por exemplo: usar a palavra e a argumentação educada para resolver os conflitos e exercitar a paciência para ouvir e esperar sua vez) e da convivência respeitosa (por exemplo: dizer as palavras mágicas - obrigado, com licença, por favor).

        Acreditamos que o projeto tem o poder de intervir na mudança da cultura, envidando uma transição criadora na vida desses jovens que se propagará nos seus grupos específicos, na sua família e na comunidade como um todo.


METODOLOGIA EMPREGADA 
             O projeto é constituído por duas grandes áreas, a de formação e a de convergência multiplicadora. Dessa forma, as aprendizagens realizadas nos diversos complementos serão recriadas e desdobradas em ações que sublinham o protagonismo juvenil dentro da escola e comunidade.
            
A
metodologia a ser empregada tem como eixo central a atenção a afirmação da subjetividade juvenil. Conseqüentemente, os procedimentos das atividades principais estarão consoantes a essa linha comum, adquirindo contornos diferenciados conforme as especificidades de cada uma (diversos complementos, pesquisa, multiplicação e replicação). Os complementos (em forma de oficinas) possuem desenhos didático-pedagógicos próprios, com projetos aprovados no Conselho Escolar. A área de formação inclui a continuidade de complementos já existentes na escola.



 

 

Núcleo artístico 1. Interanimação teatral Alunos em situação de risco emocional e intelectual a partir de 9 anos 2 grupos 3h/semanais  30 Vagas Implantação
2. Grupo de teatro Alunos dos 12 anos em diante, incluindo adolescentes da comunidade 1 grupo 3h/semanais 15 Vagas Existe desde 2001
3. Teatro de animação Alunos entre 9 e 11 anos 1 grupo 3h/semanais 20 Vagas Existe desde 1997
4. Fotografia Alunos a partir de 9 anos de idade 3 grupos 3h/semanais 45 Vagas  Existe desde 1997
Implantação de mais um
5. Grafitagem Alunos a partir dos 12 anos, incluindo ex-alunos e jovens da comunidade 1 grupo 3h/semanais 15 Vagas Existe desde 1996
Caráter de grafitagem em 2002
6. Canto coral Alunos de variadas idades desde o I ciclo 2 grupos 2h/semanais 30 Vagas Implantação
7. Flauta Alunos a partir de 9 anos de idade 2 grupos 3h/semanais 40 Vagas Existe desde 2000

 

Núcleo de comunicação 12. Francês Alunos a partir de 9 anos de idade 1 grupo 2h/semanais 20 Vagas Existe desde 1995
13. Inglês Alunos a partir de 9 anos de idade 1 grupo 2h/semanais 20 Vagas Existe desde 1995
14. Espanhol Alunos a partir de 9 anos de idade 1 grupo 2h/semanais 20 Vagas Existe desde 1995
15. Publicações Alunos a partir de 9 anos de idade 1 grupo 2h/semanais 15 Vagas Existe em outro formato desde 1995
16. Rádio escolar Alunos a partir de 9 anos de idade 1 grupo 2h/semanais 15 Vagas Existe em outro formato desde 1995
17. Informática Alunos a partir de 13 anos 1 grupo 2h/semanais 20 Vagas Existe desde 1996

Núcleo esportivo

8. Handebol Alunos a partir de 9 anos de idade 2 grupos 2h/semanais 56 Vagas Existe desde 1998
9. Voleibol Alunos a partir de 9 anos de idade 2 grupos 2h/semanais 48 Vagas Existe desde 1998
10. Corrida
Salto em altura
Salto à distância
Alunos a partir de 9 anos de idade 2 grupos 2h/semanais 60 Vagas Existe desde 1998
11. Equipes escolares Alunos a partir de 9 anos de idade 3 grupos de atendimento, um por modalidade 120 Vagas Existe desde1998

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