A TOSCANA DE CADA UM


Um dos filmes de que mais gostei, e gosto muito de rever, é "SOB O SOL DA TOSCANA". É um romance simples que trata, de forma delicada, das mudanças de rumo que a vida dá e como lidamos com elas. Há tristeza e alegria, sol cálido e neve, sorrisos e lágrimas e, principalmente, uma "travessia" (o Milton que me perdoe a intimidade!).

A protagonista sofre com o repentino final de seu casamento e vive uma "vida sem vida" por um tempo, mas amigas (sempre elas), convencem-na a viajar para Toscana, num inacreditável e delicioso "Tour Gay". Lá, muito além das paisagens bucólicas, são as pessoas que a contagiam com sua aparente "insana" forma de viver a vida: "normale". As mudanças que acontecem nessa interação é que fazem o final mágico do filme. O que mais me agrada, ao assistir SOB O SOL DE TOSCANA, é perceber como nossa vida tem suas  próprias trilhas e o quanto ficamos, muitas vezes, estáticos frente às curvas em nosso caminho, talvez porque  não tivemos amigos como os do filme  para dar as passagens e aquele empurrãozinho  acompanhado de "coragem, amiga".

São tantas as vezes em que somos impelidos, por opção ou "tropeção", a sair de onde estamos física e emocionalmente para trocar de vida, de pensamento, de lugar ou de gosto, que  toda vez que conseguimos ser diferentes, ser melhores, nos sentimos um  estrondoso sucesso em nossa própria bilheteria. Parece que todos temos, em nosso caminho, a nossa "Toscana"  e, quem sabe, seja muito bom poder visitá-la um dia, não para mudar nossas vidas, mas para mostrar a ela o que fizemos de nós mesmos e comemorar da maneira mais gostosa: normale.

Dirlene Marimon

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