XIII FEIRA DO LIVRO
 
AEm 200 Feira do Livro da Escola teve por lema
Livro: Eu já me apaixonei por um...

A inventividade da Rosinaura e da Silvana sacudiu a Escola com XIII Feira do Livro em que alunos, pais, professores, funcionários e comunidade escolar provaram que não é difícil ficar apaixonado por um livro.


- Livro de cabeceira -
Qual é seu escritor favorito? Que livro teve mais influência em sua trajetória?
 Que romance você levaria para uma ilha deserta? Na tradicional mesa de fechamento da Flip (Paraty/RJ), uma seleção de autores de destaque na programação responde a essas perguntas a partir da leitura de trechos de clássicos da literatura universal para o público. E você, professor da Monte Cristo, também pôde responder a essas perguntas. Veja as respostas abaixo!


Por qual livro já te apaixonaste?

Escrever sobre um livro pelo qual já me apaixonei??!! Um??! Tão logo eu, que de tantos livros que já me apaixonaram, sou quase uma “ promíscua literária”??!

A coleção “Fábulas Encantadas” (coletânea de autores)que minha mãe comprou de um vendedor na porta de casa, que me fazia ficar horas olhando as figuras e imaginando uma história antes mesmo de saber ler. Depois eu soube que tinha “A pastorinha e o limpa-chaminés”, “Os sete cisnes encantados” e uma guria prá lá de encantada também. “Feliz Ano Velho”, na adolescência, lido em uma noite, noite à fora. E que me deixou menos “certinha” ou melhor, encerrou a fase das “fábulas”.  O princípio do fim”, do Philip Wylie, que me avisou de problemas com questões ambientais há uns 25 anos atrás...putz. Toda coleção “Momentos Íntimos”(que tinha muito mais tempero que as “Sabrinas” da vida) e as dezenas de romances espíritas que me empolgaram como um romance-policial nas férias de verão. “A Ilha das Três Sereias” do Irving Wallace ou “ No País das Sombras Longas”  do Hans Ruesch que me apresentaram outras culturas e possibilidades de pensar, sentir e ver a vida. “Cem Anos de Solidão” do Gabriel Garcia Marquez que me fez ter certeza de que tudo pode mesmo...
“Divã”, da Martha Medeiros. Tem que ler para saber.

Já me apaixonei pelo Universo dos vampiros (da Anne Rice ao André Vianco), humanos ou nem tanto, vingativos ou solitários, mas muito, muito sedutores. Entretanto, se tiver que destacar uma paixonite bem recente, sem nenhuma pretensão, apontaria o livro “Marley e eu” de John Grogan. Ele conta sobre a relação de um casal com um cachorro muito maluco e afetivo que, como diz o autor, sofria de déficit de atenção e hiperatividade. É divertido e emocionante, proporcionando momentos de muita ternura. Para gargalhar e chorar e acreditar que dá para ser ainda um pouco mais amorosa com tudo o que me relaciono.

Acredito  que, como uma trilha musical que embala muita história, a vida da gente tem sua própria “trilha literária”, sem prazo de validade estabelecido para viver estas paixões.
Um livro só??! Sem chance... (Dirlene Marimon - professora)



“Você é insubstituível” do Augusto Cury, porque fala do amor pela vida que existe em cada um de nós seres humanos. E nos mostra fatos que nunca pensei e que me ajudou a entender que a luta pela sobrevivência começa quando começamos a participar do maior concurso do mundo, da maior corrida de todos os tempos. A corrida pela vida disputada pelos espermatozóides para fecundar o óvulo. Nascemos vencedores. Hoje vencer não é não cometer erros e faltas, mas reconhecer nossos limites e corrigir nossas rotas. (Miriam  - professora)



Estou apaixonada, sim, por um livro : “Quando Nietzsche chorou” de Irvin D. Yalom.
Apaixonada porque ele chegou no momento certo e me permite analisar através da história da psicanálise, juntamente com a filosofia, aspectos da minha própria vida; do consciente e do inconsciente... Ele está me dando “assistência intelectual”...
Estou muito apaixonada e sei que jamais irei esquecê-lo!! (Patrícia Guevara – professora)


Isso é uma coisa difícil para mim...Gosto tanto de ler que escolher um livro apenas, nossa, é muito difícil! Já li tantos maravilhosos!! Cada livro nos transporta para diversos lugares e também nos trazem novas descobertas. Bom, mas alguns marcaram mais... Como gosto bastante de romances espíritas, um que eu adorei foi “Esmeralda” da Zíbia Gasparetto. É uma história comovente, que trata sobre a vaidade e o orgulho. Tudo quando é demais causa dor e prejuízo.

Tenho tantos livros bons... Nossa, dá até para abrir uma biblioteca...Até já tenho várias associadas...hehe. Como diz minha amiga Dirlene, temos um “tráfico” paralelo de livros...é um troca-troca sem fim...Cada livro passa por cerca de quatro ou cinco pessoas diferentes... É um rodízio muito bom... Acho isso ótimo!! Assim  conhecemos melhor as colegas e fortalecemos nossos laços de amizade.

Só mais um... “A vida é feita de escolhas”. Acho que o título já diz tudo.
Espero ter feito meu tema de casa a contento...hehe (Vírginia Funchal – professora)



Já me apaixonei por mais de um ao mesmo tempo. Não sou muito fiel.
Citarei Perdas e ganhos de Lya Luft porque não traz as pieguices de um livro de auto-ajuda, já que a narrativa parte do registro de entrevistas, mas traz esperança e faz lembrar: que apesar de termos sofrido as maiores perdas, a felicidade é possível, o amor é possível; que não existe só desencanto e traição, mas também ternura, amizade, compaixão, ética,  delicadeza; que somos responsáveis e inocentes pelo que acontece conosco; que somos autores de boa parte de nossas escolhas e omissões.    (Jussara Oleques - professora)



Foi o livro “Grande Sertões Veredas” de Guimarães Rosa. Porque o havia lido aos 21 anos, achei horrível, chato... Quando reli aos 38 anos foi uma releitura orientada que possibilitou-me perceber e apaixonar-me pela presença gritante da oralidade regional, apresentada através de uma narrativa descritiva e do diálogo. Foi muito interessante observar a proximidade que há entre o leitor, o narrador e o mundo sertanejo.
“Mire, veja o que a gente é: mal dali, a um átomo... Despedir-me dá febre.” (p.52)
Guimarães Rosa mostra um mundo narrado na perspectiva do narrador questionando o bem e o mal.
Com uma linguagem regional, Guimarães mostra o mundo paralelo que há na imagem do homem universal: com sentimentos, amor, apego à terra, origens e reflexões até encontrar-se. “ Viver é muito perigoso.” ( p.16) (Simone Rosa – professora)


“Ratos e homens”, de John Steinbeck, além de todos os outros do autor. Tem que ler.  É filosofar sobre o ser. (Lenora – professora)


Que livro tu levarias para uma ilha ou praia deserta?

Eu levaria “O Dia do Curinga”, do escritor norueguês Jostein Gaarder, o mesmo autor de “O Mundo de Sofia”. Não por coincidência, ambos os livros trazem temas filosóficos, ótimos para quem ainda é leigo no assunto.“O Dia do Curinga”, apesar de ser um livro que fala sobre filosofia, não é monótono, pois ele leva-nos a um mundo cheio de aventuras, sem sabermos se ele é de verdade ou de mentira. Ao mesmo tempo, nos questionamos sobre a nossa existência: será que nós realmente a compreendemos? Não do livro tiramos a resposta a essa pergunta mas, sim, de nós mesmos.
Por que não voltar das férias com a mente totalmente renovada e, quem sabe, com uma visão melhor do ser humano? Tal livro nos proporciona tudo isso, é uma deliciosa, divertida e intelectual leitura para quem não tem medo de se redescobrir e aprender um pouco mais, mesmo que nas férias.
(Carmem Jecy M. B. Xavier - professora)



“Cien años de soledad”, de Gabriel García Márquez. Porque quero incluí-lo na minha coleção de clássicos da literatura hispano-americana.    (Glória – professora)



Certamente “Toda Mafalda” de Quino seria uma grande companhia numa ilha deserta.
Ao lê-la parece que conheci uma nova amiga. Ela é divertida, faz pensar e é super atual. Em alguns quadros, ou melhor, tiras, senti até pena dela, fiquei triste com situações “vividas” por ela. Algumas tiras retratam bem o nosso dia-a-dia, dúvidas e as que se referem à educação são ótimas.
Sugiro a leitura a todos!   (Lene Rösing – professora)



O livro O Código Da Vinci, de Dan Brown, porque ele é envolvente, misterioso e relata situações que nos obriga a questionar sobre determinadas descobertas.   (Iolanda – professora)



“Deus Negro”, de Neimar de Barros. Porque, quando preciso, procuro por ele.
 (Beatriz Araújo – professora)



Levaria qualquer livro de Georges Simenon. Adoro o estilo. São livros de investigação pessoal.
 (Maria Conceição – professora)



Levaria o livro “O Segredo”  Rhonda Byrne (física quântica) para trabalhar práticas sugeridas. Uma ilha deserta seria um clima ótimo para isso. (Maria Helenita Bernal – professora)


Qual foi o livro inesquecível para ti?    

Todos os do Erico Veríssimo. Foram leituras da adolescência e encantaram...”Tenda Vermelha”, “Diálogos de Platão”.     (Cláudia Pinto – professora) 



A grande casa de Deus, de Max Lucado. (Maria Luzia – professora)



Que livro é muito especial na tua vida?

Vários foram especiais, mas lembro com carinho dos livros de Herman Hesse, entre eles “Sidartha”. “Sidartha” foi especial porque foi um dos meus primeiros contatos com conceitos de fé oriental.
 (Mara Amaral – professora)


"El amor en los tiempos del cólera", de Gabriel García Márquez. É um livro fascinante e descreve um beijo de amor entre duas pessoas velhas, algo muito especial.  (Ana Cristina Colameo – professora)



Muitos são epeciais! Citarei alguns, que lembro agora, por duas razões:

1. pelo puro prazer que a Literatura dá:
- Fernanda Lopes de Almeida, Todos os livros do Mário Quintana,  toda a obra infantil de Monteiro Lobato, Sentimento do Mundo e Alguma Poesia, de Drummond, quase todos os da Lya Luft, Entre quatro paredes - Jaime Lerner, Morangos mofados - Caio Fernando Abreu, As meninas - Lygia Fagundes Telles, A fada que tinha idéias Poema sujo - Ferreira Gullar, Os olhos de Borges - Jaime Vaz Brasil, entre outros.

2. porque me ajudaram a formar uma visão de mundo próxima da que tenho hoje e completamente diferente da educação que recebi no contexto escolar, ginasial, no ensino médio, à exceção de uma professora (levada ao quartel militar em 67 para interrogatório), e da sociedade em geral:
Feliz Ano Velho - Marcelo Rubens Paiva, A nova mulher e a moral sexual - Alexandra Kollantai, Mulher: objeto de cama e mesa - Heloneida Studart, Mulheres - Marilyn French, A Síndrome de Peter Pan - Dan Kiley, Trilogia do gaúcho a pé - Ciro Martins, Pedagogia do oprimido - Freire, Capitalismo para principiantes - Eduardo Novaes, Problemas inculturais brasileiros - Osman Lins, A prole do corvo - Assis Brasil, O Código da Vinci -  Dam Brown, O mundo assombrado pelos demônios, de Carl Sagan, Fundamentalismo: a globalização e o futuro da humanidade - Leonardo Boff, entre outros.
 (Jussara Oleques - professsora)



“Mênon”, de Platão. Muitos livros foram marcantes para mim: Robinson Crusoé, O Pequeno Príncipe, Admirável Mundo Novo, Revolução dos Bichos, A coleção do Monteiro Lobato. Na área acadêmica: Paidéia, Pluralidade e ótica em educação, A república, Ilíada, Odiesséia, La virtud: síntese de tempo y eternidad, Além do bem e do mal. Teoria de la acion comunicativa, etc.etc. Mas o livro Mênon foi fundamental. Eu queria trabalhar com Platão em minha Dissertação, com referência aos valores. Nesse diálogo (com subtítulo “da virtude”) tinha tudo que eu queria. A Dissertação foi sobre Mênon de Platão. (Valdy  Júnior – professor)



“A Senhora das Espaciarias”, de Chitra Banerjee Divakaruni. Porque ele é lindo e mágico.
 (Márcia Ribeiro – professora)



Quando tinha em torno de 16 anos, li o livro “Escuta, Zé Ninguém!”, de Wilhelm Reich. Escrito ainda na década de 1940, como um desabafo humano sobre a situação de difamação das pesquisas do Instituto Orgone. Na época, o que mais me impactou na leitura e que transbordou dentro e fora de minhas visões e sentimentos de mundo, foi a lucidez com que o autor coloca os totalitarismos de esquerda e direita... e de como isso invade e também resulta de nossos atos aparentemente comuns. Li e reli esse livro em diversas épocas. Já tive vários exemplares, pois sempre acabava emprestando e “perdendo-os”.
Outro livro que foi um baque, pela forma do discurso, “Mulher: objeto de cama e mesa”, de Heloneida Studart, eu li aos dezoito anos. Também teve essa função de espelho infinito, pois ficou em mim ao longo dos anos. Quando reli, continuava pujante. Noto sempre como essas leituras “datadas” contribuíram para instituir uma outra invenção de mim mesma... contra ismos. O que era intuição ingênua encontrou nessas leituras um forte eco, mais racional e organizado...
 (Gilse H. M. Fortes)

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